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15/07/2013

Opinião - Foi nacional. E forte

Assim como na vida, os movimentos sociais têm forma e conteúdo. Movimento de estudante é de um jeito, agitação de torcida esportiva é de outro e Marcha para Jesus acontece de outra forma.

O Dia Nacional de Luta, com Greves e Mobilização, ontem, dia 11, teve as formas do movimento sindical. Teve também o conteúdo do sindicalismo. Teve como marca principal a convergência da unidade, sem desrespeitar variedade e pluralidade.

E qual foi a marca, digamos, geográfica, do dia de ontem? Foi a ocorrência de milhares de atos e movimentos, em todo o território nacional, como ilhas de um grande arquipélago. Só o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo marcou 31 pontos de concentração e mobilização da categoria (fábricas, praças, avenidas, viadutos etc.).

Como o que é natural (diz o conselheiro Acácio) acontece naturalmente, os eventos maiores aconteceram entre categorias que possuem acúmulo de luta. Ou em regiões (portos, por exemplo) onde persistem problemas mal resolvidos. Caso, também, das grandes obras, às voltas com as más condições de trabalho.

A ocupação de estradas não é novidade no movimento social. Ano passado, ainda, metalúrgicos paulistanos e do ABC fizeram um grande ato na Via Anchieta. As manifestações deste dia 11 incorporaram essa experiência e ampliaram as ações. Havia, ali, dois objetivos: 1) Realizar o próprio movimento; 2) Criar fato midiático, o que é compreensível em toda ação organizada.

Discurso
Todo movimento social tem discurso (conteúdo). O Dia Nacional, convocado pelas Centrais, também teve. O centro desse discurso foi o reforço da Pauta Trabalhista, eleita na Conclat 2010, reafirmada na grande 7ª Marcha a Brasília, em março último, e tantas vezes reafirmada nos eventos sindicais e nas ações políticas junto a governantes e ao Congresso Nacional. O atendimento a essa Pauta, que inclui (como se decidiu na Conclat) mais investimentos na Educação e Saúde, é a meta do movimento.

Pacífico
Em certos setores da sociedade, havia temores, e também apostas, de provocações ou violência. Quem acompanhou as reuniões preparatórias das Centrais testemunhou a preocupação em evitar desacertos. Ao final do 11 de julho, o balanço apontava um dia praticamente sem incidentes. No que foi manifestação trabalhadora, que tradicionalmente tem comando, prevaleceu a organização.

Mito
Em São Paulo, pelo menos, caiu o mito de que só existe protesto sindical forte quando param ônibus, trens e metrô. Esses serviços funcionaram, sem impedir que metalúrgicos, bancários, construção civil, costureiras, alimentação, químicos, comerciários, asseio e outros trabalhadores engrossassem os atos.

Oposição
Nem chapa branca, nem oposição. As manifestações, em todo o Brasil (respeitadas as condições locais), foram de reafirmação da Pauta Trabalhista e pelo aumento da pressão sobre o governo federal e o Congresso Nacional.

Dia seguinte
O sindicalismo brasileiro tem programa. A Pauta Trabalhista expressa a ponta de lança desse programa – cujos eixos estratégicos foram aprovados na Conclat e reafirmados na posição unitária das Centrais em prol de um modelo político que valorize o desenvolvimento nacional. Hoje (12), as Centrais se reúnem para avaliar o protesto e tratar do futuro. Quem olhar, com acuidade, verá um antes, um durante e um depois. Assim como na vida.

* por João Franzin - jornalista da Agência Sindical 


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