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TECNOLOGIA - Engenheiros integram cooperação Brasil-Alemanha

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Lucélia Barbosa

       Em 12 de abril, ocorreu a assinatura de um acordo inédito de cooperação entre a FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) e a VDI-Brasil (Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha), representados pelos seus presidentes Murilo Pinheiro e Edgard Horny, respectivamente. O objetivo da parceria é a promoção de estudo e pesquisa para o desenvolvimento de tecnologias, intercâmbio de profissionais, professores e estudantes, além do estabelecimento de novas cooperações no ensino e na pesquisa voltadas à engenharia de inovação para a troca de conhecimentos e experiências entre o Brasil e a Alemanha.
       Como primeiro fruto está a criação de uma IES (Instituição de Ensino Superior) pelo SEESP, em fase de formatação e que deve ser implantada em 2011.
       A assinatura aconteceu durante a cerimônia de abertura do “Ano Brasil-Alemanha da Ciência, Tecnologia e Inovação 2010/2011” – promovido pelos ministérios da Ciência e Tecnologia e das Relações Exteriores do Brasil, bem como pelo Federal Alemão para a Educação e Pesquisa –, que contou com a presença dos ministros de C&T, Sergio Rezende, e da Educação e Pesquisa da Alemanha, Annette Schavan, os quais aplaudiram a iniciativa. “Um dos pontos fortes da cooperação Brasil-Alemanha é o interesse dos engenheiros brasileiros. Por isso, é muito importante que essas entidades estejam engajadas. Estou bastante satisfeito com a proposta e a engenharia nacional tem muito a ganhar com essa cooperação”, enfatizou Rezende. Já Schavan acredita que o acordo atenderá uma das principais preocupações da Alemanha, que é a formação de mais engenheiros para combater o déficit nos dois países e garantir mão de obra qualificada para o desenvolvimento. Para ela, somente através dos sistemas de educação é que os jovens poderão no futuro criar e produzir pesquisas de qualidade.
       A iniciativa da FNE e da VDI-Brasil vem ao encontro da proposta dos dois governos que pretendem, até abril de 2011, despertar a atenção do setor produtivo e de serviços para as possibilidades de negócios de inovação tecnológica e industrial em setores estratégicos da economia. Ao longo do ano, serão realizados diversos eventos tanto no Brasil como na Alemanha, a fim de encontrar soluções inovadoras para os desafios atuais.
        Entre as áreas de cooperação, destaque para proteção e manejo sustentável das florestas tropicais e tecnologia de produção e manufatura, que já possuem iniciativas em andamento. A primeira investe na construção de uma torre de observação na Floresta Amazônica de 300 metros de altura e outras secundárias, que contam com recursos de € 10 milhões. Já a segunda área é contemplada pela criação da rede Bragecrim, que envolve várias instituições brasileiras e alemãs com investimentos de aproximadamente € 30 milhões. “Além dessas, temos um amplo leque de opções definido para a cooperação, como o uso sustentável da terra, fontes renováveis e eficiência energética, pesquisa marinha para preservação das costas litorâneas, tecnologia de proteção climática, gestão integrada de recursos hídricos, transferência de tecnologias e saúde. Basta apenas intensificar os trabalhos e definir os investimentos”, disse o ministro brasileiro.

 

Perspectivas
        Dentro da programação do lançamento da cooperação germano-brasileira, aconteceu ainda um seminário com a participação de palestrantes dos dois países. Esses falaram sobre o sistema brasileiro de inovação e pesquisa e as perspectivas para cooperação bilateral. O sucesso dos centros de pesquisas nacionais nas áreas de aeronáutica, petróleo e energia renovável, em que o País poderá contribuir com a Alemanha, também foi mencionado. A formação de doutores nos setores tecnológicos é outra demanda que entrará na pauta. Em 2008, o Brasil formou 10 mil especialistas, sendo 40% em humanas e apenas 6% em engenharia. Outro assunto debatido foi a dificuldade de estimular a cultura da inovação nas indústrias e a falta de investimento privado.
         O evento contou também com uma exposição que apresentou representantes da excelência científica e inovadora da Alemanha, como o Daad (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico) e o Instituto Fraunhofer Bohn.

 

 

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