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30/11/2020

Tecnologia de luz de LED e sua aplicação na iluminação pública


Soraya Misleh / Comunicação

Novos parâmetros e procedimentos de iluminação pública, sua importância à revitalização de espaços urbanos, bem como de planejamento e padronização estão entre os temas abordados durante o webinar “Tecnologia de luz de LED e sua aplicação na iluminação pública”. Realizada nesta quinta-feira (26/11) pelo SEESP, sob coordenação de sua diretora da Delegacia Sindical em Campinas, Cláudia Maria Coimbra, a atividade online foi transmitida pelos canais da entidade no Youtube e no Facebook.

 

Coube no ensejo a Luciano Haas Rosito, diretor comercial da Tecnowatt, falar sobre a revisão da Norma Regulamentadora para projetos de iluminação pública – a NBR 5.101 – válida para qualquer tecnologia. Segundo ele, com melhorias nos critérios, será colocada em consulta pública nos próximos meses.

 

Acima, da esq. para a dir., Sérgio Blaso, Paulo Candura e Luciano Rosito.

Abaixo, Cláudia Coimbra e Neide Senzi. (Reprodução Youtube) 

 

Rosito, que participou ativamente desse processo, explicou que a revisão representa grande evolução, com muito mais parâmetros e detalhamento à classificação de vias para iluminação pública, por exemplo “para área de pedestres”, de modo a lhes garantir mais segurança. “Ficou melhor definida a iluminação adaptativa, para cada tipo de via, horário, utilização”, destacou. E considerou a incorporação de indicadores de eficiência energética como “uma das grandes sacadas”. “Etiquetagem de iluminação pública é o sonho”, frisou, pontuando que já há diversos estudos sobre isso. O resultado, na sua opinião, é que o fabricante precisará se preocupar em desenvolver produtos cada vez mais eficientes. A telegestão também ganhará espaço na iluminação adaptativa. 

 

Técnico em inovação tecnológica, Sérgio Lucas de Meneses Blaso, destacou a importância da padronização sobretudo a partir do advento da tecnologia de luz LED a partir de 2004-2005 – o que ampliou sobremaneira a quantidade de fornecedores, que enxergaram aí um novo nicho de mercado. “Há alguns grandes com perfil de engenharia, outros trazem equipamentos importados.”

 

Neste último caso, observa dificuldades em relação a manutenção, reposição de peças e informações técnicas.Ele recomenda que à contratação, por exemplo em uma licitação, sejam definidos parâmetros mínimos e feita avaliação técnica preliminar do produto, inclusive com apresentação pelo fornecedor de simulação do resultado. Garantia de manutenção, substituição e vida útil é outro item importante.Blaso foi ainda categórico quanto à importância de se escolherem fornecedores com equipe própria de engenharia e da valorização profissional.

 

Revitalização e planejamento

 

Sócio-diretora da Senzi Lighting, Neide Senzi, sócio-diretora da Senzi Lighting, salientou a importância de projetos de iluminação à preservação de edifícios urbanos, inclusive monumentos históricos, revitalização de espaços públicos degradados no entorno, elevação do patriotismo e readequação do uso de áreas. Conforme ela, sua aplicação é “mais vigente nos países europeus e nos Estados Unidos. Aqui é muito incipiente e aquém do que deveria”. 

 

Entre os exemplos, citou o projeto de iluminação do Mercado Municipal de São Paulo, resgatando sua história e arquitetura, e do Parque da Juventude, também na Capital, na zona norte, após a implosão do Complexo Carcerário do Carandiru, entregue à comunidade como espaço cultural, esportivo e de lazer. “Apenas dois pavilhões foram mantidos e transformados em escolas técnicas e de inclusão social. A Biblioteca Pública de São Paulo foi construída”, contou, revelando a importância da iluminação nesse projeto. “Vemos luminárias em formato de flor nascendo onde antes só havia tristeza.”

 

Ilustrou ainda com a iluminação utilizada em projetos na área urbana de Ponta Negra, em Natal (RN), e no Forte do Castelo, em Belém (PA), bem como na Fortaleza de São José, em Macapá (AP), às margens do Rio Amazonas, como parte do projeto de revitalização urbana dessa construção datada de 1530. “Pudemos resgatar o patrimônio histórico e cultural e transformar o entorno, com o uso de espaços noturno ao convívio social, com segurança”, ressaltou. O projeto de iluminação teve a preocupação, ainda segundo Senzi, de preservar as texturas do desenho arquitetônico.

 

Paulo Candura, diretor técnico da Luz Urbana, apontou a importância do plano integrado de iluminação nas cidades, “documento complementar ao plano diretor” que prevê medidas a curto, médio e longo prazos, visando atratividade, uso funcional e segurança dos cidadãos.

 

Como ensinou, o planejador precisa considerar questões como aspecto social, paisagens, questões emergenciais e ambientai. “Locais de grande afluxo de público são considerados centralidades e devem ter tratamento integrado com as vias e interação como questões como segurança, educação, lazer, esporte, saúde.” E completou: “O plano deve definir as intervenções visuais sempre com o poder público, de modo a criar assinatura para a cidade. É o caso da Ponte Estaiada, que se tornou um marco em iluminação nas marginais, e da Avenida Paulista, em São Paulo.”

 

 

Confira o webinar na íntegra:

 

 

 

 

 

 


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