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Eleições 2012 – Paulinho quer descentralizar administração de São Paulo

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Rosângela Ribeiro Gil

A proposta faz parte do programa de governo do candidato do PDT à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal licenciado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical, que foi lançado no oitavo debate do ciclo “A engenharia e a cidade”. Promovido pelo SEESP, o evento foi realizado no dia 23 de agosto, na Capital. Elogiando a contribuição dos engenheiros na elaboração do trabalho, Paulinho destacou a ideia de reestruturação da cidade com a descentralização da administração municipal.

“Hoje somos uma cidade com 11,3 milhões de habitantes governados por uma pessoa só no Viaduto do Chá (referindo-se à sede atual da Prefeitura de São Paulo), que hoje é o (Gilberto) Kassab.” Para mudar esse quadro, ele propõe a criação de conselhos de representantes para ampliar a participação popular nas subprefeituras. Essas, por sua vez, teriam mais recursos e um dirigente eleito pela população. “Aí sim teremos uma administração partindo dos bairros mais importantes de São Paulo”, afirmou.

Outra ideia central de Paulinho é fazer com que o emprego fique mais próximo do local de residência das pessoas. “São Paulo tem 6,5 milhões de trabalhadores, sem contar os da economia informal ou por conta própria. E 75% dos empregos estão no centro da cidade, basicamente nas subprefeituras da Lapa, Barra Funda, Sé, Vila Mariana e Pinheiros. Ou seja, são mais ou menos 4,5 milhões de pessoas todos os dias se locomovendo para a região central. Nem na China tem um deslocamento humano tão grande como esse”, observou. A proposta, para mudar esse fluxo é dar incentivo fiscal à atividade econômica nas áreas mais distantes. “Vamos manter os 5% do ISS (Imposto sobre Serviços) e os patamares atuais do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) no centro e reduzir para 2% nas regiões periféricas.” A medida, enfatizou, melhoraria ainda a mobilidade: “Resolve boa parte do problema do trânsito.”

A área de saúde é outro ponto no qual o candidato pretende mexer caso assuma a administração da cidade. “Quem precisa de um médico, de um exame ou de uma internação corre o risco muito grande de morrer em São Paulo. Por isso, vamos dobrar a equipe médica para 2.400 profissionais, que atenderão as famílias que não têm plano de saúde.” Propõe, ainda, comprar 3 mil leitos de hospitais privados, o que equivaleria, segundo Paulinho, à construção de 15 novas unidades. As atuais 16 AMAs (postos de Atendimento Médico Ambulatorial) de especialidades e 116 de emergência passariam, respectivamente, para 96 e 200.

Na área da educação, o candidato do PDT criticou o método de avaliação da progressão continuada, no qual “os filhos dos pobres passam de ano sem fazer prova”. “Isso é um crime. As escolas privadas dos filhos dos ricos têm prova. Para entrar na USP tem prova. No segundo dia do meu mandato, vou assinar um decreto acabando com a progressão continua­da.” Implantar tempo integral nos CEUs (Centros Educacionais Unificados) é outra proposta, com ênfase na área esportiva, que contaria com o trabalho de atletas veteranos.

O debate reuniu lideranças sindicais dos metalúrgicos e de outras categorias profissionais de São Paulo, vários candidatos a vereador e o ex-ministro do Trabalho Antônio Rogério Magri.

Desde 3 de julho último, quando teve início o ciclo de debates promovido pelo SEESP, a entidade já recebeu os prefeituráveis Levy Fidelix (PRTB), Gabriel Chalita (PMDB), Ana Luiza (PSTU), Celso Russomanno (PRB), Fernando Haddad (PT), Miguel Manso (PPL) e Soninha Francine (PPS).

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