Cid Barbosa Lima Junior

Capa da edição nº 1 do JOSE.
Arte: Fábio SouzaApós a vitória do Movimento de Oposição e Renovação do Sindicato dos Engenheiros em 1980, colocava-se a necessidade de um instrumento de comunicação e organização para o SEESP. Assim, contratamos a jornalista Sandra Balbi e, em dezembro daquele ano, surgia o JOSE (Jornal do Sindicato dos Engenheiros).

Uma edição experimental cuja manchete era “Vão confiscar seu salário” tratava de matéria contrária à política de achatamento salarial do então ministro Delfim Netto. Continha também um balanço dos dois primeiros meses da nova gestão sindical.

Lembro que dos 1.500 associados no início da gestão, passamos de 12 mil após três anos de uma gestão bastante produtiva.

Já a segunda gestão da Renovação encaminhou pautas políticas importantes, dentre as quais as Diretas Já, participando ativamente dessa histórica luta pela volta da democracia. Para tanto, o JOSE teve enorme relevância.

A segunda edição, de número 1 – pois a experimental foi a de número zero –, foi lançada em janeiro de 1981, cuja manchete era “Dia 15 de janeiro definiremos as bases do acordo salarial” e havia um editorial com a convocação dos engenheiros para participar da campanha salarial.

Passaram-se 40 anos desde então, e algumas lembranças me vem à mente. A jornalista Sandra era esposa do nosso segundo secretário, o engenheiro Eduardo Albertim, o “Barba”, como era conhecido, devido à sua volumosa barba. Sandra foi uma grande jornalista que nos deixou em 2019, por conta de um câncer.

Estava plantada a semente do que é hoje o Jornal do Engenheiro e o SEESP Notícias. Os veículos de comunicação mantêm sua relevância e protagonismo. Têm sido até hoje um elemento aglutinador e organizador dos engenheiros do Estado de São Paulo.

Quero deixar meus parabéns à Rita e a toda a equipe de jornalismo do SEESP pelos 40 anos de muita luta.

Cid Barbosa Lima Junior é engenheiro e foi vice-presidente do SEESP na gestão 1980-1983