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11/04/2016

Descoberta 1ª estrela anã branca com quase 100% de oxigênio

Astrônomos brasileiros e alemães identificaram, pela primeira vez, uma estrela anã branca com atmosfera dominantemente composta por oxigênio. O que diferencia esta estrela das demais anãs brancas conhecidas até agora, é que não possui em sua atmosfera nenhum dos elementos até então encontrados nesse tipo de estrela: hidrogênio e hélio. Alguns sites especializados em tecnologia divulgaram que a estrela tem 99,9% de oxigênio.


Foto: WikiImagesana-branca WikiImagesAs anãs brancas são o estágio final da evolução da maioria das estrelas


A descoberta foi feita quando dados do rastreio SDSS (Sloan Digital Sky Survey) foram vasculhados por Kepler Oliveira e Gustavo Ourique, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e Detlev Koester, da Universidade de Kiel, na Alemanha.

Os resultados surpreendentes foram publicados pela revista Science.

Estrela Anã branca
Trata-se do estágio final da evolução de todas as estrelas que nascem com 8 a 11 massas solares - dependendo de suas composições iniciais -, as anãs brancas possuem brilho tênue, porte pequeno e uma densidade extremamente alta. Essa é a última etapa da vida da maioria das estrelas.
Cerca de 80% das anãs brancas possuem atmosferas dominadas por hidrogênio, e o restante tem o hélio como principal componente. Isso acontece porque, por sedimentação, os elementos mais pesados vão para as camadas inferiores, e os mais leves vão para as camadas mais altas.

Nova estrela
A atmosfera da nova estrela descoberta, entretanto, é dominada por oxigênio e somente apresenta traços de neônio e magnésio, o que indica que não pode haver hidrogênio, hélio ou carbono em sua composição - todos mais leves do que o oxigênio.

Modelos de evolução das estrelas
De acordo com o Kepler, a estrela desafia os modelos de evolução estelar existentes, que não preveem um objeto como o observado. Os modelos atuais preveem que uma mistura de oxigênio, neônio e magnésio seja encontrada em um pequeno número de estrelas, através da queima nuclear de carbono. No entanto, as anãs brancas formadas por este processo costumam ser muito mais pesadas.

"Se nem o núcleo deveria ser de oxigênio para massas menores que uma massa solar, muito menos a atmosfera," enfatiza Kepler.

Assim, está aberta a temporada de hipóteses para explicar a estrela com atmosfera de oxigênio, hipóteses que levarão à reescrita dos modelos de evolução estelar.


Com informações do site Inovação Tecnológica




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