As mulheres desempenharam um papel fundamental na história da tecnologia. Ada Lovelace desenvolveu o primeiro algoritmo a ser processado por uma máquina. Grace Hopper foi a criadora daquele que é considerado o primeiro software de computador. A freira Mary Kenneth Keller foi a primeira norte-americana a conseguir um PhD em Ciência da Computação e participou da criação da linguagem BASIC. Vivemos em uma época em que já encontramos mulheres em altos cargos de grandes empresas relacionadas com tecnologia.
Marissa Mayer atualmente é CEO da Yahoo e anteriormente foi a vigésima funcionária a ser contratada pelo Google, onde trabalhou por muitos anos. Meg Whitman é CEO da Hewlett-Packard, com passagens anteriores pela Disney, DreamWorks, Procter & Gamble e pela Hasbro. Sheryl Sandberg é COO do Facebook. Passando os olhos pelos currículos dessas mulheres, pode parecer que estamos reclamando de barriga cheia, mas isso não é verdade. O fato de Sandberg ter escrito um livro chamado Faça Acontecer, que carrega o subtítulo Mulheres, Trabalho e a Vontade de Liderar nos dá a pista de uma realidade que está aí para quem quiser ver: o mercado de tecnologia ainda é um setor dominado pelos homens. Isso está mudando? Sim. A paridade entre homens e mulheres já é a ideal? Longe disso.
Na introdução de Faça Acontecer, Sheryl diz o seguinte: “(…) Mas não é por saber que as coisas podiam ser piores que deixaremos de tentar melhorá-las. Quando as sufragistas marchavam pelas ruas, imaginavam um mundo de verdadeira igualdade entre homens e mulheres. Passado um século, ainda temos que forçar a vista para tentar enxergar melhor essa imagem.
A verdade nua e crua é que os homens ainda comandam o mundo. Isso significa que, quando se trata de tomar as decisões mais importantes para todos nós, a voz das mulheres não é ouvida da mesma forma. Dos 195 países independentes do mundo, apenas dezessete são governados por mulheres. As mulheres ocupam apenas 20% das cadeiras dos parlamentos no mundo. Nas eleições de novembro de 2012 nos Estados Unidos, as mulheres conquistaram um número de assentos no Congresso que ultrapassa todos os anteriores, alcançando 18%. No Brasil, 9,6% das cadeiras no Congresso são ocupadas por mulheres.
A porcentagem de mulheres em papéis de liderança é ainda menor no mundo empresarial. Entre os diretores executivos das quinhentas empresas de maior faturamento nos Estados Unidos, apontadas pela Fortune, as mulheres correspondem a magros 4%. Nos Estados Unidos, elas ocupam cerca de 14% dos cargos de direção executiva e 17% dos conselhos de diretoria, números que quase não mudaram em relação à última década. Essa defasagem é ainda pior para as mulheres não brancas, que ocupam apenas 4% do alto escalão das empresas, 3% dos conselhos diretores e 5% das cadeiras do Congresso. Por toda a Europa, as mulheres ocupam 14% dos conselhos de diretoria. No Brasil, as mulheres ocupam cerca de 14% dos cargos executivos na quinhentas maiores empresas do país. Na América Latina como um todo, apenas 1,8% das maiores empresas tem mulheres na direção executiva.”
Mais adiante, Sheryl afirma que parece que a revolução empacou. Em seguida, ela fala sobre os obstáculos concretos que as mulheres encontram no mercado de trabalho: o machismo descarado ou sutil, a discriminação e o assédio sexual. Para completar, ela diz que não nos bastam as barreiras externas levantadas pela sociedade; ainda somos tolhidas pelas nossas barreiras internas — resultado de anos e anos sendo criadas como mocinhas que recuam, que devem falar usando rodeios, que iniciativa é coisa de homem e que jamais devemos mostrar a envergadura que realmente temos — isso pode deixar os homens assustados.
A história do Mercado de TI no Brasil
Em 1960, a PUC-Rio foi a primeira universidade do país a criar um Departamento de Informática. Em 1968, a UNICAMP lançou o Bacharelado em Ciência da Computação, primeiro curso de nível superior relacionado da tecnologia no Brasil. O Instituto de Matemática e Estatística da USP abriu vagas para o mesmo curso em 1974. Se você teve a oportunidade de ver um curso de Ciência da Computação ou de Sistemas de Informação na última década, sabe que o número de mulheres cursando essas faculdades é baixíssimo. Mas o aspecto mais curioso aqui é o seguinte: quando as turmas de cursos com foco em tecnologia começaram a ser criadas em nosso país, a maioria dos estudantes dessas fileiras eram mulheres. Assim sendo, boa parte dos pioneiros em computação no Brasil eram mulheres. Mas por que razão a situação se inverteu tão drasticamente? A resposta é bem simples: as mulheres estudavam tecnologia quando a profissão era nova no país e ainda não dava dinheiro. Mais tarde, quando a formação nessa área se tornou mais valorizada, os homens passaram a buscar essas cadeiras.
