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Editorial - Crescer e preservar

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       Profissionais ligados ao desenvolvimento, os engenheiros carregam historicamente a bandeira do crescimento econômico e da produção de riquezas. Nem sempre, lamentavelmente, levou-se em conta a necessidade imperativa de conciliar o progresso à proteção da natureza. Hoje, já está claro tanto para a sociedade quanto para os técnicos que o conhecimento deve estar a serviço também da preservação.
       É baseado nesse ideal que se constituiu e vem sendo defendido o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, lançado pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) em 2006, cujo norte era a retomada do crescimento econômico de forma sustentável e com inclusão social. Hoje, quando esse movimento volta seus esforços de formulação e mobilização ao desafio de superar a crise econômica sem cair novamente na estagnação, as questões ambientais continuam fortemente presentes.
       Se, por um lado, a visão ecologicamente correta não deve ser um impedimento à melhoria das condições de vida da população, tampouco a busca pelo desenvolvimento pode ser um pretexto à destruição do planeta. Os engenheiros, engajados ao “Cresce Brasil”, continuam a defender um plano nacional que dote o País da infraestrutura necessária, com energia, estradas, ferrovia, comunicações, além de equipamentos sociais, como escolas e hospitais. Sabe-se que há muito por fazer, mas a tarefa precisa ser cumprida de maneira criteriosa, usando-se a tecnologia para causar o menor impacto possível à natureza.
       Um dos grandes problemas ambientais do Brasil hoje é a devastação das florestas. Governo e Legislativo têm uma grande responsabilidade ao definir as regras de ocupação dessas áreas. É preciso seriedade, equilíbrio e até mesmo coragem para evitar que as decisões sejam tomadas deixando que interesses fundiários e econômicos, que não são os da maioria da população, acabem por prevalecer. A questão agrária no País, e especialmente da Amazônia – ponto mais crítico para esse debate –, está longe de ser simples. É complexa e envolve inúmeros pontos de vista, muitos dos quais legítimos. No entanto, cabe à sociedade, por meio de seus representantes e dirigentes, optar pelo bem comum, pensando também nas gerações futuras. Neste 5 de junho, quando se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, tem-se uma boa oportunidade para refletir sobre esse tema crucial.

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

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