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EDITORIAL - Preparar-se para entrar em campo

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      Após grande expectativa, a Fifa (Federação Internacional de Futebol) divulgou em 31 de maio último as cidades brasileiras que serão sedes dos jogos da Copa do Mundo de 2014. Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo foram as felizes escolhidas e, passada a comemoração, é preciso dar início a hercúlea tarefa de prepará-las adequadamente para o grande evento.
       Desta vez, o Brasil terá de, antes de fazer bonito em campo, mostrar a que veio garantindo não só estádios adequados ao torneio, mas também a infraestrutura urbana e de turismo necessária. São esperados 800 mil visitantes, e os jogos devem chegar a 40 bilhões de telespectadores (estimativa que leva em conta o número de vezes que a mesma pessoa assistirá a diversas partidas). Ou seja, será necessário fazer investimentos consideráveis em transportes, energia, comunicações e até saneamento para que esse público seja bem recebido e as transmissões televisivas – o grande negócio da Copa do Mundo – e toda a cobertura de imprensa possam ser feitas sem contratempos. Mesmo em São Paulo, não é pouco o trabalho que se tem pela frente, a começar pelas melhorias no Aeroporto Internacional de Guarulhos, principal porta de entrada do País. Depois, é preciso que as pessoas cheguem com facilidade à cidade e aos locais onde se hospedarão, o que exige vias rápidas de acesso e transporte público eficiente. À beira do caos e de uma crise de mobilidade, a Capital paulista deve aproveitar sua chance na Copa para resolver o problema, um dos mais graves da cidade, que prejudica tanto a população quanto a economia local. Ainda para atender bem os visitantes, são necessários sistemas de saúde e segurança pública, outro calcanhar de Aquiles, adequados.
        Segundo estimativas de José Roberto Bernasconi, presidente do Sinaenco (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva), o custo total da empreitada ficará entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões, sendo que as arenas consumirão cerca de 10% do valor. O desafio certamente é considerável, mas é superável, desde que tomemos as providências corretas. Exemplos do passado devem servir de lição e os preparativos para a Copa do Mundo devem ser feitos com planejamento e seriedade, tendo em vista não só o sucesso do evento em si, mas o que todo esse investimento deixará ao Brasil ao fim dos jogos. É certamente uma chance para modernizar ao menos as 12 cidades eleitas, elevando o nível de vida da população. Nesse esforço, a engenharia brasileira tem papel fundamental e deve se integrar de forma efetiva, pois não há espaço ao improviso.

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente

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