Números
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009, apenas 20% do universo de cerca de 520 mil pessoas que trabalhavam com Tecnologia da Informação no Brasil eram mulheres. Nesse mesmo Censo, averiguou-se que as mulheres perfaziam somente 15% do corpo discente dos cursos relacionados a carreiras na área de Tecnologia da Informação.
O número de alunas que se formam nesses cursos mostra um fracasso retumbante: 79% das mulheres que ingressam para cursar essas faculdades abandona o curso no primeiro ano. Em 2010, o salário das mulheres que trabalhavam em TI era 34% menor que o dos homens. Quando se trata de cargos de gerência, a diferença aumenta ainda mais: o salário das mulheres fica 65% menor que o dos homens.
A área de tecnologia não é a grande vilã da paridade salarial no Brasil. Ela acompanha a desigualdade salarial entre homens e mulheres que não é um privilégio brasileiro, podendo ser vista no mundo inteiro — em alguns lugares mais, em outros lugares menos, mas sempre tendo as mulheres como piso e os homens como teto. E essa desigualdade continua perseguindo as mulheres ao longo da carreira, mesmo que elas consigam alçar altos patamares: a renda futura em potencial continua sendo maior para os homens e menor para as mulheres.
Os argumentos
A argumentação favorita para ser usada quando se fala da falta de profissionais mulheres no mercado de TI costuma ser “falta interesse da parte das mulheres”. Não é preciso estar sondando as fronteiras da genialidade para fazer um raciocínio rápido: se 79% das mulheres abandona o curso no primeiro ano, pode ser que o problema esteja no curso e não nas mulheres. E não no curso em si, enquanto metodologia, mas sim no ambiente encontrado pelas mulheres que se aventuram numa carreira preponderantemente masculina: é ridiculamente fácil dizer que as mulheres não se esforçam o suficiente ou não têm pendor para as ciências exatas quando se escolhe esquecer que por ser minoria em qualquer lugar é uma tarefa que pode variar do difícil até o debilitante. Acreditar que os 79% de mulheres desistem dos cursos de TI por desilusão, preguiça e incompetência e que tudo isso não tem relação nenhuma com o ambiente é de uma inocência quase que enternecedora.
O segundo argumento mais usado é tão antigo que poderia ser datado por carbono-14: “as inteligências dos homens e das mulheres são diferentes e é por isso que elas tendem a preferir as carreiras de humanas às de exatas”. Essa questão já foi e continua sendo discutida até a exaustão por leigos e cientistas e as opiniões costumam ser divididas: existe diferença entre as inteligências masculina e feminina? As pesquisas vêm sendo feitas e ainda não existe uma resposta razoável para a indagação, mas algumas descobertas podem fazer com que as pessoas que se valem desse argumento passem a usá-lo com mais parcimônia: os testes de QI — que vêm perdendo seus tronos à medida que as teorias das múltiplas inteligências avançam — foram um reino masculino por mais de um século, mas James Flynn, um pesquisador neozelandês considerado um dos maiores especialistas do mundo em testes de medição de quociente de inteligência, mostrou numa pesquisa que a supremacia intelectual masculina já não é mais a mesma quando se trata de lógica: depois de testar europeus, americanos, australianos, neozelandeses e estonianos e argentinos, ele concluiu que na maior parte das vezes as mulheres vencem os homens. Mas por que isso aconteceu só agora? Bom, porque não faz tanto tempo assim que um número maior de meninas vêm recebendo educação formal da mesma qualidade daquela que é dada aos meninos. Além disso, nossos cérebros e, por consequência, nossas inteligências são elementos extremamente plásticos e a estrutura do intelecto não é rígida: quando as mulheres recebem o mesmo incentivo e as mesmas oportunidades que os homens, elas podem ser tão boas quanto eles em qualquer área.
