Eleição

Vote para mudar o Crea-SP

 

Alternativa para garantir ao conselho eficácia e transparência é apresentada com a candidatura do engenheiro Flávio José Albergaria de Oliveira Brízida à Presidência do Crea-SP no pleito a se realizar em 9 de novembro. Nome indicado pelo SEESP por estar compromissado com bandeiras historicamente defendidas pelo sindicato, conta, inclusive, com o apoio de outras entidades. Entre suas pretensões, a de alterar a relação do conselho com a sociedade e os profissionais da área tecnológica, aproximando-o efetivamente desses.

“O sistema Confea/Creas está numa linha de saturação. Diante da mudança do perfil de mercado e a crise de empregabilidade no País, não tem trabalhado em prol dos seus representados”, afirma Brízida. Ele cita, por exemplo, aqueles que foram jogados na informalidade pela situação econômica nacional. “É preciso que sejam assistidos pelo conselho.” Para tanto, o candidato considera essencial desburocratizar o órgão, de modo que deixe de ser “um cartório”.

Retomar sua função de proteger a sociedade na relação com a engenharia e área tecnológica em geral é também objetivo dessa candidatura. Segundo ele, hoje o Crea-SP omite-se quanto a isso. Assim foi nas privatizações do setor elétrico paulista – o que novamente acontece na possibilidade de desestatização da Cteep (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista) –, tem sido no debate sobre a nova modelagem do saneamento e em temas como mobilidade e transporte. “Esses interferem na vida do cidadão paulista e o conselho deveria abrir discussões. Deveria participar junto à classe política e à população para mostrar a verdade dos fatos. Mas não está agindo dessa forma”, enfatiza. Ainda de acordo com Brízida, mesmo em sua função precípua, a fiscalização do exercício profissional, o Crea-SP “não tem sido eficaz”. Nesse sentido, sua intenção, novamente, é resgatar o papel que cabe ao órgão.

O nome desse engenheiro surge como resposta para se ter sistema que os profissionais desejam e buscam – assim como o de Ivo Mendes Lima à Presidência do Confea, também apoiado pelo SEESP. Ou seja, ágil, democrático e não meramente arrecadador. Para assegurar tal mudança, é fundamental que as categorias da área tecnológica dirijam-se às urnas no dia da votação e garantam uma eleição representativa, diferentemente do que tem ocorrido – de acordo com Brízida, o mapa do último pleito em São Paulo indica cerca de 13.500 votantes em um universo de mais de 200 mil profissionais em dia com o sistema. Podem participar todos os profissionais registrados no conselho quites com suas anuidades até 10 de outubro.

 

Quem é Flávio Brízida

Formado em engenharia elétrica pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro em 1979, Flávio Brízida, paralelamente a suas atividades profissionais, sempre teve carreira política. Hoje, ocupa cargos que estreitam o relacionamento com os trabalhadores da área tecnológica. Além de diretor do SEESP e da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), é conselheiro do Crea-SP, licenciado para concorrer ao cargo de presidente desse órgão.

 
Propostas
 
  • Implantar um programa de redução de custos e desperdícios melhorando a qualidade dos serviços prestados, com controle de produtividade através de indicadores de gestão;
  • fiscalizar o exercício da profissão, mapeando e advertindo aqueles que descumprem a lei, de modo a regularizar o exercício de cargos técnicos. Esse trabalho deve ter cunho educativo, assegurando punição exemplar aos reincidentes, e ser feito de forma ampla, não visando exclusivamente a arrecadação de multas. Estender o trabalho também às indústrias, tornando o Crea presente em todos os locais em que atuam os profissionais;
  • implantar um programa de reciclagem tecnológica;
  • criar um sistema estadual de informação, voltado ao mercado de trabalho, assim como ao atendimento dos profissionais, oferecendo-lhes e às empresas recursos informatizados de atualização cadastral;
  • padronizar a formação de processos de circulação administrativa e pelas câmaras especializadas, objetivando sua informatização, sem perda da integridade dos documentos;
  • investir na qualidade dos serviços relativos ao acervo técnico dos profissionais e empresas, hoje limitados ao objetivo arrecadatório;
  • discutir a democratização da distribuição da arrecadação oriunda das ARTs recolhidas sem indicação de entidade beneficiária;
  • realizar campanhas de esclarecimentos, informando os serviços prestados pelo Crea aos profissionais, às empresas e à sociedade;
  • criar nas unidades regionais uma Câmara Especializada de Engenharia de Segurança do Trabalho;
  • requalificar todas as câmaras especializadas de modo a dotá-las e a seus pareceres de credibilidade junto à sociedade e ao Poder Judiciário. Torná-las aptas ainda ao debate de políticas públicas que envolvam as engenharias, a arquitetura e a agronomia;
  • abrir ampla discussão sobre o Código de Ética. Os profissionais necessitam conhecer e reavaliar os poderes e mecanismos de atuação da atual Comissão de Ética;
  • propor a regulamentação correta de artigos da Constituição Federal pertinentes às profissões abrangidas pelo Crea. Ainda nesse espírito, merecem atenção o debate quanto às eleições obrigatórias para presidentes e diretores do Confea e dos Creas, a reformulação da Lei 5.194 e da Resolução 218;
  • propor parceria entre o Crea e as demais entidades representativas dos profissionais.
 

Ao Confea, engenheiro Ivo Mendes é opção

 

Em nível federal, as propostas do candidato à Presidência do Confea, Ivo Mendes Lima, vão ao encontro das bandeiras defendidas pelo SEESP: desburocratizar o sistema e simplificar procedimentos, aproximá-lo das entidades e dos profissionais da área tecnológica, democratizá-lo, reduzir seus custos e melhor distribuir seus recursos, além, é claro, de promover a fiscalização efetiva do exercício profissional. Desse modo, o objetivo é realizar administração transparente e compartilhada, em parceria com as instituições representativas dos trabalhadores ligados ao sistema, sempre com respeito à gestão pública.

 

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