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OPINIÃO - Faixa de travessia: conscientizar motoristas e pedestres

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Gley Rosa


        A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) de São Paulo iniciou uma campanha de orientação para evitar a ocorrência de acidentes fatais nas ruas da Capital. Aos pedestres, para atravessarem as vias nas faixas destinadas a eles; aos motoristas, para respeitarem os que estão a pé e parar os veículos ao identificar pessoas prestes a utilizar a faixa específica para travessia. Campanha importante, que deveria ser seguida em todos os municípios do País.

        Os pedestres só têm a ganhar com essa medida, pois atravessando nas faixas de segurança correrão menos riscos de atropelamento e o tempo que gastarem para ir até a faixa mais próxima será compensado pela facilidade de atravessar no local correto.

        Até que isso aconteça, algumas ações precisam ser tomadas para que a campanha seja vitoriosa e o respeito ao pedestre e o uso da faixa tornem-se um hábito, como aconteceu com o cinto de segurança, usado hoje por mais de 92% dos motoristas, com grande redução das fatalidades nos acidentes. Entre essas medidas, de ordem administrativa e técnica, podemos citar:
• Multar os motoristas que desrespeitarem a travessia dos pedestres nas faixas de segurança.
• Orientar constantemente os pedestres quanto a sua prioridade nas faixas de segurança em que não há semáforos, pois quando esses existem a prioridade é estabelecida pela indicação da luz verde.
• Apesar de a CET/SP ter em seu quadro na área de Gerência de Segurança no Trânsito e na de Sinalização pessoal competente, torna-se necessária a participação de um engenheiro de segurança na equipe para identificar riscos que os demais profissionais não estão habituados a observar. Cito como exemplo faixas que são colocadas em curvas ou descidas, que não permitem aos motoristas tempo suficiente para parar e dar passagem aos pedestres ou que não proporcionam a devida segurança a quem está atravessando por não ter a adequada visibilidade dos carros que passam ao lado do que corretamente parou e lhe deu a passagem. Em alguns casos são necessários gradis que impeçam a travessia de pedestres afoitos, colocando-se a faixa sempre na reta, alguns metros além da curva ou da descida. Além desses exemplos, outras situações necessitam do conhecimento especializado de um engenheiro de segurança e não há demérito aos projetistas de sinalização viária em ter esse profissional em sua equipe, pois a sua contribuição só trará benefícios e resultados mais satisfatórios.
• Não só os motoristas e pedestres devem ser conscientizados, os motociclistas também têm que saber qual a sua responsabilidade. Muitas vezes os carros param na faixa de segurança, mas esses, por desrespeito ou desconhecimento, passam entre os automóveis parados, pondo em risco o pedestre que estava atravessando corretamente a via.
Vamos praticar o respeito às leis de trânsito, priorizar as medidas de engenharia de segurança, auxiliar a CET/SP na difícil tarefa de evitar acidentes, levando a todo o País o exemplo de cidadania que queremos.


Gley Rosa é engenheiro de segurança do trabalho, diretor do SEESP e da Apaest (Associação Paulista de Segurança do Trabalho)




Comentários  
# campanhaCarla Andreia Bolner 04-11-2013 09:05
Muito boa essa iniciativa, eu tenho visto em minha cidade a falta de respeito por parte dos condutores e gostaria de maiores informações e se possível uma boa orientação de como promover uma campanha assim aqui....
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