Fonte: GizModo Brasil - trecho de matéria
Foto: montagem redação SEESP
O paradigma de que apenas homens trabalham em obras de infraestrutura vem sendo quebrado. Prova disso é a atuação de 3.563 mulheres no canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Belo Monte, em Altamira (PA). Elas operam máquinas e comandam equipes; dirigem tratores e caminhões; trabalham no planejamento; fazem parte do setor comercial e dos diversos ramos da engenharia. Ou seja, já estão em toda a cadeia produtiva do empreendimento. Como a engenheira civil Rayana Morena Sales, 28 anos. Vinda de Minas Gerais, ela é trabalha na construção da usina há pouco mais de dois anos. Antes, atuava na construção de uma pequena hidrelétrica, onde era a única mulher.
"Aqui a gente vê mulher desde o campo, na parte de armação, carpinteiras, e até na parte de apoio para produção, como [o setor] administrativo e comercial. Mas tem muita mulher engenheira que trabalha no planejamento, na segurança do trabalho, no meio ambiente, e na área civil”, conta.
Integrante do setor de controle de qualidade do empreendimento, Rayana recebe o mesmo salário dos homens que ocupam igual posto e nunca sentiu preconceito no trabalho.
“Até porque aqui tem gente de tudo que é lugar do Brasil. Então, o pessoal acaba sendo tolerante com todas as diferenças, não só de gênero”, relata Rayana.
Entretanto, a engenheira assegura que as mulheres brigam mais para estar na mesma posição. “Tenho certeza que a gente é colocada a prova todo dia, porque é mulher. Isso acontece. O pessoal acaba esperando um pouco menos da gente, exigindo um pouco menos, e você tem que ficar se impondo”, conclui.
Mulheres na construção civil
Dados da concessionária Norte Energia, responsável por esta obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mostram que, entre os quase 24 mil trabalhadores da hidrelétrica – considerada a maior em construção do mundo –, as mulheres representam 14,8%, percentual bem mais alto do que o normalmente registrado na construção civil, de pouco mais de 3% atualmente.
Em 2012, a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad) do IBGE indicou que dos 8,3 milhões de trabalhadores da construção, 97,1% eram homens e apenas 2,9% mulheres.
No ano seguinte, a Pnad mostrou pequena elevação da participação feminina: os percentuais passaram a ser de 96,8% e de 3,2%, respectivamente.
A operadora de máquinas na usina de Belo Monte Edilene Costa já contou a sua história no site do PAC em 2012. Confira abaixo:
Fonte: Portal Brasil
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Diversas organizações sindicais e movimentos sociais irão realizar no dia 13 de março um dia nacional de lutas por todo o país em defesa de direitos, da Petrobras, da democracia brasileira e pela Reforma Política. Em São Paulo, o ato irá ocorrer ás 16 horas no Masp (avenida Paulista). A expectativa é reunir mais de 40 mil pessoas.
Foto: Brasil de Fato
Entre as organizações participantes, estão o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Federação Única dos Petroleiros (FUP), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), União Nacional dos Estudantes (UNE ), entre outros. As organizações criaram um manifesto no qual defendem os pontos da jornada.
Em relação aos direitos dos trabalhadores, os movimentos vão lutar para que estes permaneçam intactos. “As MPs 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, são ataques a direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora. Se o governo quer combater fraudes, deve aprimorar a fiscalização; se quer combater a alta taxa de rotatividade, que taxe as empresas onde os índices de demissão imotivada são mais altos do que as empresas do setor”, diz a nota.
A Petrobras, de acordo com os movimentos, não pode ser inviabilizada e sucateada para dar lugar às empresas estrangeiras. A Petrobras é a empresa que mais investe no Brasil: R$ 300 milhões, 13% do PIB nacional. Além disso, ela é a responsável por 86 mil empregos diretos.
Quanto às investigações de corrupção na empresa, os movimentos acreditam que todos que forem provados culpados devem ser punidos. “Defender a Petrobras é, também, defender a punição de funcionários de alto escalão envolvidos em atos de corrupção. Exigimos que todos os denunciados sejam investigados e, comprovados os crimes, sejam punidos com os rigores da lei. Tanto os corruptores, como os corruptos. A bandeira contra a corrupção é dos movimentos social e sindical. Nós nunca tivemos medo da verdade”.
As organizações afirmam que defender a democracia é lutar por uma reforma política. Neste sentido, a principal proposta defendida por elas é que o financiamento das campanhas seja público e que não haja interferência das empresas no processo eleitoral, além de uma maior representação democrática de mulheres, negros, indígenas e minorias no Congresso.
Este por sua vez, atento à pressão popular para a execução de uma reforma, já começa a criar propostas de contrareforma política como a que institucionalizaria o financiamento privado de campanhas.
