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O desafio das campanhas salariais

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 Murilo Pinheiro – Presidente

 

MuriloArtigoFunção principal do SEESP, a representação coletiva dos engenheiros nas campanhas salariais que acontecem todos os anos é, como regra, repleta de dificuldades, como seria de se esperar. Este é o momento em que, ainda que haja disposição mútua para chegar a bom termo, acontece o inevitável embate entre capital e trabalho.


Conduzir esse processo em meio à pandemia do novo coronavírus e a uma crise econômica severa, obviamente, multiplica os obstáculos. No caso do SEESP, que tem nas campanhas salariais setoriais uma verdadeira maratona, com cerca de 30 negociações diferentes em datas-bases de março a novembro, o desafio é ainda maior.


Nesse contexto, exige-se grande empenho da entidade, envolvendo os dirigentes e toda a estrutura, especialmente ação sindical, jurídico e comunicação, e a importante mobilização dos engenheiros nas várias empresas e segmentos.Tudo isso, no biênio 2020/2021, obedecendo às regras sanitárias de distanciamento social, portanto, valendo-se das tecnologias de informação para assembleias e reuniões, sem as atividades presenciais. 


Em abril último, quando se realizou o 20º Seminário sobre Campanhas Salariais do SEESP, também em formato online, traçou-se o quadro a ser enfrentado, destacando-se a importância de buscar o entendimento e compreender a complexidade da conjuntura que vinha desde o ano passado, com o início da emergência sanitária.


CampanhasEditorial545Na ocasião, cravou-se a disposição para o diálogo por parte do sindicato, tendo como norte o fundamental reconhecimento pelos empregadores da importância estratégica dos profissionais e a necessidade de atender reivindicações básicas.


Nesse diapasão, vimos trabalhando sobretudo para assegurar garantias existentes em acordos anteriores, que em alguns casos se configuram em conquistas históricas da organização coletiva das nossas bases, e recuperar as perdas inflacionárias que comprometeram o poder aquisitivo da categoria. Tal objetivo foi alcançado com o reajuste, por exemplo, junto a Fiesp, Sabesp, AES Tietê, Cesp, ISA Cteep, Rio Paranapanema Energia, Rio Paraná Energia. Na Usiminas Cubatão, além da recomposição, somando-se abono adicional, chegou-se a ganho real de 5,5%.


Houve maiores resistências nas tratativas com Metrô, onde o resultado econômico foi menos positivo, e CPTM, na qual após recurso ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e paralisação, conquistou-se o compromisso de pagamento referente ao Programa de Participação nos Resultados (PPR) de 2020, em atraso. Seguem impasses ainda a serem resolvidos com CET, Cetesb e Dersa. E prosseguem várias negociações com empresas e sindicatos patronais, como Fecomércio, Sinaenco, EMTU, SPTrans, Enel, Comgás, CPFL (Paulista, Piratininga e Geração Brasil), Elektro e Emae. As tratativas ainda terão início com CPFL (Santa Cruz) e Usiminas CEA, cujas datas-bases são em setembro e novembro. Na Telefônica, por força de acordo bianual em curso, o reajuste salarial na data-base já está definido pelo INPC apurado em setembro próximo.

 

O quadro geral acima ilustra a magnitude da batalha liderada pelo SEESP em defesa dos profissionais. A perseverança e a determinação dos dirigentes que conduzem o processo juntamente com a categoria, superando empecilhos e buscando saídas sensatas e criativas, demonstram o valor insubstituível da legítima representação sindical para equilibrar essa relação entre empresas e trabalhadores, buscando-se o melhor resultado para ambos.

 

Ilustração/Destaque – Imagem: Freepik/Arte: Eliel Almeida

 

 

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