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14/07/2010

Cooperação Brasil e Suíça terá simpósio sobre o século XXI

"Potencial de cooperação é pouco utilizado e pode crescer exponencialmente", diz José Monserrat Filho em artigo sobre esforços e projetos em andamento entre os dois países

       Importante e numerosa delegação do Governo da Suíça visitará o Brasil de 26 a 30 de agosto, para conhecer as instituições brasileiras envolvidas com projetos de cooperação em andamento entre os dois países e estudar o estabelecimento de novos programas e projetos.
       À frente da comitiva visitante, composta por 19 membros, estará o conselheiro federal (o Conselho Federal é um colegiado de sete membros que governa e representa o Estado da Federação Suíça) e ministro da Ciência, Educação Superior e Saúde, o economista Didier Burkhalter.
       Já no primeiro dia, a missão será recebida, em Brasília, pelos ministros da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, da Educação, Fernando Haddad, e da Saúde, José Gomes Temporão. Nas três pastas, há temas de interesse para a colaboração presente e futura entre Brasil e Suíça.
       O ministro Rezende esteve na Suíça em 28 e 29 de setembro de 2009, chefiando grande missão científica. Na ocasião, ele firmou, com o então ministro do Interior suíço, Pascal Couchepin, um acordo de cooperação em C&T que prevê o investimento de quase sete milhões de dólares em três anos. Foi adotado também um Plano de Ação, que já começou a ser cumprido. Com base nele, o CNPq lançou um edital para projetos de pesquisadores dos dois países.
       O plano de ação considera prioritárias as áreas de neurociências, ciências da saúde, energia e meio ambiente, além do intercâmbio de cientistas e o financiamento de bolsas de pós-doutorado.
       O Brasil é o principal parceiro comercial da Suíça na América Latina. As empresas suíças sediadas no Brasil empregam cerca de 90 mil profissionais.

Delegação de alto nível
       A delegação suíça será integrada por nomes e instituições de relevo, entre os quais: Mauro Dell'Ambrogio, secretário de Estado para Educação e Pesquisa; Mauro Moruzzi, chefe da Cooperação Bilateral e Secretaria de Estado para Educação e Pesquisa; Gaudenz Silberschmidt, chefe da Divisão de Assuntos Internacionais do Ministério da Saúde (BAG); Fritz Schiesser, presidente do Conselho das Escolas Politécnicas Federais Suíças (EPF); Dieter Imboden, presidente do Fundo Nacional Suíço para o Desenvolvimento da Pesquisa Científica (SNF); Patrick Aesbischer, presidente da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL); Ralph Eichler, presidente do Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique (ETHZ); Marcel Tanner, diretor do Instituto Suíço de Saúde Pública e Tropical (STP); Mario El-Khoury, chefe executivo do Centro Suíço de Eletrônica e Microtécnica (CSEM); e Klaus Ensslin, professor da ETHZ e coordenador do Programa Nacional de Pesquisa em Ciência e Tecnologia Quântica.
       Comporão também a delegação um representante da Agência Suíça para Inovação (KTI): Walter Steinlin, presidente, ou Ingrid Kissling, diretora; e um representante da Conferência de Reitores Suíços (CRUS), a definir.
       O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, que fez sua carreira científica na Universidade de Duke, EUA, e criou o Instituto de Neurociência de Natal, no Rio Grande do Norte, deve participar do encontro com a missão suíça, pois conduz um projeto conjunto com um grupo de pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lausanne.

Desafios das cidades-metrópoles no século XXI
       Decididos a marcar de forma especial sua visita ao Brasil, as autoridades suíças propuseram ao MCT a realização de um evento acadêmico que fosse, ao mesmo tempo útil, oportuno e relevante para a opinião pública do nosso país.
       Estudada a proposta, ficou decidido de comum acordo realizar no Rio de Janeiro o simpósio "Desafios das Cidades-Metrópoles no Século XXI". O evento estará a cargo da Embaixada da Suíça, Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil e o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/RJ).
       O simpósio deve reunir pesquisadores suíços, brasileiros e latino-americanos, e estudantes de pós-graduação, bem como administradores públicos e empresários ligados aos problemas urbanos aqui do Brasil.
       As questões a serem expostas e discutidas se concentram em duas grandes linhas: sustentabilidade e mobilidade nas cidades-metrópoles do mundo atual e futuro, e a demanda de infra-estrutura e equipamentos nas cidades metrópoles para eventos de caráter global.
       Em particular, serão debatidos os principais problemas urbanos a serem enfrentados pela cidade do Rio de Janeiro para bem organizar a Copa do Mundo de 1914 e as Olimpíadas de 2016.

 

Extraído de , chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do Ministério da C&T, no Jornal da Ciência
artigo de José Monserrat Filho
www.fne.org.br

 

 

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