“Para combater a corrupção entre dirigentes empresariais e políticos, temos de fazer a Reforma Política e acabar de uma vez por todas com o financiamento empresarial das campanhas eleitorais. A democracia deve representar o Povo. Não cabe às grandes empresas e as corporações aliciar candidatos e políticos para que sirvam como representantes de seus interesses empresariais em detrimento das necessidades do povo”, afirma o manifesto.
Confira a íntegra do manifesto:
Dia 13 de março - Dia Nacional de luta em defesa:
– Dos Direitos da Classe Trabalhadora
– Da Petrobras
– Da Democracia
– Da Reforma Política
Contra o retrocesso!
Um dos maiores desafios dos movimentos sindical e social hoje é defender, de forma unificada e organizada, o projeto de desenvolvimento econômico com distribuição de renda, justiça e inclusão social. É defender uma Nação mais justa para todos.
Defender os Direitos da Classe Trabalhadora
A agenda dos trabalhadores que queremos ver implementada no Brasil é a agenda do desenvolvimento, com geração de emprego e renda.
Governo nenhum pode mexer nos direitos da classe trabalhadora. Quem ousou duvidar da nossa capacidade de organização e mobilização já viu do que somos capazes.
Defender os trabalhadores é lutar contra medidas de ajuste fiscal que prejudicam a classe trabalhadora.
As MPs 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, são ataques a direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora.
Se o governo quer combater fraudes, deve aprimorar a fiscalização; se quer combater a alta taxa de rotatividade, que taxe as empresas onde os índices de demissão imotivada são mais altos do que as empresas do setor, e que ratifique a Convenção 158 da OIT.
Lutaremos também contra o PL 4330, que da maneira como está impostolibera a terceirização ilimitada para as empresas, aumentando osubemprego, reduzindo os salários e colocando em risco a vida dos/as trabalhadores/as.
Defender a Petrobras
Defender a Petrobras é defender a empresa que mais investe no Brasil mais de R$ 300 milhões por dia e que representa 13% do PIB Nacional. É defender mais e melhores empregos e avanços tecnológicos. É defender uma Nação mais justa e igualitária.
Defender a Petrobras é defender um projeto de desenvolvimento do Brasil, com mais investimentos em saúde,
educação, geração de empregos, investimentos em tecnologia e formação profissional.
Defender a Petrobras é defender ativos estratégicos para o Brasil. É defender um patrimônio que pertence a todos os brasileiros e a todas as brasileiras. É defender nosso maior instrumento de implantação de políticas públicas que beneficiam toda a sociedade.
Defender a Petrobras é, também, defender a punição de funcionários de alto escalão envolvidos em atos de corrupção. Exigimos que todos os denunciados sejam investigados e, comprovados os crimes, sejam punidos com os rigores da lei. Tanto os corruptores, como os corruptos. A bandeira contra a corrupção é dos movimentos social e sindical. Nós nunca tivemos medo da verdade.
Defender a Petrobrás é não permitir que as empresas nacionais sejam inviabilizadas para dar lugar a empresas estrangeiras. Essas empresas brasileiras detêm tecnologia de ponta empregada na construção das maiores obras no Brasil e no exterior.
Defender a democracia é defender Reforma Política
Fomos às ruas para acabar com a ditadura militar e conquistar a redemocratização do País. Democracia pressupõe o direito e o respeito às decisões do povo, em especial, as dos resultados eleitorais. A Constituição deve ser respeitada.
Precisamos aperfeiçoar a nossa democracia, valorizando a participação do povo e tirando a influência do poder econômico sobre nosso processo eleitoral.
Para combater a corrupção entre dirigentes empresariais e políticos, temos de fazer a Reforma Política e acabar de uma vez por todas com o financiamento empresarial das campanhas eleitorais. A democracia deve representar o Povo. Não cabe às grandes empresas e as corporações aliciar candidatos e políticos para que sirvam como representantes de seus interesses empresariais em detrimento das necessidades do povo.
No dia 13 de março vamos mobilizar e organizar nossas bases, garantir a nossa agenda e mostrar a força dos movimentos sindical e social. Só assim conseguiremos colocar o Brasil na rota de crescimento econômico com inclusão social, ampliação de direitos e aprofundamento de nossa democracia.
Estamos em alerta, mobilizados e organizados, prontos para ir às ruas de todo o país defender a democracia e os interesses da classe trabalhadora e da sociedade sempre que afrontarem a liberdade e atacarem os direitos dos/as trabalhadores/as.
