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Editorial – A engenharia e a cidade

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Teve início em 3 de julho o ciclo de debates promovido pelo SEESP com os candidatos à Prefeitura da Capital. Iniciativa já tradicional da entidade – realizada também em outros municípios nos quais estão sediadas as nossas delegacias sindicais – “A engenharia e a cidade” tem o objetivo de travar a discussão que realmente interessa ao cidadão: os problemas do local onde ele vive e como solucioná-los. Até setembro, será realizada uma série de encontros com cada um dos inscritos para a disputa, quando esses terão a oportunidade de apresentar o seu programa de governo, ouvir sugestões e responder às questões da plateia.

Abertos ao público, os eventos são uma oportunidade ímpar para decidir em quem votar mais conscientemente. Como novidade neste ano, temos a transmissão dos debates pela internet, com acesso pelo site do SEESP.

Essa dinâmica, além de absolutamente democrática, já que abre rigorosamente o mesmo espaço a todos, permite que sejam tratadas de forma apropriada questões de monta que precisam ser enfrentadas. Entre essas, está certamente a crise de mobilidade e a carência por transportes, existentes sobretudo na Capital, mas presentes também em diversas localidades do interior paulista, que podem caminhar para caos semelhante ao vivido na metrópole se não adotarem medidas corretivas.  A histórica falta de planejamento, o processo de especulação imobiliária que expulsa contingentes de trabalhadores para periferias cada vez mais distantes enquanto os empregos continuam concentrados na região central e a supremacia do automóvel no sistema viário paulistano geraram a situação que hoje já é insustentável.

Desatar um nó de tal complexidade obviamente nada tem de simples, mas também não é impossível. Todavia, demanda antes de tudo compromisso com a cidade, seu povo e o seu futuro. A engenharia e os profissionais brasileiros do setor têm inúmeras recomendações para enfrentar o problema, que vão da racionalização do uso do espaço urbano aos investimentos em transporte de alta capacidade. Não faltam, portanto, soluções técnicas, mas sim a decisão de aplicá-las de forma adequada e pensando no interesse da população. Também não se menospreza a dificuldade em se conseguir os recursos necessários para a empreitada – especialmente tendo em vista que esse não é o único problema da cidade a demandar iniciativas – mas é preciso buscá-los. E essa é tarefa daqueles que estão na disputa pelo voto do eleitor.

Ao promover tais debates, o SEESP espera contribuir para que aqueles ou aquelas que assumirem as Prefeituras em 2013 estejam prontos a trabalhar de forma eficiente para que tenhamos cidades prósperas, avançadas e com qualidade de vida para todos.


Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

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