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09/05/2016

Primeiros passos rumo à retomada do crescimento nacional

Sob a premissa de formar massa crítica para que a categoria contribua à superação da crise e retomada do crescimento e desenvolvimento do Brasil – e, com isso, ocupe seu lugar como protagonista nesse processo –, o movimento Engenharia Unida se consolida e inicia sua caminhada rumo a seus objetivos. A iniciativa foi lançada pela FNE na posse de sua diretoria para a gestão 2016-2019, em 28 de março último, em São Paulo (confira em Engenheiro 167). Ganha adesão, entre outros, dos conselhos profissionais (Confea-Creas), de associações de engenheiros, instituições acadêmicas, Senges (inclusive de fora da base da federação), entidades patronais e o apoio de diversos parlamentares e políticos em geral.

Conforme apresentado pelo presidente da FNE, Murilo Pinheiro, em reunião plenária do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (Crea-SC) no dia 8 de abril, em Florianópolis, além de reunir o conjunto das lideranças e entidades representativas da categoria, entre as finalidades do movimento estão discutir, elaborar propostas, valorizar a profissão, destacar a engenharia nacional para o crescimento e desenvolvimento, bem como inseri-la e a toda a área tecnológica nos fóruns públicos e privados onde haja debates de projetos de seu interesse. Além disso, disseminar o movimento e divulgar amplamente suas ações. “Temos que dar voz aos engenheiros e nos mobilizar em prol de um projeto de nação”, afirmou Pinheiro no ensejo. Nesse sentido, ele ressaltou que o movimento Engenharia Unida deve ser uma bandeira levantada por todos os profissionais. Citou a necessidade de organizar uma plataforma digital de comunicação; promover encontros e debates entre as lideranças em todo o País; e instigar o envolvimento e a participação dos profissionais nas eleições de 2016. “Devemos não apenas ser críticos, mas participar dos processos políticos com propostas concretas para melhorar o País”, defendeu. O presidente do Crea-SC, Carlos Alberto Kita Xavier, complementou: “Estarmos unidos pelo crescimento do Brasil é construirmos juntos uma nação. E onde há a marca da engenharia, há a marca da responsabilidade, nesse caso pela construção de um país melhor.”

A Engenharia Unida foi lembrada também durante o lançamento oficial da 73ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), no dia 11 de abril, em Curitiba (PR), que contou com a presença de dirigentes da federação, incluindo seu presidente, Pinheiro. O evento ocorrerá no segundo semestre deste ano e terá como tema “A engenharia a favor do Brasil – mudanças e oportunidades”. Durante a solenidade, o presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), José Tadeu da Silva, ressaltou: “A Soea é o momento para que apresentemos à nação uma solução de retomada do crescimento. Para o Brasil sair dessa situação, é imperioso que estejamos unidos – entidades de classe, instituições de ensino, profissionais e empresas.”

Inicia-se, dessa maneira, a apresentação e difusão do movimento de Norte a Sul do País. Caminhada que ganha força com atividades que integram a construção da etapa atual do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, sob o tema “Cidades”, também iniciativa da FNE. Uma delas será o Fórum de Engenharia e Desenvolvimento Sustentável – Cresce Acre, Cresce Rio Branco, Cresce Brasil. Promovido pelo Senge local e federação, acontecerá no Teatro da Universidade Federal do Acre, em Rio Branco, entre 14 e 16 de junho próximo.

Agenda positiva
O acerto do chamado feito pela FNE foi apontado em reunião com a presença de diversas lideranças em 29 de março, dia seguinte ao lançamento do movimento. Entre os participantes do encontro, vinte dos 27 presidentes do Crea, representantes de associações e de Senges de fora da base da federação, como do Paraná e Minas Gerais, além do presidente da Regional São Paulo do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), Carlos Roberto Soares Mingione.

Diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho, saudou a iniciativa como a possibilidade de construção de uma agenda positiva ao Brasil, na contramão do que tem se verificado com as crises política e econômica. “As agendas de modo geral são destrutivas. Estamos vivendo um momento de desregulamentação de direitos e da economia e regulamentação de restrições. Quando vemos uma entidade atuando de forma suprapartidária propondo soluções, ajudando na busca de alternativas para transformar esse quadro, é muito importante.” Ele continuou: “Essa atuação da Engenharia Unida, certamente, uma vez sistematizadas as iniciativas, conectará as oportunidades que brevemente se abrirão no País. Vai contribuir para a formação da nova agenda da política pública, que passará necessariamente pela reconstrução nacional.” Ainda para Toninho, é preciso aproveitar esse esforço para pautar os governantes e empreendedores rumo a ações à superação da crise. Na sua concepção, a recomposição é possível com contribuições factíveis, vontade política e soluções viáveis. “É o que se propõe a Engenharia Unida.” Coordenador do “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, Carlos Monte frisou que o movimento “vai reforçar ainda mais as ideias que a FNE e a categoria vão desenvolver em relação ao futuro”. Ele foi categórico: “Sem engenharia, não haverá crescimento, desenvolvimento e retomada do emprego.”