Não aceitaremos retrocesso!
CUT - Central Única dos Trabalhadores
FUP - Federação Única dos Petroleiros
CTB – Central dos Trabalhadores do Brasil
UGT – União Geral dos Trabalhadores
NCST – Nova Central Sindical dos Trabalhadores
CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
UNE – União Nacional dos Estudantes
MST - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra
CMP - Central dos Movimentos Populares
MAB - Movimento de Atingidos por Barragem
LEVANTE Popular da Juventude
FAF - Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar
MNPR – Movimento Nacional das Populações de Rua
FDE – Fora do Eixo
MÍDIA Ninja
Fonte: Brasil de Fato
“Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!”, diz uma das palavras de ordem do movimento de mulheres. O Dia Internacional da Mulher será comemorado por trabalhadoras e trabalhadores em todo o País. No domingo (8), organizações feministas, movimentos populares, negro, LGBT, sindical, juventude e partidos políticos fazem um grande ato em São Paulo, com concentração às 10h, na Avenida Paulista, em frente ao prédio da Gazeta (nº 900).
Imagem: divulgação
Neste 8 de Março, as brasileiras têm algo importante a comemorar. A Câmara dos deputados aprovou o projeto de lei 8.305/14, que torna o feminicídio (assassinato de mulher por questão de gênero) crime hediondo e qualificado. Com a nova lei, que deve ser sancionada na segunda-feira (9/3), pela presidente Dilma Rousseff, o feminicídio passa a ser imprescritível e inafiançável.
Mas, ainda há muito que se conquistar. “Queremos denunciar a fraudulenta resposta do governo do estado, que responsabiliza as mulheres pela falta de água, o uso dos bens naturais para o lucro das grandes empresas do agro e da hidroindústria, a ação nefasta da criminalização das mulheres que recorrem ao aborto, e a violência que se acirra contra as mulheres, especialmente nos espaços públicos”, diz o comunicado da organização do ato.
A Marcha das Vadias, que também estará presente, lembra que todo movimento autônomo é bem vindo ou pessoas que não fazem parte de organizações estão convidadas a integrar a marcha, que caminhará pelas ruas do Centro.
Luta da categoria
A Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), a qual os engenheiros integram via Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), terá um ano de muito debate e organização por parte das profissionais universitárias. A coordenadora do Coletivo de Mulheres da Confederação, Gilda Almeida, lembra que serão realizados encontros regionais para avançar nas propostas e ações em torno dos três eixos priorizados pelas mulheres da CNTU: trabalho, política e saúde.
Em entrevista ao Jornal Engenheiro, da FNE, Almeida aponta a necessidade de avançar na ocupação de melhores postos de trabalho e vencer barreiras de ascensão profissional. “Nos cargos de chefia mais baixos, as mulheres têm forte presença, mas o mesmo não ocorre nos escalões médios (gerente) e superiores (diretor, vice-presidente e presidente).” Ela lamenta que isso se repita inclusive no movimento sindical. “Em geral, as mulheres nunca estão em cargos estratégicos, com raras exceções. Onde se estabelecem cotas, você as tem, mas dificilmente na Presidência, na Secretaria-Geral, na Tesouraria ou mesmo na Comunicação.”
Ação direta
Na manhã de quinta (5), cerca de mil mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais ocuparam a empresa FuturaGene Brasil Tecnologia Ltda., da Suzano Papel e Celulose, em Itapetininga, no Interior, onde está sendo desenvolvido os testes com o eucalipto transgênico, conhecido como H421. Como forma de protesto, as sem-terra destruíram as mudas dos eucaliptos transgênicos.
A ação, que faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Camponesas, denuncia os males que uma possível liberação de eucalipto transgênico causará ao ambiente. Além disso, um grupo de trabalhadores rurais conseguiu adiar a liberação de três novas variedades de plantas transgênicas no Brasil: o milho resistente ao 2,4-D e haloxifape além do eucalipto transgênico. O grupo ocupou a reunião da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), que tinha como pauta a liberação, e precisou ser encerrada.
Participação nos conselhos
A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM) e a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres de São Paulo (SMPM), desenvolverão neste ano, na capital, o projeto de constituição dos Fóruns Regionais de Mulheres da cidade de São Paulo, com o objetivo de implementar políticas públicas a partir da interlocução com as mulheres nas cinco regiões da cidade. O objetivo é fazer um diagnóstico e promover um curso de formação social e política para as mulheres, recuperando a trajetória de participação nas conquistas de políticas públicas (creche, saúde, moradia, transporte, combate a violência etc), e ampliar a presença das mulheres nos espaços de poder e decisão, como no controle social. Haverá plenária deliberativa neste sábado (7), às 10h, na Câmara Municipal (Viaduto Jacareí, 100) e no auditório da Subprefeitura de Santana (avenida Tucuruvi, 808, próximo ao Metrô Tucuruvi), também às 10h. Mais informações aqui. Confira a agenda deste mês de março da SMPM.
