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EDITORIAL - Uma feliz decisão

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       Após mais de uma década insistindo na política de privatizações, o Governo do Estado de São Paulo finalmente desistiu de vender a Cesp (Companhia Energética de São Paulo), ameaçada de ir a leilão por várias vezes desde 1998. Juntamente com essa boa notícia, uma melhor ainda. Com esse novo rumo estabelecido, a empresa deve voltar a ter investimentos e ocupar seu devido lugar no sistema elétrico brasileiro como uma das maiores geradoras do País. Segundo divulgado pela imprensa, o Governo pretende que a estatal siga o exemplo da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), que vem ao longo do tempo investindo na expansão e buscando novos mercados, inclusive fora do território mineiro.
       Ainda que esse movimento seja feito de forma tímida, sem grandes aportes de recursos, também como foi veicula­do na mídia, a medida é extremamente positiva e deve ser comemorada por todos e especialmente pela engenharia. Segundo informações do novo presi­dente da Cesp, Vilson Christofari, há duas frentes de busca de projetos. O aproveitamento de pequenas centrais hidrelétricas no território paulista e empreendimentos de fazendas eólicas também em São Paulo, sobretudo em áreas da própria companhia.
       Para o SEESP, que desde sempre com­bateu fortemente a ideia de vender a Cesp, única geradora que sobrou sob controle público após o desmonte dos anos 90, trata-se de uma vitória da ra­cionalidade. Na nossa avaliação, ao abrir mão da companhia, o Governo paulista desistiria também de um im­portante instrumento de indução do de­senvol­vimento. Como se sabe, geração de ener­gia não é qualquer atividade econômica e trata-se de interesse de Estado com importantes repercussões na vida da população, na atividade in­dustrial e na economia em geral. Além disso, com a retomada do crescimento e diante da necessidade de ampliar a oferta de ener­gia, seria absurdo que São Paulo se exi­misse de qualquer possibili­dade de inter­vir no planejamento do setor elétri­co e de contribuir com o progresso do País.
       A partir desse passo acertado, espera-se que esteja superada a visão que, igno­rando a realidade do setor elétrico, aca­bou por causar aumento de tarifas, que­da na qualidade dos serviços e até ra­cionamento. Que comece uma nova era, voltada ao planejamento e à ação es­tratégica em benefício do povo pau­lista e de todo o Brasil.

 

 

 


 

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