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EDITORIAL - Baterias recarregadas para a luta pelo desenvolvimento

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       São Paulo teve mais uma vez a oportunidade de sediar uma verdadeira maratona política e sindical, que aconteceu entre 23 e 26 de setembro, na Capital. Nesses quatro dias de trabalho incessante, o VII Conse (Congresso Nacional dos Engenheiros), promovido pela FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), reuniu diariamente cerca de 800 pessoas, entre delegados, congressistas e convidados, que tiveram a oportunidade de ouvir secretários de Estado, parlamentares, especialistas das diversas áreas da engenharia e sindicalistas e debater com eles os rumos do País e do nosso movimento. Experiências e saberes de todas as partes do Brasil encontraram-se para apontar caminhos à organização dos engenheiros nos próximos três anos.
       Segue sendo carro-chefe da nossa mobilização o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”. Aposta ousada quando do seu lançamento, em 2006, as propostas dos engenheiros acabaram por se tornar parte importantíssima da mobilização pela volta do crescimento, meta alcançada a partir de 2007 e depois ameaçada pela crise financeira internacional. Desde então, a FNE cerrou fileiras com aqueles que defendiam o enfrentamento das dificuldades com a manutenção dos investimentos e a preservação dos empregos e da renda dos trabalhadores. Felizmente, tal corrente prevaleceu e hoje o Brasil se vê em condições vantajosas para despedir-se da turbulência econômica em posição melhor do que aquela em que entrou.
       É nessa perspectiva que a FNE lança, a partir do VII Conse, a nova edição do “Cresce Brasil”, agora atualizada e ampliada, contemplando áreas estratégicas para que o Brasil alcance de fato o progresso. Debatido e aprovado na plenária final, o documento aborda as oportunidades do pré-sal, que exigirá investimentos em tecnologia para que seja de fato explorado, mas que pode ser a grande fonte de recursos para que o País dê um salto no seu estágio de desenvolvimento socioeconômico, tecnológico e inclusive ambiental. Outra questão estratégica é a Amazônia, que deve ser vista como uma grande solução para os brasileiros, e não um problema. Há que se implantar um projeto que assegure a preservação, mas possibilite a exploração sustentável de sua biodiversidade, revertendo-se sua riqueza natural em condições de vida digna, especialmente para sua população. Reafirma-se ainda a necessidade de se investir em ciência, tecnologia e inovação e na infraestrutura nacional. E, claro, em cérebros. Para chegar ao futuro que vislumbramos, o Brasil precisa de muito mais engenheiros, devidamente qualificados para buscar soluções aos nossos desafios.

Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro
Presidente


 
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