Atividade cultural
Em comemoração ao Dia internacional da mulher, a Cinemateca Brasileira exibe uma sessão especial, gratuita, com os curtas Eh Pagu, eh! (1981), de Ivo Branco e Mulheres de cinema (1976), de Ana Maria Magalhães, e o longa Copacabana (2010), de Marc Fitoussi. Será no domingo, às 20h, na área externa da Cinemateca, com capacidade para 150 cadeiras. O espaço pede que o público leve “suas almofadas, cadeiras dobráveis, cadeira de praia, canga, cobertor, esteira e se acomodem à vontade”.
Foto: Elaine Campos
Homenagem
As feministas brasileiras terão neste ano um 8 de Março triste.É muito forte o sentimento da perda deixado pela morte recente de lideranças nacionais do movimento de mulheres, que ajudaram a construir sua organização no Brasil e as políticas setoriais propostas ou implementadas nos últimos anos. Lurdinha Rodrigues e Rosângela Rigo, que ocupavam coordenações na Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, e Celia Maria Escanfella, ativista e consultora, perderam a vida em um trágico acidente no dia 14 de fevereiro, em pleno carnaval, quando o carro em que viajavam foi colidido por um veículo desgovernado.
Cerimônias públicas de despedida já foram realizadas em Brasília, Salvador, São Paulo e a lembrança das militantes deve emergir com força nos atos do 8 de Março pelo Brasil. Mas a medida em que as perdas vão sendo assimiladas, os movimentos de mulheres também afirmam que os exemplos de vida que elas deixam servirão para dar mais força às lutas que as mulheres terão de enfrentar em 2015.
A luta das mulheres por espaço e a conscientização de que é preciso ocupá-los serão desafios para as mulheres. Em um ano de maior conservadorismo no Congresso, e ameaças a conquistas sociais e trabalhistas, como as medidas provisórias que retiram direitos previdenciários, as ativistas e militantes sindicais terão de redobrar sua capacidade organizativa e de mobilização para defender direitos.
Porque o 8 de Março?
Todos os anos neste período muitos se perguntam o porquê do 8 de Março e mitos se misturam a fatos históricos importantes que marcam o surgimento do Dia Internacional da Mulher. A origem da data é investigada há pelo menos 30 anos, quando se espalhou o mito das 129 mulheres queimadas vivas em uma fábrica de Nova Iorque, quando faziam uma greve em 1857. De acordo com a pesquisadora canadense Renée Côté, autora do livro “O dia Internacional da Mulher – Os verdadeiros fatos e datas das misteriosas origens do 8 de março”, essa história é fruto da mistura de diversos fatos, como a greve de 1910, nos EUA; outra e, 1917, na Rússia, e o incêndio de 1911, em Nova Iorque. Durante 10 anos, ela buscou diversas fontes no Canadá, Estados Unidos e Europa que pudessem confirmar essa versão e não encontrou.
Foi durante a 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, em Compenhague, Dinamarca, em 1910, que a socialista alemã Clara Zetkin propôs uma data para o Woman's Day (Dia da Mulher), o que acabou internacionalizando o evento e passou a ser comemorado em diversos países, em momentos diferentes do ano. O primeiro Woman's Day foi comemorado em Chicago, nos Estados Unidos, em 1908, quando o país fervilhava com manifestações de mulheres operárias que denunciavam a exploração do segmento, defendendo a autonomia das mulheres, incluindo o direito ao voto, conquistado em 1920, nos EUA.
Foi na Alemanha, em 1914, que ocorreu no dia 8 de março pela primeira vez o Dia da Mulher, por ser uma data mais prática naquele ano. Muitas mulheres, no entanto, atribuem o 8 de março de 1917 como provável motivo para a fixação da homenagem. Naquele dia, operárias russas deram início a uma greve que acabou culminando na Revolução Russa. O fato é mencionado em documentos históricos, escritos por um dos dirigentes da revolução, Leon Trotsky. Em 1921, surge a proposta de se fixar o dia como oficial em todo o mundo, que passou a ser comemorado a partir de 1922, como símbolo da participação feminina nas atividades de transformação social.
