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05/10/2012

Grupo de trabalho avaliará redes de transmissão e distribuição

O governo vai formar uma espécie de força-tarefa com a finalidade de fazer uma avaliação geral das redes de transmissão e distribuição e garantir que o funcionamento do sistema se mantenha confiável. A recomendação para a criação do grupo foi feita pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, durante a reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, no dia 4 último.

Lobão explicou que o grupo vai se juntar imediatamente a outras equipes que já atuam no sistema e será formado por técnicos das empresas Eletrobras, do Operador Nacional do Sistema Elétrico, da Agência Nacional de Energia Elétrica e do Centro de Pesquisas da Eletrobras. O ministro considerou mera coincidência a ocorrência do desligamento da subestação de Furnas em Foz do Iguaçu (PR) -  que afetou as regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e parte de Rondônia no dia 3 - menos de 15 dias após o curto circuito na subestação Imperatriz (MA), que deixou sem energia 11 estados do Norte e do Nordeste.

"Cada vez que isso acontece, nós tiramos lições úteis", disse Lobão. Ele reafirmou que o sistema é firme e forte, mas está sujeito, como todos os sistemas elétricos no mundo, a incidentes dessa natureza. Mas admitiu que o governo não pode dar garantias de que outras ocorrências não venham a acontecer.

O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, frisou mais uma vez que o incidente na subestação de Foz do Iguaçu e o curto circuito ocorrido na subestação de Imperatriz no último dia 22 de setembro resultaram em cortes seletivos no fornecimento e não caracterizaram o que o governo e o ONS entendem como  blecaute. "O que vocês estão chamando de apagão é desligamento controlado. É totalmente diferente", garantiu Chipp.

O presidente de Furnas, Flávio Decat, explicou que o desligamento do dia 3 teve origem no transformador de aterramento da subestação de Foz do Iguaçu, que pegou fogo após receber voltagem acima do previsto. O incêndio teria se propagado até os demais transformadores, provocando sobrecarga e pedido de alívio de carga de 3,5 mil MW e retirando do sistema 5,6 mil MW gerados pela hidrelétrica de Itaipu no momento.

Para Hermes Chipp, o esquema de alívio de carga, com a interrupção em regiões previamente definidas pelas distribuidoras de energia atuou corretamente, desligando praticamente 6% da carga total para evitar blecaute no Sistema Interligado Nacional. "Hoje no país, quando se desliga 10 MW ou 100 mil MW, é apagão. Não é", reforçou Chipp. O diretor do ONS definiu apagão como o racionamento de energia ocorrido entre 2001 e 2002, e blecaute como o desligamento generalizado ocorrido em quatro estados do Nordeste e parte de Minas Gerais em 2009.

Decat admitiu que houve falha no sistema de proteção do equipamento, mas afirmou que a direção da estatal tem tido muito cuidado e já iniciou, por recomendação do ministério, o plano de recuperação de todo o sistema, conhecido como  PGET. "Nós estamos trocando todo o equipamento, substituindo, colocando reservas, dando manutenções extras em todo o sistema de Furnas. Principalmente o de Itaipu, a espinha dorsal do sistema brasileiro".

Pouco antes, o ministro havia afirmado que os equipamentos têm recebido a manutenção devida das transmissoras da Eletrobras. Lobão disse que o governo trabalha com planos de contingência, às vésperas de acontecimentos importantes como natal, carnaval e eleições. E destacou que em videoconferência promovida esta semana com a Eletrobras e o ONS pediu cuidado com o esquema das eleições municipais do próximo domingo, 7 de outubro.
 

Imprensa – SEESP
Informação do Canal Energia



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