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EDITORIAL - Baixar os juros e renovar as esperanças

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      O encerramento da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) realizada nos dias 20 e 21 últimos trouxe boas notícias a quem vem lutando pela redução da taxa básica de juros, em prol da produção, do crédito e do emprego. Embora não se tenham atingido os dois pontos percentuais reivindicados pelo movimento sindical em manifestações realizadas em todo o Brasil, ao menos caiu de 13,75% para 12,75%. Ainda não resolve o problema no País, que continua sendo o campeão dos juros reais, mas é bastante positivo se for um sinal indicador de uma nova tendência de queda, após ficar estacionado desde setembro.
      A importância e urgência de que isso se confirme é atestada também pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), segundo o qual o PIB (Produto Interno Bruto) precisa crescer 4% neste ano para frear o índice de desemprego. Com isso, mostra o estudo, haveria a criação de 1,3 milhão de novos postos de trabalho, enquanto 154 mil pessoas aumentariam o contingente de desocupados, um resultado bastante positivo. No cenário mais pessimista, com expansão de apenas 1%, seriam mais 320 mil vagas contra um total de 1,126 milhão de novos desempregados, certamente nefasto. Numa previsão intermediária, com 2,5% seriam 800 mil empregos, deixando de fora do mercado 806 mil trabalhadores. Para que esse balanço tenha um final feliz em 2009, o instituto adverte, será necessário um corte significativo nos juros, em até cinco pontos percentuais. Ou seja, será preciso manter o clamor nas ruas contra a taxa exorbitante.
       Outro ponto que continua em pauta e foi levantado às vésperas da reunião do Copom pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, é o spread bancário que também contribui para o encarecimento do crédito. Não escapam dessa responsabilidade a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, instituições oficiais que, atuando no mercado, deveriam sinalizar com taxas menores, forçando a concorrência a acompanhá-las.
      O ano de 2009 começou com a divulgação do recorde de demissões em dezembro passado, com o corte de 654.946 postos, o pior desde 1999. O dado é sem dúvida desalentador, mas a boa nova é que o Brasil de fato retomou o seu desenvolvimento, tem uma economia mais sólida e pode virar esse jogo. Isso, no entanto, vai depender de coragem e vontade de trabalhar pelo País e pelo seu povo. É preciso continuar a crescer e tomar as medidas necessárias para isso.

 

 

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