Mercado amplo garante oportunidade 
a engenheiro de computação

A opinião é de Vitor de Paula, graduado em 1999 pela Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação da Unicamp. “As possibilidades vão de telecomunicações a planejamento de produção, passando por gerenciamento de redes. É um ramo novo que tem aplicações em quase todas as áreas, seja indústria ou comércio”, afirma.

Segundo ele, mesmo a recente crise do setor de telecomunicações que eliminou muitos postos não deve representar grande problema. “Quem saiu dessa área com certeza conseguiu se recolocar em outras”, aposta.

Esse ao menos foi o caso dele próprio. Quando cursava o último ano da faculdade, de Paula participou do Programa de Capacitação Tecnológica da Motorola, ganhando uma bolsa para cursar matérias específicas de interesse da empresa na Unicamp. Depois, estagiou na companhia e, ao se formar, foi contratado. Ficou até 2001 e atuou ainda por um mês numa prestadora de serviços à Motorola. Com o encolhimento do mercado, migrou para a Símula Sistemas de Planejamento e Comércio Ltda., que aluga um software desenvolvido para realizar o planejamento de produção da indústria de papelão.

Ocupando o cargo de analista de sistemas, o engenheiro desenvolve melhorias no programa conforme as necessidades dos clientes, que se localizam em Paulínia, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e até no Uruguai.  “A máquina tem que produzir de acordo com os pedidos, e a computação envolvida nisso é bastante pesada”, garante. 

Atuação gratificante
A principal vantagem do emprego atual, avalia ele, é ver o resultado do seu trabalho. “Eu passei por uma empresa grande, o que foi bom, mas o que eu fazia era uma parte muito pequena do todo, demorava a chegar ao mercado e não era muito visível. Hoje, o que eu desenvolvo levo pessoalmente ao cliente e o vejo usando o que acabei de criar.”

Apesar dos atrativos, de Paula, que escolheu o curso porque sempre gostou de “saber como as coisas funcionam”, avisa que a carreira não é para qualquer um. “É preciso gostar realmente. Não adianta entrar só porque é uma área com mercado e salário interessantes. Quem fizer isso pode se frustrar logo na universidade ou acabar não sendo um bom profissional.” Suas perspectivas agora são se aprimorar academicamente. E, claro, ficar de olho nas oportunidades do mercado.

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