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27/04/2015

Gestão inteligente dos resíduos da construção civil é tema no EcoSP

Oportunidade socioeconômica e de diminuição dos impactos ambientais é a reutilização dos entulhos gerados em obras civis, como apresentado pelo presidente da Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção (Abrecon), Hewerton Bartoli. O tema encerrou as atividades do VII Encontro Ambiental de São Paulo (EcoSP). Segundo o palestrante, o material constitui problema principalmente no que tange ao assoreamento de rios e solução sustentável é seu reaproveitamento por exemplo em pavimentação de estradas ou feitura de blocos de vedação.


Foto: Beatriz Arruda/SEESP
EcoSP Hewerton BartoliHewerton Bartoli, da Abrecon, durante o EcoSP

Ele alertou que o alto índice de perdas na construção civil, da ordem de 50%, é o principal responsável pela geração de entulho. Reutilizá-lo significa, portanto, “economia de matéria-prima, menos enchentes e menos poluição”. Estímulo para tanto é a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que determina a responsabilidade compartilhada sobre o material descartado, planejamento e gestão de resíduos sólidos. Desafio, identificou Bartoli, é a conscientização do papel de cada um, inclusive do poder público, “que não tem dado a atenção que a área merece”.

Entre as experiências bem-sucedidas de reciclagem na construção civil, o presidente da Abrecon citou duas no Rio de Janeiro: na Vila da Penha, que culminou em economia de R$ 1,7 milhão, e na Vila dos Atletas, de R$ 850 mil.

Geofísica
Tal conhecimento aplicado à investigação ambiental foi o tema abordado por Rinaldo Moreira Marques, da Geopesquisa Investigações Geológicas Ltda., na mesma plenária. Segundo ele, a geofísica contribui ao levantamento de dados em solos nos quais não é possível ou recomendável a perfuração. “É um método indireto de interpretação. Utiliza propriedades físicas do meio para um mapa de ação geral, por exemplo de áreas contaminadas em que há algum tipo de material enterrado.” Para tanto, são utilizados equipamentos e tecnologias, como o Ground Pentrating Radar (GPR), “método que emprega ondas eletromagnéticas”. Entre suas vantagens, está a possibilidade de trabalhar em áreas urbanizadas. O processamento dos dados, conforme Marques, se dá em 2D, 2D e com visualização em 4D. “Praticamente, tem-se precisão cirúrgica, com foco no problema.” A geofísica, explicou o especialista, é uma atividade multidisciplinar. “Depende do geólogo, do engenheiro.”


* Apresentação de Hewerton Bartoli



Soraya Misleh
Imprensa SEESP

 

 

 

 

 





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