ENGENHEIRO TEM ESPAÇO EM CONCESSIONÁRIA DE VEÍCULOS

Nem só de indústria vive o engenheiro mecânico. É o que prova Cecília Yoshida Mituuti, formada pela FEI (Faculdade de Engenharia Industrial), em 1993, pós-graduada em Administração e hoje atuando numa concessionária de automóveis.

"Eu estagiei na área de ar-condicionado, mas descobri que não era o que queria. Veio então a oportunidade, em 1994, de trabalhar numa Fiat", contou. Desde então, ela passou por uma distribuidora Volks Wagen e, desde 1997, é uma dos dois engenheiros de uma Peugeot.

Embora ainda não seja freqüente a presença de engenheiros nessas empresas – Cecília estima que apenas 30% delas mantenham o profissional –, a mão-de-obra é cada vez mais requisitada para a consultoria técnica. "Hoje, é mais levada em conta a satisfação do consumidor, que precisa saber o que foi feito e como. A formação nos dá a bagagem para fornecer explicações aos clientes, que ficam mais confiantes ao recebê-las de um profissional habilitado, mesmo que seja uma mulher", assegurou.

Para quem opta pela área, a primeira atividade é justamente o atendimento a quem leva o veículo para reparos na concessionária. Para a engenheira, o contato direto com o cliente é uma das grandes diferenças da rotina industrial e um desafio. "Você tem que pensar rápido porque o consultor é um vendedor de serviços que precisa saber argumentar, o que não se aprende na escola de Engenharia. Na indústria, você discute com alguém que tem a mesma formação. Na concessionária, o cliente pode até ser outro engenheiro, mas também uma psicóloga ou um técnico em nutrição. É preciso ter sensibilidade para se comunicar com quem é leigo e, no início, a gente apanha um pouco."

Outra atividade é a de "garantista", que verifica se as regras para que o cliente tenha direito à garantia contratual foram cumpridas. Cecília exerceu também essa função e, atualmente, é representante de qualidade, responsável pela implantação da IS0 9000 na concessionária. Para engenheiros, é possível continuar galgando postos e chegar à gerência ou diretoria das revendedoras, que representam um mercado promissor à categoria, especialmente com a constante modernização e sofisticação dos carros. Para quem se animar com a idéia, no Estado de São Paulo, segundo a Fenabrave (Federação Nacional de Distribuidoras de Veículos Automotores), há 1.119 concessionárias, entre as filiadas à entidade.


Curso de Aperfeiçoamento
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