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19/07/2012

Porto de Santos – Um gigante que cresce

A importância do Porto de Santos decorre do valor comercial das cargas operadas nos seus 13km extensão, o que faz o total registrado até maio deste ano corresponder a 25,1% da balança comercial brasileira. Na sequência desse ranking, vêm Itaguaí (RJ) e Paranaguá, ambos com 7,2%; Vitória (ES), com 6,9%; e Rio de Janeiro (RJ), com 4,6%. E o complexo portuário mais importante da América Latina, que movimentou mais de 97,17 milhões de toneladas de cargas em 2011, alcançando o valor de US$ 118,2 bilhões, está em plena fase de expansão e modernização, projetando a operação de 230 milhões de toneladas até 2024. No setor portuário desde 1974, o engenheiro Renato Barco responde atualmente pela presidência da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), que funciona como autoridade portuária. Em entrevista ao Jornal do Engenheiro, ele explicou a estratégia para tornar o gigante ainda maior. Confira a seguir os principais trechos.

Novos terminais
O atendimento da carga conteinerizada e de líquidos a granel está próximo do limite da capacidade instalada em Santos. Esses dois tipos de operação serão altamente beneficiados com a inauguração de grandes terminais multipropósito, a BTP (Brasil Terminal Portuário) e a Embraport  (Empresa Brasileira de Terminais Portuários). Em pleno funcionamento, incrementarão a capacidade de movimentação anual de contêineres de 3,2 milhões de TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) para até 8 milhões de TEUs. Acrescentarão também uma capacidade anual estimada de operação de granéis líquidos de 3,8 milhões de toneladas. Os terminais devem entrar em operação parcial no início de 2013.

Infraestrutura pública
Destacam-se a dragagem do canal de acesso ao porto, que já permite a operação de navios de maior porte. Complementa essa obra o reforço e readequação de trechos de cais para aprofundamento dos berços e bacias de evolução. Outro empreendimento importante, em processo de licitação, é o realinhamento do cais em frente ao terminal de passageiros e do cais da Marinha, obra do PAC-Copa (Programa de Aceleração do Crescimento voltado aos preparativos da Copa 2014), que possibilitará a atracação simultânea de seis navios, proporcionando seu uso como hotéis flutuantes durante o evento esportivo no Brasil. Estima-se ainda um investimento de R$ 112 milhões, como parte do PAC, em novos píeres públicos para operação de granéis líquidos, acrescentando capacidade de movimentar 4 milhões de toneladas anuais.

Acessos
A Codesp prosseguirá no desenvolvimento de um novo viário das margens de Santos (direita) e de Guarujá (esquerda). Na Avenida Perimetral Portuária de Santos, está em curso a elaboração do projeto executivo da passagem subterrânea do bairro do Valongo e encontra-se em licitação a elaboração do projeto executivo do trecho Alemoa-Saboó. No Guarujá, está em andamento obra da Avenida Perimetral Portuária de Guarujá, que elimina cruzamento em nível entre rodovia e ferrovia na entrada de terminais. Serão criadas cinco faixas de rolagem exclusivas ao tráfego de veículos de carga e quatro para trânsito urbano. Da perspectiva do planejamento estratégico, estuda-se cuidadosamente o potencial hidroviário da região e a viabilidade de implementação de ZALs (Zonas de Atividades Logísticas) no entorno do Porto.

Porto e cidade
O planejamento de um porto está intimamente ligado ao plano diretor das cidades que o abrigam. Na medida em que ele cresce, vai transformando-as, alterando seus cenários com o aumento da demanda de novas atividades de apoio que movimentam a economia regional.

Agente de desenvolvimento
O Porto de Santos é, sem dúvida, um importante agente de desenvolvimento econômico regional e nacional, o que dá a Santos a condição de cidade estrategicamente posicionada, conceito esse até então atribuído apenas a megacidades. O maior de todos os benefícios é o desenvolvimento econômico propiciado à região, principalmente a geração de postos de trabalho. Sem o porto, a Baixada Santista apresentaria um perfil totalmente diferente do atual e a qualidade de vida da comunidade, certamente, seria outra.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP
* Entrevista publicada no JE, Edição 413/JUL/2012



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