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A tarefa posta é salvar vidas

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Murilo Pinheiro – Presidente

 

MuriloArtigoAs péssimas notícias são do conhecimento de todos: o Brasil ultrapassou o tenebroso marco das 300 mil mortes por Covid-19; a vacinação segue em ritmo lento e insatisfatório; o sistema de saúde beira o colapso, com a escassez de leitos, medicamentos, equipamentos e profissionais; as variantes do vírus surgem entre nós e tornam o País uma ameaça sanitária para o mundo, que nos fecha as portas.


Impossível negar a gravidade da situação e mesmo todos os erros cometidos até agora. Mas é perfeitamente possível que comecemos finalmente, um ano depois da chegada da pandemia por aqui, a agir corretamente. A obrigação imperiosa de tomar essa decisão começa com as principais autoridades do País, em todos os poderes e instâncias administrativas, mas também atinge o empresariado, a sociedade civil organizada, a academia e o cidadão comum em condições de dar a sua contribuição.

VacinaO primeiro passo é que se estabeleça uma coordenação nacional real e efetiva, guiada por dados confiáveis e pelo conhecimento científico, sob o comando de gente competente e responsável. A fase das idas e vindas e do amadorismo precisa ficar para trás. Não há tempo para desperdício de recursos ou energia; cada erro cometido por inépcia pode significar mais uma morte que seria evitável.

 

Sabemos que no enfrentamento de uma doença nova, cujas características ainda seguem sendo estudadas pelos pesquisadores, são enormes as incertezas e muitas delas perdurarão por anos até que as investigações se concluam. No entanto, é fundamental que aquilo que já é consenso na comunidade médica e científica, que goza de credibilidade, deixe de ser objeto de debates promovidos por leigos. O tumulto e a desinformação só atrapalham.


Também devem ser abandonados neste momento interesses político-partidários e eleitorais de quaisquer matizes. Muito antes da urna está a luta imediata para que a população sobreviva, não adoeça gravemente ou carregue sequelas danosas por meses.


Por fim, mas igualmente essencial, é urgente dar um basta ao dogma da austeridade fiscal, já denunciado como mito por inúmeros economistas da mais alta envergadura, que impede a efetiva assistência social neste momento crítico da pandemia. É preciso retomar o auxílio emergencial de R$ 600,00 e estendê-lo pelo tempo necessário para que o isolamento seja minimante possível. Ainda, é imprescindível destinar mais recursos para a saúde, cujo orçamento neste ano voltou ao patamar de 2019, com R$ 40 bilhões a menos que em 2020, conforme informa a professora Esther Dweck em entrevista nesta edição do Jornal do Engenheiro.


Superar a pandemia e salvar vidas é a tarefa objetiva e também gigantesca que se coloca. O desafio causa assombro, mas pode ser vencido se for enfrentado de fato e com seriedade.

 

Créditos da imagem – Arte: Eliel Almeida. Fotos: Bruno Cecim/Ag.Pará, Gustavo Mansur/Palácio Piratini e Fotos Públicas

 

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