"Entendemos que a gente custou caro ao governo e, por isso, queremos retribuir para a sociedade. Mais do que ensinar fórmula de Bhaskara, a ideia é empoderar o jovem. Criamos o conceito de taxa de sucesso, porque para quem estudou em escola pública, não teve oportunidades e está em situação de vulnerabilidade, conquistar bolsa de estudos em universidade privada também é uma vitória", explica Mendes.
Para que seja viável, o modelo de empreendedorismo inovador aposta no financiamento cruzado - percentual do valor pago integralmente é destinado à concessão de bolsas para estudantes da rede pública ou de baixa renda. Há ainda a opção de financiamento coletivo, quando pessoas físicas ou jurídicas custeiam o curso para alunos em situação de vulnerabilidade social e também a possibilidade de que a metodologia de ensino seja utilizada em parcerias público-privadas (PPPs). Com isso, 70% dos 300 alunos têm bolsa de estudos, as quais podem chegar a 100%.
"Temos um custo 50% menor do que um cursinho pago (a mensalidade custa R$ 300,00) com metodologia inovadora, porque reduz a carga horária em sala de aula (um terço menor) e usa plataforma digital, com exercícios e videoaulas, capaz de apontar as dificuldades de aprendizado e direcionar o estudante", destaca Zuculin. O programa ainda permite que alunos tenham consultas com neurocientistas, educadores e psicólogos.
Para a dupla, estar entre as 15 empresas inovadoras do País já corresponde a prêmio. "A ideia é evoluir e ajudar ainda mais gente. Pela categoria voto popular, tivemos 2 mil votos entre os 5 mil realizados", observa Mendes.
Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Reprodução editada de notícia do Diário do Grande ABC
Nesta quarta-feira (29/03), o Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 395/14, que autorizava universidades públicas e institutos federais a cobrar por cursos de extensão e pós-graduação lato sensu (especializações). Foram 304 votos favoráveis e 139 contrários, mas eram necessários 308 votos “sim” para aprovar a proposta, que agora será arquivada.
O texto tinha sido aprovado em primeiro turno em fevereiro de 2016, com 318 votos favoráveis e 129 contrários. Pelo texto, programas de residência e formação de profissionais da área de ensino não poderiam ser cobrados.
Algumas universidades públicas já cobram por cursos de especialização, mas a cobrança foi questionada na Justiça com base no princípio constitucional da educação pública gratuita. A PEC tinha o objetivo de encerrar a disputa judicial para autorizar as universidades a cobrar pelos cursos de extensão e especialização.
Ensino gratuito
O líder do Psol, deputado Glauber Braga (RJ), criticou a proposta por considerá-la o primeiro passo para o fim do ensino público gratuito. Ele lembrou que a secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, defendeu nesta semana a cobrança de mensalidades nas universidades e nos institutos federais.
“Uma PEC para flexibilizar o princípio de que educação pública tem de ser gratuita na mesma semana da fala da secretária-executiva do MEC, que dá a entender que a graduação pode passar por cobrança. Onde a gente vai parar?", questionou. Para Glauber Braga, a proposta abriria um precedente para o fim da gratuidade também na graduação e na educação básica.
Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Com informações da Agência Câmara de Notícias