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Cresce Brasil – Isitec dá início ao curso de Engenharia de Inovação

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Rosângela Ribeiro Gil

Em solenidade concorrida, com a presença de autoridades, professores, entidades sindicais, profissionais, alunos e familiares, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, proferiu a aula inaugural do curso de graduação em Engenharia de Inovação do Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), no dia 23 de fevereiro último, em suas dependências, na Capital paulista.

À abertura, Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente do SEESP – entidade mantenedora da nova faculdade –, deu boas-vindas aos estudantes. A proposta, como enfatizou ele, é que a nova escola seja referência no ensino de engenharia no País, ressaltando que o sindicato, ao tomar esse grande e pioneiro passo, não descuidou das bandeiras classistas, mas também não poderia ficar desconectado das mudanças do século XXI, que abrangem avanço tecnológico e inovação. Ao final do seu discurso, foi descerrada a placa com o nome do edifício – professora Lucilla de Guimarães Campos Pinheiro, que se notabilizou por defender a educação pública com qualidade.

O diretor-geral da instituição, Saulo Krichanã Rodrigues, parabenizou os alunos da primeira turma do Isitec por estarem inseridos numa proposta que tem o “DNA” da engenharia com uma matriz educacional também inovadora – são 54 matriculados. O curso terá cinco anos, o estudante permanecerá em sala de aula em período integral – somando 4.620 horas – e receberá uma ajuda de custo, além de bolsa integral. O presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), José Tadeu da Silva, informou que a entidade já está de posse de toda a documentação para elaborar a resolução fixando a área de atuação e o campo de atividades, bem com as atribuições e prerrogativas dos profissionais que serão formados pelo Isitec.


Novos desafios

Em sua aula inaugural, Rebelo destacou que a engenharia está permanentemente associada à aventura humana pela sobrevivência e pela construção material da sociedade, observando que a própria civilização egípcia foi uma conquista da engenharia hidráulica, ao controlar o regime de águas do Rio Nilo para uso humano, principalmente para agricultura, numa área de deserto. No Brasil, lembrou, a base física da engenharia começou com a vinda da Corte Real de Portugal e na construção militar de fortalezas na costa brasileira, assim como no interior. “Foi o resultado da inteligência da engenharia civil aplicada à defesa, inicialmente, da Coroa portuguesa.” Conforme ensinou Rebelo, a primeira escola de engenharia – Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho – data de 1792.

Para o ministro, o País está preparado para enfrentar e vencer os novos desafios do desenvolvimento, como se superar em ciência, tecnologia e inovação e aumentar a produtividade e competitividade da indústria nacional. “Somos a sétima economia do mundo, mas estamos muito mal em inovação.” De acordo com sua fala, recente notícia do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDCI) aponta que a exportação de alta tecnologia caiu muito, e a de baixa aumentou. “O Brasil está perdendo emprego industrial. Devemos nos apoiar nas nossas virtudes, mas temos de ter consciência das nossas deficiências para poder superá-las”, defendeu.

Nesse sentido, ele avaliou que o Isitec nasce num momento fundamental para o País, que precisa melhorar a qualidade e a competitividade do seu produto, usando a tecnologia e inovação. Para Rebelo, a faculdade dos engenheiros deve ter o espírito de garantir ao Brasil soberania científica, tecnológica e de inovação, “para não virarmos colônia de ninguém”.

O evento contou, ainda, com a presença do deputado federal Paulo Teixeira (PT/SP); dos vereadores paulistanos Eliseu Gabriel (PSB) e Gilberto Natalini (PV); dos presidentes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), Francisco Kurimori, e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Fernando Perondi; dos diretores dos sindicatos das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco), João Alberto Viol, e da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Sérgio Tiaki Watanabe; da vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Dora Fix Ventura; do secretário de Serviços do Município de São Paulo, Simão Pedro; do ex-reitor da Universidade de São Paulo (USP) Hélio Guerra; do professor da Escola Politécnica da USP e coordenador do Conselho Tecnológico do SEESP, José Roberto Cardoso; e da vice-presidente da CNTU, Gilda Almeida de Souza. Além deles, compuseram a mesa os diretores do Isitec José Marques Póvoa (de graduação), Fernando Palmezan Neto (administrativo e financeiro) e Antonio Octaviano (de extensão e serviços de consultoria) e os integrantes do Conselho de Administração (CAD) da instituição e vice-presidentes do SEESP Celso Atienza e Carlos Alberto Guimarães Garcez.


Assista a aula do ministro Rebelo.

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