Para saber mais sobre a história do 8 de Março, acesse a Cartilha do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC) que dá detalhes dos acontecimentos históricos.
Para confirmar presença e acompanhar o ato no domingo acesse a página na rede social.
Imprensa SEESP
Com informações dos movimentos de mulheres
Está marcada para quarta-feria (11/3), às 12h30, no auditório da sede do SEESP, Assembleia Geral Extraordinária dos engenheiros da Prefeitura de São Paulo. Na pauta, o processo de negociações com a Prefeitura sobre o PL de carreira própria de engenheiros e arquitetos. Caso o Executivo não se manifeste até a véspera, serão colocadas em votação medidas mais enérgicas da categoria para pressionar, inclusive paralisação. Antes disso, uma reunião ocorre nesta quinta (5) para organizar próximos passos antes da assembleia.
"A ideia é deliberar sobre os encaminhamentos dados no projeto de lei com o objetivo de retomar a negociação. Mas, se for necessário, nós deflagramos greve geral da categoria", avisa Carlos Hannickel, assessor do sindicato.
Últimas notícias
Há informações de que o processo do PL de carreira própria de engenheiros e arquitetos foi objeto de análise na Junta de Orçamento e Finanças (JOF), no dia 26 de fevereiro. "Portanto, nada justifica que a Prefeitura não nos chame para apresentar sua proposta e darmos início às negociações, bem como não reconheça que a situação salarial dos engenheiros alcançou o insuportável. São oito anos sem qualquer reajuste salarial!", exclama Hannickel.
Reunião ampliada de mobilização e preparação de ações
Nesta quinta-feira (5/3), às 16h, no SEESP, haverá reunião para analisar os encaminhamentos, organização nas áreas e as ações que serão promovidas para pressionar o governo a apresentar a proposta de PL para as nossas categorias. Os delegados sindicais pedem que todos compareçam para ampliar e fortalecer a mobilização.
Serviço
Reunião ampliada
Data: 5 de março de 2015
Horário: 16h
Local: Sede do SEESP
(Rua Genebra, 25, 1º andar, Bela Vista – São Paulo/SP)
Assembleia Geral Extraordinária
Data: 11 de março de 2015
Horário: 12h30 (1ª convocação) e 13h (2ª convocação)
Local: Sede do SEESP
(Rua Genebra, 25, 1º andar, Bela Vista – São Paulo/SP)
Imprensa SEESP
As Centrais Sindicais intensificam a mobilização contra o pacote fiscal, diante da falta de disposição do governo para negociar mudanças efetivas nas Medidas Provisórias 664 e 665, que alteram as regras trabalhistas e previdenciárias. Desde o início da manhã desta segunda-feira (2/3), sindicatos e representantes das centrais estão concentrados em frente às Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego de todo o País.
Foto: Força Sindical/divulgação
Ato em frente a Superintendência do Trabalho em S. Paulo, na rua Martins Fontes
Os dirigentes também alertam para a volta à baila de propostas de precarização das condições de trabalho, como a possibilidade de votação do projeto de lei 4.330 - que abre a possibilidade da terceirização nas atividades-fim das empresas. “Essas medidas trazem grandes prejuízos à classe trabalhadora”, expressou o secretário geral da CTB, Wagner Gomes.
Em entrevista a Agência Sindical, José Calixto Ramos, presidente da Nova Central, durante o lançamento na terça (24), em São Paulo, de uma campanha contra abusos trabalhistas no McDonald’s, reafirmou que a posição dos trabalhadores continua sendo a de defender a revogação das MPs.
“A decisão que tomamos foi pedir a retirada das medidas, para que pudéssemos discutir o assunto sem uma guilhotina armada”, destaca. No entanto, após participar da reunião com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), voltou a defender a articulação contra as MPs no Congresso: “Não tem outro caminho”.
O presidente da UGT, Ricardo Patah, cobrou coerência por parte dos interlocutores na Esplanada dos Ministérios. “O governo ainda não percebeu a dimensão em que nos coloca. Se não houver mudanças objetivas nessas medidas, não teremos como aceitá-las”, afirma. O sindicalista aponta que a mobilização nas ruas é o caminho para barrar as tentativas de retrocesso nos direitos.
