Comemoração

SEESP completa 72 anos e reúne 1.700 convidados para a festa

Lourdes Silva

 

A celebração aconteceu no dia 15 de setembro (a data oficial da criação da entidade é 21) no Clube Atlético Monte Líbano, em São Paulo, e contou com a participação de 1.700 convidados, entre associados, dirigentes e colaboradores do SEESP, autoridades e representantes de diversas associações profissionais.

Em mensagem direcionada à categoria, o presidente do sindicato, Murilo Celso de Campos Pinheiro, lembrou o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, mote do VI Conse (Congresso Nacional dos Engenheiros), que se encerraria no dia 16, e conclamou todos os engenheiros “a ajudarem a fazer do Brasil um país justo, com mais oportunidades”.

Durante o jantar dançante, convidou a todos para cantar os parabéns à entidade e saudou os ex-presidentes Allen Habert (1986-1989), Esdras Magalhães dos Santos Filho (1992-1995), Ubirajara Tannuri Felix (1995-1998) e Paulo Tromboni de Souza Nascimento (1998-2001), presentes à festa. Também foi lembrado Rutênio Gurgel Bastos (1989-1992), falecido em 2005.

 

Atuação fundamental
Entre as autoridades que também prestigiaram a comemoração, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, afirmou que o SEESP “é uma das entidades que ajudaram a fortalecer a engenharia brasileira”. Para o deputado estadual Simão Pedro (PT), o potencial nacional de desenvolvimento não se concretizará “sem a participação e a contribuição dos engenheiros e desse sindicato”. Para o também deputado estadual Nivaldo Santana (PcdoB), “o SEESP tem dado grande contribuição não só na defesa dos direitos e reivindicações dos engenheiros, mas participando do debate nacional a respeito de questões estratégicas como o problema do desenvolvimento tecnológico e geral do País”.

Na avaliação do vereador paulistano Paulo Teixeira (PT), “o SEESP e a FNE colocaram-se numa posição de fazer um programa intenso de retomada do crescimento, dizendo ‘cresça, Brasil’. Por isso, precisamos da engenharia brasileira para construir a infra-estrutura que permita alavancar esse projeto”. Para o seu colega santista José Antonio Marques Almeida, o Jama (PDT), também diretor do SEESP, a sociedade vive o impacto das novas tecnologias e o sindicato é convocado a lidar com a questão, levando em conta a necessidade de garantir qualidade de vida e emprego ao cidadão. Na opinião de Guilherme Cirne de Toledo, presidente da Cesp (Companhia Energética de São Paulo) e da Emae (Empresa Metropolitana de Água e Energia), o trabalho dos engenheiros tem marcado a história e o crescimento do Brasil nos últimos 50 anos.

 

O papel da engenharia
Celso Atienza, vice-presidente do SEESP, saudou a entidade e o seu presidente por congregar diferentes forças na sociedade para que “possamos produzir um fruto à Nação de cidadania e de ética na sociedade”. “A mensagem que o SEESP vem dando ao longo de sua história é de unidade, de luta, de estar sempre disposto a defender os engenheiros”, afirmou João Carlos Gonçalves Bibbo, também vice-presidente do sindicato. Antônio Roberto Martins, diretor do SEESP, lembrou o papel fundamental dos engenheiros para o País: “Como propulsores do desenvolvimento e da tecnologia, pedimos o voto de confiança para podermos transformar nossa sociedade e dar melhor qualidade de vida às pessoas.” Henrique Monteiro Alves, vice-presidente do SEESP e coordenador do Conselho Tecnológico em 2006, lembrou da luta de antigos dirigentes e várias entidades que conseguiram incluir o Capítulo V, de Ciência e Tecnologia, na Constituição Federal, e ressaltou a importância do engenheiro aproximar-se do sindicato para fortalecê-lo – esse lhe auxiliará a resolver problemas sobre questões trabalhistas e salariais e ainda defenderá a engenharia. Marcos Wanderley Ferreira, presidente da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bauru e diretor do SEESP, declarou que “o momento mostra a grandeza dessa categoria, que alavanca todo crescimento do País”. João Paulo Dutra, vice-presidente da entidade, afirmou sentir-se “honrado em pertencer à atual diretoria do SEESP”, que representa a força da engenharia em São Paulo.

