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Opinião – A preocupante descida à Baixada Santista

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Alvaro Luiz Dias de Oliveira


A Rodovia dos Imigrantes (SP-160) é a principal via de acesso da cidade de São Paulo à Baixada Santista, contendo 58,5km de extensão, com tráfego intenso de veículos nos finais de semana, feriados, principalmente no verão. Muito se tem discutido sobre as inclinações dessa estrada de rodagem, principalmente pelo aspecto seletivo dela decorrente, onde desde 6 de dezembro de 2002 veículos de carga e ônibus estão proibidos de utilizar a pista descendente, conforme Portaria Artesp DGR/DPL – 11.

A maneira mais esclarecedora de se referir à inclinação de uma rampa em relação à horizontal é através de sua declividade, isto é, da tangente do seu ângulo de inclinação. Para vias expressas tal qual a Imigrantes, classificadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) como classe zero (em função do elevado volume de tráfego), recomendam-se inclinações máximas de 5% (cerca de 3º). A declividade implica diretamente na segurança da estrada e, por conseguinte, na velocidade máxima permitida para o tráfego.

A preocupação principal dos responsáveis é com os procedimentos de segurança e, nesse particular, como a pista de descida da Imigrantes foi construída com um grau de declividade de até 6,5% em determinado trecho, bem como 70% dessa pista são túneis, o correspondente ambiente confinado implica risco ainda maior de eventuais acidentes de grandes dimensões. Em função dos diversos parâmetros de segurança incidentes em túneis, tais como velocidade, geometria, estrutura civil e, principalmente, as características dos condutores, dos veículos e das condições operacionais envolvidas, das condições meteorológicas da região e do elevado volume de tráfego e respectivos comportamentos instantâneos (horários de picos), o governo decidiu pela proibição dos veículos pesados como regra geral.


Congestionamento – Vilão nº 1

O primeiro é aquele resultante do elevado tráfego nos finais de semana, quando ocorre a necessidade da Operação Subida, o que tem causado transtornos incomensuráveis àqueles usuários que descem para a Baixada Santista apenas pela Rodovia Anchieta, concorrendo com os caminhões pesados, sujeira e óleo na pista, às vezes sob condições climáticas adversas.


Tráfego seletivo – Vilão nº 2

O segundo é aquele resultante da elevação do tráfego diário nos horários de pico, quando ocorre a necessidade da descida dos ônibus fretados por volta das 18 horas. A alternativa pelo uso exclusivo da Rodovia Anchieta se deve a sua geometria que, além de não induzir à aceleração involuntária de ônibus e caminhões, obriga, em muitos momentos, que o motorista reduza a velocidade para que consiga dirigir o veículo nas suas inúmeras curvas.

Porém, para cerca de 10 mil passageiros diários distribuídos em pelo menos 200 ônibus, o transtorno tem causado apreensão constante a essas famílias.


Operação Comboio – Vilão nº 3

A Operação Comboio é um procedimento adotado nas rodovias Anchieta e Imigrantes devido à repentina queda de visibilidade causada pela neblina. O tráfego fica represado a partir das praças de pedágio, onde, a cada meia hora, grupos de 500 veículos são escoltados por viaturas da Ecovias e da Polícia Militar Rodoviária até um ponto onde haja melhor visibilidade. Infelizmente, tem se notado que tal operação tem ocorrido em ocasiões em que não se verifica presença de forte neblina, daí o descontentamento geral.


Alvaro Luiz Dias de Oliveira é diretor da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista

Comentários  
# engenheirojoão fernando 18-10-2013 17:01
realmente preocupa.
em razão dos aspectos construtivos da imigrantes e a "antiguidade" da Anchieta,a solução para os caminhões e via de consequência para os automóveis que descem à baixada, seria uma nova descida para os mesmos, condizente com suas seguranças.
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