João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical da federação, selou a importância da iniciativa: “O Brasil atravessa hoje uma grave crise e tem feito falta a posição afirmada do conjunto dos engenheiros, a categoria que detém a capacidade de enfrentar os problemas centrais da economia, da sociedade. Quero dar o exemplo a vocês. O Acre é ponto fora da curva nas epidemias de chikungunya, zika vírus e dengue não pela medicina, mas pelo trabalho persistente de engenharia, com saneamento urbano, construção de infraestrutura correta de residências, planejamento de coleta de lixo. Desse ponto de vista, o movimento e sistema dos engenheiros hoje, por sua pouca expressão no encaminhamento da solução à crise, é o mais grave fenômeno que devemos enfrentar. E essas reuniões demonstram que podemos enfrentar.”

Nesse contexto, Vargas Netto abordou a Engenharia Unida, como somatório a duas iniciativas importantes que vão na direção da superação da crise: o “Cresce Brasil” e o “Compromisso pelo Desenvolvimento”, este último lançado em 3 de dezembro último pelas entidades sindicais com adesão de parte do setor produtivo empresarial. “Precisamos unir os engenheiros numa perspectiva forte de progresso, de democracia, de avanço, de acolhimento, de bom senso. Os profissionais têm que ser tirados daquele mundo infeliz do sucesso ou da derrota individual e vir para o mundo do projeto, da equipe, do coletivo, da intervenção pública.” O consultor da FNE complementou: “Precisamos trazer as empresas da área, as quais precisam recuperar sua capacidade de excelência, abandonando de vez a carapuça da corrupção. Precisamos unificar a malha imensa, incomensurável das associações. Precisamos unir o Sistema ao profissional, unir as escolas, os sindicatos. Está maduro, é uma exigência superarmos a divisão orgânica dos nossos sindicatos, sem hegemonismo, sem subordinação, no dia a dia do trabalho correto, altivo, sem partidarismo, sem sectarismo. O projeto Engenharia Unida é de, unificando os engenheiros, reforçar o centro que tem perspectivas.”

Para Carlos Bastos Abraham, vice-presidente da FNE, a Engenharia Unida – a exemplo de movimento do gênero feito no Acre pelo Senge local com apoio da federação que resultou em avanços no estado – é a “única solução para darmos a volta por cima”. Coordenador do Colégio de Presidentes do Sistema Confea/Creas e presidente do Crea-RN, Modesto Ferreira dos Santos Filho concluiu: “Estaremos juntos nesse esforço, para que, com união e trabalho, possamos transpor este momento.” Representante do Núcleo Jovem FNE, Marcellie Dessimoni enfatizou: “A Engenharia Unida pode contar com todo apoio da juventude nacional.”

Entre as propostas para formar massa crítica que componha esse coletivo, a de que se realizem cursos de educação continuada nas diversas organizações sob temas afeitos ao desenvolvimento como “Concessões e PPPs (parcerias público-privadas)” e “MBA em Inovação Competitiva”. É o que apresentou Saulo Krichanã, diretor-geral do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), mantido pelo Seesp com apoio da FNE. Ele evidenciou ainda a demanda por parcerias para contribuírem com o projeto do sindicato paulista.

Pinheiro concluiu: “Fica clara a disposição de ação coletiva dessas forças que constroem o Brasil. Se são grandes as dificuldades, maior é a capacidade de luta e trabalho de quem acredita que podemos alcançar o País que queremos e que o nosso povo merece. A Engenharia Unida muito contribuirá com o Brasil. Vamos juntos defender as nossas categorias e profissão e, ao fazê-lo, estaremos atuando pelo bem do País. Apresentaremos propostas de saídas a essa crise e nos mobilizaremos para que sejam implementadas. A hora é de agir com coragem, determinação, seriedade e generosidade.”

Leia mais:Carta de Campo Grande - http://goo.gl/j9onc3

Dupla jornada da Engenharia Unida, artigo de Murilo Pinheiro - http://goo.gl/d2MvhY

Confira depoimentos: http://goo.gl/ENqGmn

 

Por Soraya Misleh
Matéria publicada, originalmente, no jornal Engenheiro, edição 168, de maio de 2016

 

 

 

 

 

 

 

 

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