 

O Brasil saúda São Paulo
Na opinião de José Carlos Rauen, presidente do Sindicato dos Engenheiros de Santa Catarina, “engenharia é engenhar para que as pessoas tenham satisfação e possam viver com tranqüilidade nas cidades, o que o SEESP sabe fazer muito bem”. Além de aplaudir o aniversário da entidade, Sebastião Fonseca, presidente do Sindicato dos Engenheiros do Acre, comemorou o movimento encabeçado por Murilo Campos que resultou no projeto “Cresce Brasil”. Para ele, “o País precisa que a engenharia diga a que veio”. Cláudio Henrique Bezerra de Azevedo, presidente do Sindicato dos Engenheiros de Goiás, declarou que “a categoria de São Paulo merece o respeito de todos os engenheiros” e saudou a longa história do SEESP. Na avaliação de Arthur Chinzarian, presidente do Sindicato dos Engenheiros do Mato Grosso do Sul, o que ocorre em São Paulo irradia aos outros estados. “O número de engenheiros é uma característica própria, porém serve para os demais sindicatos como comparativo para que possamos ser tão bons como o SEESP”, afirmou Marcílio Vital de Paula, presidente do Sindicato dos Engenheiros do Amazonas. Segundo João Alberto Rodrigues Aragão, presidente do Sindicato dos Engenheiros, Arquitetos e Geólogos do Tocantins, “o SEESP inicia todas as lutas dos engenheiros e os outros o usam como reflexo”. Além disso, garantiu Augusto César de Freitas Barros, presidente do Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Norte, “é referência nacional do ponto de vista político e sindical”.

Também prestigiaram a festa os presidentes dos sindicatos dos engenheiros do Amapá, Manoel Ferreira da Conceição Neto; do Ceará, Francisco Regis Carneiro de Andrade; do Piauí, Antonio Florentino de Souza Filho; de Alagoas, José Ailton Ferreira Pacheco; do Mato Grosso, Luiz Benedito de Lima Neto; e do Maranhão, Maria Odinéa Melo Santos Ribeiro. Compareceram ainda à comemoração dos engenheiros paulistas os diretores da FNE.

 
Longa história em defesa dos engenheiros

Fundado na Capital, em 21 de setembro de 1934, o SEESP hoje funciona em São Paulo e em 25 delegacias sindicais distribuídas pelo Estado de maneira a aproximar a entidade do engenheiro, conhecendo a realidade de cada região. Nesse período, cresceu muito o número de associados, que já ultrapassa os 40 mil, conferindo representatividade e respeito ao sindicato.

A década de 80 é um marco nessa trajetória, pois então foi criado o Movimento Renovação, em consonância com as aspirações democráticas que lutavam contra a ditadura militar que vigia no País. A partir daí, o SEESP revolucionou a sua atuação, adotando políticas e ações em defesa da categoria, da engenharia nacional e das grandes questões sociais. Teve início uma nova página na história do Sindicato dos Engenheiros, identificado com os anseios da categoria e os desafios do mundo do trabalho. Muitas conquistas foram alcançadas desde então, e o SEESP vem aprimorando sua capacidade de mobilização e luta, os benefícios aos associados e a sua infra-estrutura para melhor atender os engenheiros. Com a crise que atravessou os anos 90 e lamentavelmente persiste neste início de século XXI, direcionou esforços para a colocação profissional da categoria, a reciclagem tecnológica e o apoio ao profissional autônomo.

Mais recentemente, no início dos anos 2000, pôde desenvolver, juntamente com os engenheiros do Estado de São Paulo, uma série de ações em defesa da profissão e da categoria. Foram implementados e aprimorados programas nas áreas de ação sindical, mercado de trabalho, debates técnicos setoriais e relações institucionais e políticas.

Assim, a entidade fortaleceu-se como representante dos engenheiros nas negociações coletivas, que abrangem aproximadamente 100 mil profissionais em todo o Estado; ampliou e sofisticou o atendimento da Bolsa de Empregos; promoveu inúmeros seminários e debates nas áreas de transporte, energia, saneamento básico e meio ambiente, entre outros; garantiu sua inserção nas mais importantes discussões do Estado, envolvendo outras organizações e os poderes públicos.

No que diz respeito à prestação de serviços aos filiados, ganhou-se em qualidade e quantidade. O Plano de Saúde do Engenheiro consolida-se a cada dia como a melhor opção aos filiados, que nele encontram os melhores preços e condições do mercado, além da segurança e confiabilidade que o SEESP representa. Hoje, já são mais de 30 mil vidas atendidas. Foi criado também o SEESPPrev, o fundo de pensão dos engenheiros, pioneiro na modalidade de instituidor. E oferecidos ainda inúmeros convênios nas áreas de saúde, educação, lazer, turismo etc.

 

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