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Sindical – CNTU apresenta campanhas por um “Brasil inteligente”

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Soraya Misleh*

As categorias representadas pela CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados), entre elas a dos engenheiros, expuseram, no dia 5 de dezembro último, durante a 3ª Jornada da Campanha Brasil Inteligente, ações nacionais que desenvolverão em 2013.

Assim, foram apresentadas as seguintes campanhas: “Brasil Inteligente – com a mobilidade urbana todos ganham”, pelos economistas; “Implantação da internet pública”, pelos engenheiros; “Uso racional de medicamentos”, pelos farmacêuticos; “Qualidade na saúde pública”, pelos médicos; “Contra o uso de agrotóxicos”, pelos nutricionistas; “Zerar a demanda por próteses dentárias”, pelos odontologistas; e “Por um sistema nacional de educação continuada dos profissionais universitários”, pela CNTU, abrangendo todos esses trabalhadores. Além disso, foi proposta pelo geólogo Wagner Ribeiro a inclusão no projeto “Brasil Inteligente” da campanha “Desmatamento zero”.

Ainda na oportunidade, foram empossados cem novos membros no Conselho Con­sultivo da entidade, que se somam a outros 400 para contribuir com propostas para o País e para tocar as campanhas elencadas. Plenária desse fórum ocorreu na sequência, quando foi sugerido que se agregue o tema da preservação do Cerrado às ações a serem implementadas, entre outros pontos.

Ao encerramento, foram agraciados com o prêmio Personalidade Profissional os seguintes nomes de destaque nas áreas abrangidas pela CNTU: Paul Israel Singer (Economia), Fernanda Giannasi (Engenharia), Alice Mazzuco Portugal (Farmácia), Genival Veloso de França (Medicina), Sandra Maria Chemin S. da Silva (Nutrição) – representada por seu cônjuge, Sidnei Seabra da Silva – e Vitor Gomes Pinto (Odontologia), além de Antônio Augusto de Queiroz (Excelência em gestão pública). No decorrer do evento, o arquiteto, urbanista e artista plástico Nazareno Stanislau Affonso pintou um quadro simbolizando o projeto da CNTU, o qual exibiu à plateia ao encerramento. A iniciativa aconteceu na sede do SEESP, na Capital paulista. Abrindo os trabalhos, o presidente da entidade e da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), Murilo Celso de Campos Pinheiro, ressaltou a importância de os profissionais liberais se inserirem em assuntos cruciais para a sociedade brasileira, apresentando propostas, ideias e buscando soluções.


Internet e educação continuada

Na apresentação da campanha para a implantação da internet pública no País, da FNE, o professor titular da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) e coordenador do Citi (Centro Interdisciplinar em Tecnologias Interativas) dessa instituição, Marcelo Zuffo, apontou: “Infelizmente, a internet está apenas nos grandes centros, não no Brasil todo. Somos o 164º no ranking mundial de velocidade, que é 20 vezes menor que o da Coreia do Sul, que vai ligar todas as escolas públicas em 1gbit/s.” Ele observou que IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e investimento nessa infraestrutura têm relação muito grande.

Zuffo argumentou que o Brasil precisa crescer 200% ao ano para conseguir se equiparar ao resto do mundo. “Ao mesmo tempo em que temos uma infraestrutura muito ruim, o potencial de uso é grande. De todos os países, estamos em terceiro lugar entre aqueles que mais querem e estão conectados à rede”, constatou. Por isso, a FNE começa a construir a ideia de que internet ofertada de forma indiscriminada pode ser uma prioridade, com a meta de conectar 100% da população entre cinco e dez anos. “Isso traria impacto dramático nos atuais padrões educacionais brasileiros, de saúde, de mobilidade urbana, de segurança, de turismo e de negócios.” Ele esclareceu que internet pública não deve ser confundida com gratuidade, mas que é a oferta do serviço para competitividade e desenvolvimento da sociedade.

Já a campanha “Por um sistema nacional de educação continuada dos profissionais universitários”, iniciada pela CNTU em 2012, visa a conquista de 12 dias por ano no mínimo para requalificação de 10 milhões de trabalhadores  – universo contemplado pela confederação. Foi apresentada pelo seu diretor de Articulação Nacional, Allen Habert, que destacou a necessidade de transformar o tema em “causa nacional”. A pretensão é garantir a instituição do “cartão educação continuada”.

Habert lembrou a experiência do SEESP, que há 23 anos conquistou em acordo coletivo com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) a reciclagem tecnológica. “Entre 1991 e 2000, passamos aos 12 dias por ano a todos os engenheiros da área industrial. Depois, conseguimos a aprovação no Parlamento estadual de lei que dispõe sobre o mínimo de seis dias por ano a toda a administração direta e indireta de oito categorias, entre as quais a dos engenheiros.” A favor, além dessa experiência exitosa, o direito universal para tanto, assegurado pela Convenção 140 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), ratificada nos anos 90 pelo governo brasileiro. Sob esses fundamentos, segundo Habert, a CNTU resolveu transformar a demanda em projeto de lei e levá-la ao Executivo. “Isso interessa à nação.”


Confira cobertura completa do evento neste
site.


*Colaborou Rosângela Ribeiro Gil

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