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23/04/2013

Presidente da FNE fala sobre Brasil trazer mão de obra qualificada estrangeira

Em entrevista à BBC Brasil, o presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Murilo Celso de Campos Pinheiro, também à frente do SEESP, questiona a afirmação de que há falta de engenheiros brasileiros para atender à demanda do País para grandes obras de infraestrutura ou para as indústrias de extração de petróleo e construção civil. "A demanda por profissionais nessas áreas realmente aumentou, mas não está faltando. Se for preciso trazer um engenheiro de uma matéria que não existe aqui, [a importação] é de fato interessante, mas não entendo a necessidade de trazer amplamente engenheiros civis”, observa.

O presidente da Federação Nacional dos Arquitetos, Jeferson Salazar, reforça o posicionamento de Pinheiro e diz que, apesar da demanda, o setor público não absorve a quantidade de profissionais que chegam ao mercado a cada ano - cerca de sete mil. "Nos últimos 25 anos, o número de escolas no Brasil cresceu seis vezes. A quantidade de jovens arquitetos com subemprego ou desempregados no País é imensa e o governo não tem nenhum plano para utilizar esse exército de mão de obra", reclama.

À afirmação de um “apagão” na área de saúde, o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Geraldo Ferreira Filho, ressalta que o número atual de profissionais no Brasil - cerca de 1,9 médico para cada mil pessoas - é capaz de atender o mercado nacional, desde que sejam criadas melhores estratégias de distribuição de profissionais e planos de carreira no setor público.

"A presidente [Dilma] está fazendo o planejamento estratégico de elevar o número para 2,4 médicos para mil habitantes. Realmente, para atingir isso hoje, faltam médicos. Mas se o planejamento é para atingir essa meta em 2020, nossa avaliação é diferente da do governo, que trabalha com a ideia de que teríamos que importar médicos", explica Ferreira, também em entrevista à BBC Brasil.

Outro lado
Mas para o governo federal o Brasil necessita de seis milhões de estrangeiros para trabalhar em várias áreas. Por isso, a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) elabora plano para "atração de cérebros" de outros países, que não inclui imigrantes de baixa qualificação, mas apenas profissionais altamente qualificados.

"Ainda não é uma proposta fechada do governo, mas é a nossa meta atual", disse o ministro-chefe interino da SAE Marcelo Neri à agência inglesa de notícias. Ele afirma que a estimativa de seis milhões foi feita depois de levantamentos de uma comissão de especialistas e de pesquisas com as empresas e o público em geral. Segundo Neri, o Brasil é um dos países com a menor proporção de imigrantes na população, o que reflete "um fechamento do País ao fluxo de pessoas". Os estrangeiros representam hoje 0,2% da população. Com a adição de seis milhões nos próximos anos, este percentual subiria para cerca de 3%.

O assunto, no entanto, é controverso e já causa debate entre os sindicatos de trabalhadores, que temem que a estratégia governista prejudique a força de trabalho local - que, de acordo com eles, é suficiente em termos numéricos, mas precisa de valorização e melhor qualificação.

 

Imprensa – SEESP
Com informação do portal Terra e da BBC Brasil




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Comentários  
# Falta valorizar o nacionalgerson 14-05-2013 11:50
La fora não existe politica de cargos e salario porem todo profissional é valorizado e promovido em cargo e salario porque esta é a cultura. Aqui no Brasil se não tem esta cultura e ainda querem tirar a politica de cargo e salario então não existe motivação nenhuma para ninguém se especializar ainda mais sabendo que a cultura aqui é exploratória e degradante, ou seja, vão te pagar pouco pra ser especialista e nunca vai ser reconhecido e promovido em cargo e salario ! ACORDA BRASIL !!!
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# Eng CivilAlessandro 25-04-2013 23:05
Deveriam importar políticos também, que em muitos países desenvolvidos ganham muito menos que aqui; talvez essa seja a solução para esse país.
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# Importação de Cérebroswanderlei Lua 25-04-2013 10:35
Importação de Cérebros, vale a pena ?
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# Aproveitamento, remuneração e requalificaçãoSergio Eduardo Nadur 25-04-2013 10:32
Compartilho da opinião dos colegas citados na reportagem, entretanto as empresas e a sociedade precisam focar-se na capacitação e requalificação de seus profissionais de nível superior, para que deem o efetivo retorno à sociedade. Empresas costumam exigir mundos e fundos do profissional e a remuneração não acompanha, haja vista a grande quantidade destes profissionais que migram para vendas ou finanças.
No setor público, então, a coisa é mais grave, não podemos nos esquecer que muitos técnicos especialiados, inclusive engenheiros, ficam muito tempo em funções administrativas ou confinados a funções específicas, precisando serem recapacitados como engenheiros.
Quando Dilma se preocupa com a falta de profissionais, não se refere somente à capacitação, mas à péssima distribuição, pois todos que se formam preferem ficar nos grandes centros urbanos. Precisamos resgatar ações como o Projeto Rondon e a prestação de serviço militar nas demais regiões do Brasil, em especial para os egressos das escolas públicas, para que o dinheiro dos impostos aplicado no ensino retorne em benefício à sociedade.
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# Engenheiro de Controle e AutomaçãoFelipe Garcia 25-04-2013 09:26
Concordo com o amigo, o que acontece é que eles querem mão-de-obra qualificada, para ser registrado em carteira como coordenador ou supervisor e ganhar de 2,5 a 3,5 mil por mês e trabalhar oito horas por dia, o que é abaixo do salário mínimo da categoria.
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# Engenheiro MecânicoVilmar Vale 25-04-2013 09:12
Quando governo e empresários afirmam que há falta de mão-de-obra qualificada no Brasil, ocultam o pensamento por trás dessa afirmação. O sentido completo do que dizem é: "Falta mão-de-obra qualificada em número suficiente para que os profissionais aceitem os baixos salários que pretendemos pagar".
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# Importação de ProfissionaisIsaias A. F. Santos 25-04-2013 09:08
Concordo com as afirmativas do texto. Temos tambem problemas na área de informática uma vez que os empresários do setor querem mão de obra pronta e não se preocupam com politicas de formação dos profissionais que necessitam.
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