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02/02/2010

Matriz energética brasileira é mais limpa que a chinesa

        A matriz energética brasileira é muito mais limpa do que a chinesa. Segundo o diretor-geral da Coppe-UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, 45% da energia gerada no Brasil é de fonte renovável. Já a China é a maior emissora de CO2 do mundo, com a matriz centrada na queima de carvão. “É claro que o Brasil deve investir no desenvolvimento das energias eólica e solar. Mas nós temos outras tecnologias, como o biocombustível, a biomassa e a energia hidrelétrica que nos colocam numa condição de protagonismo”, diz o cientista.
       Mas, enquanto a China pisa fundo em direção ao desenvolvimento da energia eólica e solar, o Brasil ainda passa a primeira marcha nesta questão. Isto não quer dizer que a China é mais compromissada em relação ao meio ambiente. “Eles estão investindo nestas tecnologias dentro da sua estratégia de exportação. É uma questão mais econômica do que ambiental, diz o coordenador-geral de Fontes Alternativas do Ministério das Minas e Energia, Roberto Meira Junior.
       De qualquer modo, o físico Paulo Artaxo, da USP, defende que o Brasil incentive pesquisas destas novas tecnologias para não perder terreno para o concorrente emergente da Ásia. “A China tem dois objetivos. Exportar estes produtos de alta tecnologia e ao mesmo tempo utilizar estas fontes para reduzir emissões sem comprometer seu crescimento. O Brasil deveria também fazer sua lição de casa.”
       Além disso, Artaxo vê como estratégico o desenvolvimento de sistemas mais eficientes de geração de energia a partir de combustíveis fósseis, principalmente devido ao pré-sal. “Temos que fazer com que a exploração produza o mínimo de emissão de carbono.”

Leilão
      
Segundo Meira Junior, o Brasil já tem uma cadeia produtiva para produzir turbinas eólicas. Além disso, leilão realizado em dezembro selecionou 71 empreendimentos no País, que gerarão 1.805 MW (Itaipu gera 7 mil MW). Há áreas favoráveis para usinas eólicas, especialmente nas regiões litorâneas.
       Quanto à energia solar, Meira Junior admite que o Brasil não tem uma cadeia produtiva destes equipamentos. “Esta é a tecnologia mais cara. Tudo é importado. A implantação deste tipo de energia é dez vezes mais cara do que a hidrelétrica.”
       Por outro lado, essa energia tem outra natureza, pode ser usada em residências e prédios comerciais. “ Ela é custosa na instalação, mas há o ganho na tarifa, que no caso residencial, é mínimo.Além disso, nos próximos dez anos o custo vai cair. Então será atrativo construir usinas solares no país”, finaliza Meira Junior. Segundo ele, o Brasil pretende criar uma usina-piloto para entender a dinâmica desta nova fonte.

Por Marcelo Gigliott
Jornal do Brasil
2/2/2010
http://jbonline.terra.com.br

 

 

 

 

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