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18/09/2024

Tecnologia para sustentabilidade e geração de riqueza no campo

Soraya Misleh/Comunicação SEESP

 

Tema fundamental da atualidade, o uso de tecnologias para promover sustentabilidade e geração de riqueza no campo esteve em pauta na tarde desta quarta-feira (18/9) durante o XII Congresso Nacional dos Engenheiros (Conse), promovido pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE). O evento se encerra no próximo dia 19.

 

Sob mediação de Cezar Henrique Ferreira, comentários de Luiz Benedito de Lima Neto e Teodora Ximenes, respectivamente presidentes dos sindicatos dos engenheiros do Rio Grande do Sul, de Mato Grosso e do Ceará, o último painel temático do congresso teve como palestrantes Flávio Calcanhoto, gerente de planejamento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Emater/Ascar), e Paulo Cruvinel, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

 

Fotos: Beatriz Arruda

 

Calcanhoto apresentou os impactos na área rural das enchentes que assolaram o estado do Rio Grande do Sul entre final de abril e final de maio últimos. Do total de 497 municípios, segundo informou, 340 ficaram em situação de emergência e 78 de calamidade pública. “Praticamente parou o estado.” As perdas são estimadas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em R$ 25 bilhões.

 

O gerente da Emater enfatizou o desafio à engenharia, cujo protagonismo é fundamental na recomposição, que deve levar de dez a 15 anos. “O Senge fez um documento para apresentar para os candidatos nestas eleições municipais”, pontuou.

 

Já Cruvinel focou o uso de tecnologias, inclusive inteligência artificial e IoT (Internet das Coisas) para a sustentabilidade e geração de riqueza no campo. Na sua visão, riqueza deve ser compreendida como valor ambiental, social, humano e, “certamente, econômico”. Isso demanda novas políticas públicas. O pesquisador da Embrapa apresentou gargalos como em relação à logística e à necessidade de o País fazer reforma agrária. Trouxe ainda práticas importantes como ESG (governança ambiental, social e corporativa), em consonância com os 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).

 

“O ‘Cresce Brasil’ [projeto da FNE] é um documento importante para o segmento do agro, com premissas, estratégias e propostas não só a médio e longo, mas também a curto prazo”, concluiu Cruvinel.

 

Manutenção predial

Coordenador da consultoria técnica do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, Carlos Monte falou ao encerramento dos painéis, lembrando outro tema sobre o qual a engenharia precisa se debruçar: manutenção predial.

 

Engenheiro Carlos Monte.

 

Murilo Pinheiro, presidente da FNE concluiu: “Temos a obrigação de discutir cada vez mais questões da sociedade, participar efetivamente do crescimento e desenvolvimento do País, de um Brasil mais justo. Nossa federação, com 60 anos, está cada vez mais jovem. Estamos cada vez mais prontos para discutir as questões da engenharia brasileira.”

 

Assista ao painel na íntegra:

 

 

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