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03/08/2010

Encontro Nossa América reafirma que unidade é fundamental

 

       Gilda Almeida, representante da Fenafar na CNTU e participante do ESNA, diz nesta entrevista sobre o encontro que "sem a unidade a classe trabalhadora não conquistará o protagonismo necessário para que a sociedade passe por transformações mais profundas"

Como foi o Encontro Nossa América?
       A terceira edição do Encontro Sindical Nossa América (ESNA) se realizou entre 21 e 23 de julho, em Caracas. Participaram cerca de 300 delegados internacionais, de 29 países, além de outros 200 delegados venezuelanos. Foi um encontro muito rico, realmente vitorioso para a classe trabalhadora da região, tanto pela qualidade dos debates quanto pela reafirmação de certos princípios, como a unidade e a necessidade de um sindicalismo classista. 

Qual foi a metodologia do encontro?
       Após os trabalhos iniciais do primeiro dia, os delegados do ESNA foram divididos em três grupos: um para elaborar o documento político do Encontro, outro para tratar de seu aspecto organizativo e um terceiro para discutir a criação de um instituto de formação, pesquisa e assistência técnica que abrangesse as centrais de todo o continente. 
       As discussões nos três grupos foram muito proveitosas. O único ponto que ainda precisará ser mais bem discutido, ainda este ano, é o que diz respeito à criação desse instituto. Conseguimos definir uma comissão para dar continuidade a essa futura entidade, que terá o papel fundamental de subsidiar os trabalhadores e as trabalhadoras do nosso continente em inúmeras demandas.

Entraram em pauta assuntos pertinentes às categorias ligadas à CNTU? 
       Houve uma série de reuniões bilaterais, que não fizeram parte da pauta oficial do 3º ESNA. Trabalhadores ligados ao setor de saúde, diversos profissionais da educação e também engenheiros, entre outras categorias, se sentaram para discutir temas relacionados às suas áreas de atuação, tendo como pano de fundo a discussão política que norteou todo o Encontro.

Qual a importância desse evento para o movimento sindical do Continente?
       As edições anteriores do ESNA foram realizadas em Quito (2008) e em São Paulo (2009), com objetivo de formar uma unidade para o sindicalismo classista de toda a América, a partir de uma agenda comum. Durante esta terceira edição, seu prestígio para o continente foi corroborado com a presença do Comandante Hugo Chávez no encerramento do evento. O próximo encontro deverá ser realizado em julho do ano que vem, na Nicarágua.

Qual a sua avaliação do encontro deste ano?
       Creio que o grande espírito combativo do Encontro é algo que merece ser destacado, assim como a unidade de classe demonstrada pelos trabalhadores que lá estiveram. Reafirmamos que sem a unidade a classe trabalhadora não conquistará o protagonismo necessário para que a sociedade passe por transformações mais profundas. Creio que o “Manifesto de Caracas”, documento final do Encontro, resume perfeitamente todos os trabalhos que realizamos.

O evento, que se realizou em Caracas, coincidiu com a crise entre Venezuela e Colômbia. Que impressão foi possível ter desta situação?
       Durante os dias que passamos em Caracas foi possível ver o compromisso do povo venezuelano com a paz, bem como sua estima pelo povo colombiano. Não podemos confundir a bela relação existente entre os dois povos com a política submissa do governo Uribe, muito bem rechaçada pelo presidente Chávez.

 

       Em seu discurso no encerramento do ESNA, Chávez falou aberta e longamente sobre esse tema. Ele reafirmou que seu governo e os povos dos dois países querem a paz, mas caso essa não seja a saída natural da crise, o imperialismo terá que enfrentar uma guerra de cem anos na região, pois os venezuelanos lutarão até o último homem por sua soberania.

 

Entrevista a Rita Casaro
www.cntu.org.br

 

 

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