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10/12/2010

Energia limpa pode atrair US$ 2,3 trilhões até 2020, mostra

 

       Os investimentos no mercado global de energia limpa - solar, eólica e biomassa - podem chegar a US$ 2,3 trilhões até 2020, segundo levantamento da Pew Charitable Trusts, instituição sem fins lucrativos com sede na Pensilvânia, nos Estados Unidos.
       De acordo com o relatório, os investimentos podem crescer US$ 546 bilhões, além do US$ 1,7 trilhão previsto para o período, caso os países membros do G20 avancem em suas políticas ambientais. Em 2009, o mercado de energia limpa atingiu US$ 162 bilhões, após crescer 230% desde 2005.
       O relatório leva em conta projeções feitas com três cenários possíveis. No primeiro deles, os países do G20 não mudariam suas políticas ambientais. No segundo cenário, as nações adotariam as medidas necessárias para alcançar as metas voluntárias divulgadas durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em Copenhague (COP-15), no ano passado. No terceiro cenário, o mais otimista, os países criariam políticas para ações de grande capacidade de redução dos gases causadores do efeito estufa.
       Em todos os cenários, porém, a estimativa indica que a maioria dos investimentos seguirá para a Ásia, que substituiu a Europa na liderança desse mercado. Até 2020, China, Índia, Japão e Coreia do Sul contabilizarão aproximadamente 40% dos investimentos mundiais em projetos de energia limpa.
       Segundo as projeções, a China irá se manter na liderança no setor, atraindo sozinha investimentos na casa dos US$ 620 bilhões ao longo da década, fruto de iniciativas para expandir a matriz energética nacional e atender as demandas domésticas crescentes.
       A Europa, que havia liderado o setor até agora graças a políticas de mitigação incentivadas pelo Protocolo de Kyoto, ainda pode crescer 20% além das previsões iniciais, caso adote políticas ambientais mais profundas.
       O Brasil, no cenário mais otimista, pode dobrar a capacidade de atração de investimentos de US$ 4 bilhões para US$ 8 bilhões anuais até 2020. O relatório lembra que o país já tem uma matriz energética limpa, além de ostentar o posto de segundo maior mercado de biocombustíveis.
       Por outro lado, o relatório afirma que o Brasil "poderia ter mais sucesso" se o governo baixasse os impostos para projetos de infraestrutura e energias renováveis. Além disso, recomenda que o governo reduza os juros para que o crédito a projetos ambientais seja mais acessível por meio de outras instituições além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

 

(Agência Estado, 9/12)
www.cntu.org.br

 

 

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