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Opinião – A batalha contra as manipulações da mídia

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Altamiro Borges

 

Em maio, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé completou sete anos de existência. O aniversário foi comemorado em um restaurante nordestino no centro da capital paulista que reuniu jornalistas, blogueiros, sindicalistas e lutadores pela democratização dos meios de comunicação. A festança foi animada e reafirmou o compromisso dos presentes com a luta pela verdadeira liberdade de expressão – que não se confunde com a liberdade dos monopólios midiáticos. Essa batalha é hoje uma das mais estratégicas para os trabalhadores.

É só acompanhar o noticiário dos jornalões, revistonas e das principais emissoras de rádio e tevê para constatar o alinhamento desses meios com a agenda regressiva e destrutiva do patronato. A quase totalidade da cobertura “jornalística” desses veículos privados é favorável às contrarreformas trabalhista e previdenciária de Michel Temer – da mesma forma como respaldou outras maldades, como o congelamento por 20 anos dos investimentos na saúde e na educação ou o projeto de terceirização selvagem da força de trabalho do Brasil.

Esse comportamento unificado dos latifúndios midiáticos se justifica por razões políticas e econômicas. A chamada grande imprensa sempre foi contrária aos interesses dos trabalhadores. Além disso, a mídia privada sempre adotou uma postura mercenária no trato da informação.

Nesse sentido, a chegada ao poder de Michel Temer e da sua quadrilha foi bastante funcional para os barões da mídia. Ela resultou na brutal elevação das verbas publicitárias. Basta citar o exemplo da revista IstoÉ – também conhecida nos meios jornalísticos como “QuantoÉ” –, que foi presenteada com o aumento de 1.380% em publicidade oficial. Nos bastidores, o governo ilegítimo procura recompensar a mídia que o apoiou com outras benesses, com a restrição ao acesso à internet livre e outros golpes que ferem a liberdade de expressão.

Diante deste cenário – que não encontra paralelo em vários outros países, que adotaram regulações para coibir a ditadura midiática – é que se destaca o papel estratégico da luta pela democratização dos meios de comunicação. É nele que se insere a ação do Centro de Estudos Barão de Itararé. Durante a festança de aniversário, foi enfatizado que as entidades que lutam contra os monopólios midiáticos necessitam de ajuda para desenvolver suas atividades. Foi reforçada a urgência da campanha “Seja Amigo do Barão”. Entre no site baraodeitarare.org.br e contribua com essa batalha estratégica.

 

Altamiro Borges é jornalista, presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé

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