Também ocorrem manifestações em Maceió, Alagoas; em Manaus, Amazonas; Salvador, Bahia; Goiânia, Goiás. Em Belo Horizonte, Minas Gerais, a manifestação ocorreu no Centro e terminou por volta das 10h. Por volta das 11h15, cerca de 100 trabalhadores do Recife (PE), se concentravam na Praça do Derby para sair em passeata pela Avenida Agamenon Magalhães. Os trabalhadores pretendem fazer uma caminhada até a Superintendência Regional do Trabalho, no bairro do Espinheiro.
Na Baixada Santista, o ato foi na Praça José Bonifácio, em Santos, e as centrais afirmam que permanecerão concentradas na porta do Ministério de Trabalho, durante a segunda-feira. Em Sorocaba, cerca de 80 pessoas ocuparam o prédio da Gerência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego.
Em São Paulo, os dirigentes informaram que o ato reunia cerca de 600 trabalhadores.
A primeira manifestação contra as MPs 664 e 665 ocorreu dia 28 de janeiro. Saiba como foi aqui.
Com agências
É hora de participar! Engenheiros da Duke Energy se mobilizam para escolher o próximo Representante dos Empregados no Conselho de Administração da empresa. O regulamento eleitoral e o calendário com os prazos gerais do processo serão publicados, pela Duke, nesta sexta-feira (27/2).
Imagem: Laerte/divulgação
Na quarta-feira (25/2), patronal e entidades sindicais se reuniram na Usina Hidrelétrica de Chavantes para deliberarem sobre o processo eleitoral que definirá o representante dos empregados no Conselho de Administração da companhia.
O SEESP considera muito importante uma representação dos engenheiros no Conselho. Por isso, o profissional que quiser se candidatar ao pleito deve contatar o sindicato para uma participação conjunta.
Imprensa SEESP
O Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) inaugura nesta segunda-feira (23/2), às 9h, a primeira, e ainda única, graduação em Engenharia de Inovação do Brasil, com aula proferida pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo.
Foto: Agência Brasil
Ministro Aldo Rebelo
É um projeto completamente diferente de tudo o que existe no país. Além de focar no novo perfil desejado para o profissional de engenharia, o Isitec prioriza o aprendizado do estudante.
O ministro aceitou o convite feito pelo presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, para dar a aula inaugural quando o presidente do SEESP, Murilo Celso de Campos Pinheiro, esteve em seu gabinete em Brasília (DF), há algumas semanas. Na ocasião, o projeto do curso foi apresentado a Rebelo.
"É uma faculdade sem fins lucrativos e a primeira montada por uma entidade sindical no País. É a nossa contribuição para a sociedade brasileira, e o ministro ficou muito entusiasmado com isso", afirmou Pinheiro, que pretende tornar a instituição uma referência para outras faculdades brasileiras, ao inserir uma nova categoria no mercado, voltada à indústria.
O Isitec e a proposta do curso de Engenharia de Inovação foram criados em 2011 pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP), mantenedor do Isitec. Ambos foram credenciados e autorizados pelo MEC em 2013.
A instituição atua em três principais pilares: graduação, educação continuada e consultoria e serviços. O curso Engenharia de Inovação será um bacharelado em período integral, com cinco anos de estudo e vai preparar engenheiros para identificar, estruturar e solucionar demandas de inovação em qualquer área em que atue.
“Nossa missão é formar engenheiros capazes de inovar e empreender, transformando e humanizando a sociedade em que vivem”, afirma Saulo Krichanã Rodrigues, diretor geral da instituição.
Fonte: Isitec
A proposta de projeto de lei para a carreira própria de engenheiros e arquitetos da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) deverá ser analisada pela Junta de Orçamento e Finanças (JOF) da Prefeitura, cujas reuniões ocorrem às quintas-feiras. Ou seja, os delegados sindicais do SEESP estimam que na quinta (26/2) o texto deverá ser apreciado e aprovado pelo Executivo e, posteriormente, encaminhado à Câmara dos Vereadores.
Foto: Beatriz Arruda/Imprensa SEESP
Engenheiros e arquitetos participam de audiência pública na Câmara, em novembro de 2014
“Cabe ressaltar que, não obstante a nossa justa ansiedade, o que está em jogo é a construção de um projeto de carreira própria. Uma conquista alcançada graças à determinação e mobilização de todos para corrigir uma situação perversa que há muitos anos nos prejudica”, salienta o delegado sindical Carlos Eduardo Lacerda.
Ele também frisou a importância da categoria se manter unidas e mobilizada nesta etapa final do processo. “Não vamos dar ouvidos a boatos e a informações distorcidas que têm sito sistematicamente plantadas pela internet com o claro objetivo de nos dividir e prejudicar o andamento de nossas negociações”, completou.
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