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Renovar esperanças no Bicentenário

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Murilo Pinheiro – Presidente

 

MuriloArtigoA aguardada comemoração dos 200 anos da Independência do País, completados neste 7 de setembro, acontece, sem dúvida alguma, em momento difícil da vida nacional. No entanto, há que se celebrar o que foi construído ao longo desses dois séculos, reconhecendo os problemas, mas sem abandonar as esperanças de erigir a nação justa, democrática, próspera e desenvolvida tão sonhada.


Os avanços nesse período foram sempre arduamente conquistados, com muita luta e trabalho, sangue, suor e lágrimas do povo brasileiro. E ainda há um extenso caminho a ser percorrido. O horror da escravidão, que ainda vigia no País em 1822, levou 66 anos para ser abolido oficialmente, mas sua herança nefasta faz-se presente até hoje, quando ainda está por se cumprir a tarefa fundamental de acabar com o racismo e a desigualdade.


Nossa democracia, atropelada por várias ditaduras, tornou-se mais forte a partir do fim do período de exceção entre 1964 e 1985 e da promulgação da Constituição Federal de 1988, mas não está livre de ameaças e ainda carece de consolidação plena. É certamente necessário aprimorar a representação política, que tanto tem deixado a desejar, e a prestação de contas de governantes, que frequentemente se esquecem que são servidores da população, e não o contrário.


558EditorialAproximando-se de eleições gerais – direito que foi negado à sociedade brasileira durantes os anos de regime autoritário –, é obviamente motivo de júbilo a possibilidade de escolher presidente, governadores, deputados e senadores. É neste momento absolutamente valioso que os cidadãos se igualam; o voto do milionário vale tanto quanto o do mais humilde dos trabalhadores. Porém, o exercício da cidadania deve ir além das urnas; é preciso estabelecer mecanismos efetivos de participação popular no rumo das cidades, dos estados e do País.


A democracia certamente exige a existência de poderes independentes e o funcionamento pleno das instituições que asseguram o império da lei e a garantia de direitos sobre privilégios. No entanto, um País que realmente seja do povo e para o povo deve ser capaz de assegurar condições dignas de vida a todos, com empregos decentes, habitação, saúde, educação, cultura, lazer e infraestrutura adequada. Ou a democracia será apenas formal, beneficiando somente os mais abastados.


É com esses desafios em mente que devemos celebrar o Bicentenário da Independência do Brasil, acreditando que podemos ir além. Seguiremos na luta e construiremos um país que proporcione verdadeiramente felicidade ao povo brasileiro. Viva o 7 de setembro!


88 anos
– Também neste mês de setembro, no dia 21, os engenheiros comemoram os 88 anos de fundação do SEESP. Com uma longa história de luta, o nosso sindicato atravessou diversos momentos da vida do Estado de São Paulo e do País, sempre crescendo, fortalecendo-se e confirmando seu compromisso com a categoria, o desenvolvimento nacional e a democracia. Neste aniversário, a entidade renova também suas esperanças de um futuro melhor, mantendo a firme disposição de defender os profissionais, servir e atender bem os associados e contribuir para o bem-estar da sociedade. Vida longa ao nosso sindicato!  

 

Foto: Elza Fiuza – Agência Brasil / Arte: Eliel Almeida

 

 

Comentários  
# assegurarLUIZ AUGUSTO CEZAR D 01-09-2022 14:17
Referindo-me a: 'No entanto, um País que realmente seja do povo e para o povo deve ser capaz de assegurar condições dignas de vida a todos, com empregos decentes, habitação, saúde, educação, cultura, lazer e infraestrutura adequada. Ou a democracia será apenas formal, beneficiando somente os mais abastados.'

O articulista parece confundir 'democracia' com 'garantia de sustento', como fazem aqueles que acreditam que deve haver um Estado poderoso o suficiente para tirar bens daqueles que trabalham arduamente para acumulá-los a fim de dá-los aos que não fizeram a sua parte. Ora. roubar fere o princípio básico da cidadania que é a liberdade de ser e de ter.

Estado forte leva justamente ao oposto da democracia.
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