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11/06/2010

Cartão vermelho contra o trabalho infantil

 

Lançada ontem, a campanha da OIT tem o objetivo de chamar a atenção o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, que se comemora em 12 de junho

       Um cartão vermelho para o trabalho infantil é o símbolo da campanha lançada nesta quinta-feira contra o trabalho de crianças e adolescentes organizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil. O objetivo é chamar a atenção para a data em que se comemora o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, 12 de junho.
       Segundo informações da OIT, há 215 milhões de crianças e adolescentes trabalhando em todo o mundo. O coordenador do Programa para Eliminação do Trabalho Infantil da OIT, Renato Mendes, explica que o cartão vermelho foi escolhido como símbolo da campanha por mostrar a intolerância contra o fato de crianças trabalharem.
        “O cartão vermelho significa colocar as regras claras. Tudo na vida tudo tem suas regras. O futebol tem suas regras, cartão vermelho para quando jogar sujo. O trabalho infantil é jogar sujo. Jogo limpo dentro do campo é criança brincando, é criança na escola. Esse é o significado da campanha”, explicou. A campanha tem como garoto propaganda o jogador de futebol Robinho, que cedeu o uso de sua imagem em prol da causa.
Esforços no Brasil
       Mais de 3 milhões de crianças já deixaram o trabalho precoce diante dos esforços do Brasil em erradicar o trabalho infantil, afirmou ontem (10) a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, no lançamento da campanha Cartão Vermelho ao Trabalho Infantil.
        Segundo a ministra, o número foi alcançado desde 1996, quando o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) foi criado. Atualmente mais de 800 mil crianças são atendidas pelo programa. Elas desenvolvem atividades socioeducativas e frequentam a escola.
        A ministra disse que, apesar da Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirmar que o Brasil está avançando, ainda há desafios. “Ainda há formas que chamamos de invisíveis de trabalho infantil, que são as crianças e adolescentes que estão trabalhando como empregada doméstica, aqueles que estão na área rural e nem sempre conseguimos identificar”, explicou.
        Segundo dados do IBGE, há, no Brasil, 4,5 milhões de crianças e adolescentes trabalhando. No mundo, esse número chega a 215 milhões. Márcia Lopes também chamou atenção para o fato de educar as famílias para que compreendam a importância da infância para a criança. “Há o trabalho com as famílias, que tem sido feito com as escolas, com os centros de referência. O atendimento sociofamiliar tem esse objetivo, que as famílias se sintam acolhidas pelos programas de transferência de renda, de inclusão produtiva, de organização da sua comunidade, que a família se sinta motivada a interagir com essa rede de proteção social”, afirmou.
        A ministra lembrou que a população pode ajudar denunciando nos conselhos tutelares de suas cidades ou pelo telefone 0800-707-2003, ou pelo Disque 100.

 

Fonte: Roberta Lopes e Lana Cristina, ABr
www.fne.org.br

 

 

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