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Opinião - Ser forte para ser livre

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Allen Habert

 

Os engenheiros e os profissionais universitários no Brasil devem trabalhar hoje e nos próximos anos para modernizar, renovar e fortalecer suas entidades sindicais. Elas são e devem ser cada vez mais não só a casa da consciência crítica do profissional como também portadoras do projeto de nação que queremos conquistar.

Houve e continua havendo na categoria dos engenheiros ideias equivocadas que foram debatidas ao longo dos anos, sintetizadas por estas duas frases: “o sucesso do profissional só depende do esforço e da performance dele” e “na próxima revolução industrial não haverá espaço para sindicatos”. A compreensão do micro e do macro transforma-se numa energia vital nos campos cultural e social.

O SEESP é uma grande escola de lideranças e formação de cidadãos voltados para os interesses maiores da população e da sociedade. Isso é uma preciosidade social, um patrimônio da engenharia que deve continuar, ampliar-se e ganhar musculatura. Essa universidade da cidadania alimenta-se por ideias e ações democráticas, por um imenso e diverso laboratório social em permanente teste. O coração disso é o contínuo debate sobre “qual é o projeto de Brasil que queremos?”. Um engenheiro sindicalizado é um profissional que entendeu que só a união das inteligências coletivas dá conta da complexidade do sistema da engenharia imerso na sociedade. Não é à toa que o SEESP é o 20º maior sindicato brasileiro dentre todas as categorias de trabalhadores e também um dos maiores das Américas.

No contexto atual de fragilidade da democracia e de pressão contra as instituições, há três desafios a implantar para darmos um salto na questão do fortalecimento sindical:

1) unir cada vez mais o SEESP à revolução digital. Como um dos exemplos, colocar o sindicato em cada celular do profissional, empreendendo um diálogo permanente e uma crescente rede de prestação de serviços em todas as áreas e em particular na formação continuada;

2) atrair com parcerias, iniciativas e serviços que possam lhes ser úteis os jovens engenheiros e os engenheiros empreendedores que lutam em torno de ocupar um espaço digno no mercado;

3) convidar e propor a sindicalização e ressindicalização (a quem já foi sindicalizado, mas está inativo) para 100 mil engenheiros nos próximos dois anos. Encantá-los a participarem do projeto “Brasil 2022”, nosso Bicentenário da Independência, e da elaboração da Semana de Arte Moderna de 2022. A ser os modernistas do século XXI, como anima a nossa Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU).


Allen Habert é engenheiro de produção e mestre pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), foi membro do Conselho Universitário da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e presidente do SEESP (1986-1989). Atualmente é diretor desse sindicato e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU)

 

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