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28/08/2024

Manifesto de entidades sindicais: Getúlio Vargas, presente!

 

Em 24 de agosto de 2024 completaram-se 70 anos da trágica morte do presidente Getúlio Vargas (1882-1954). Como estadista, modernizador, comprometido com o povo e com o País, sua memória deve ser reverenciada.

 

Todo trabalhador e trabalhadora do Brasil que tem carteira profissional, jornada regulamentada, férias, licença-maternidade, representação e benefícios das convenções coletivas é herdeiro do legado de Getúlio. Todos os filhos e filhas de trabalhadores, criados sob a segurança proporcionada pela CLT, são herdeiros deste legado.

 

Como sindicalistas lutamos para que este patrimônio do povo brasileiro se fortaleça.

 

Getúlio rompeu com a oligarquia de fazendeiros que controlava o País antes de 1930 e conseguiu implementar projeto de desenvolvimento que contemplava lutas sindicais, reformulando as relações de trabalho.

 

Em seu governo foi criado o Ministério do Trabalho e Emprego, regulamentada a sindicalização das classes operárias e patronais, criado o Primeiro Código Eleitoral do País, a carteira profissional e consolidadas diversas leis trabalhistas, em 1º de maio de 1943.

 

 

GetúlioVargas opetróleoénosso DomínioPúblicoPresidente Getúlio Vargas, com a mão direita suja de óleo, tirada em 1952, virou símbolo da campanha “O Petróleo é Nosso” e marca o movimento que culminou com a criação da Petrobrás, em 1953. A foto é de autoria de Renato Pinheiro, jovem fotógrafo, de 27 anos, que 3 anos antes havia deixado a pequena Aracaju, capital do estado de Sergipe, para trabalhar no Rio de Janeiro, então sede do governo federal

 

 

Por meio da criação de grandes empresas nacionais como a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), a Companhia Vale do Rio Doce (atual Vale) e a Petrobrás, estabeleceu-se o protagonismo de sistema industrial na economia estimulando a mobilidade social. Com diferentes arranjos políticos e institucionais, o Brasil mudou de sociedade agrário-exportadora de base rural para sociedade urbano-industrial.

 

Isso exigiu mudança de mentalidade contra a qual a elite de perfil escravocrata reagiu de forma contundente e violenta. Sobre sistemática pressão, em 24 de agosto de 1954, Getúlio Vargas decidiu tirar a própria vida ao invés de ceder às chantagens da elite golpista.

 

Seu suicídio desencadeou grande comoção nacional, como registrou o escritor Araken Távora¹:

 

“Homens e mulheres, velhos e moços, caíam ao chão, sob fortes choques emocionais, enquanto outros não continham o pranto convulso. Os vivas a Getúlio misturavam-se aos versos do Hino Nacional, cantado por côro de milhares de vozes. Cumpria-se, dramaticamente, a promessa de Vargas: ‘Só morto sairei do Palácio’”.

 

Quando a Carta-Testamento deixada pelo presidente foi transmitida pela Rádio Nacional, a comoção cresceu ainda mais.

 

Na Carta, Vargas enfatizou a soberania e a valorização do povo trabalhador, não deixou dúvida sobre as pressões políticas que precipitaram sua morte e disse que seus detratores se revoltavam “contra o regime de garantia do trabalho”. “Não querem que o trabalhador seja livre”, sentenciou.

 

Ao final, por meio de palavras carregadas de emoção, exaltou a população que quis libertar: “Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém” (…) “Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História”.

 

A perseguição ao legado getulista adentrou os governos seguintes até consagrar-se no golpe de 1964. A ditadura militar e os anos subsequentes, de aprofundamento do neoliberalismo, foram marcados pela tentativa de dilapidar o que foi construído em termos de legislação trabalhista, patrimônio e soberania nacional.

 

Mas as mudanças protagonizadas por Getúlio Vargas foram sólidas e profundas e, mesmo com as investidas udenistas, mesmo com a ditadura civil-empresarial-militar e mesmo com a lógica dominante do mercado, o conjunto de leis consolidado em 1º de maio de 1943 ainda é o porto seguro da classe trabalhadora.

 

É por isso que lutamos, e é por isso que estamos aqui hoje prestando esta homenagem a este grandioso estadista brasileiro: Getúlio Dornelles Vargas!

 

 

 

______________________

¹ Távora, Araken, O Dia em que Getúlio Morreu, Editora do Reporter, 1966

**Com informações da Agência Diap

 

 

 

Miguel Torres, presidente da Força Sindical

 

Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)

 

Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

 

Antônio Neto, presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)

 

Moacyr Tesch Auersvald, presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)

 

José Gozze, presidente da Pública, Central do Servidor

 

Aires Ribeiro, presidente da CSPB (Confederação dos Servidores Públicos Municipais do Brasil)

 

Alberto Broch, vice-presidente da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura)

 

Aldo Amaral de Araujo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Obras de Terraplenagem no Estado de Pernambuco

 

Alex Santos Custódio, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim

 

Alvaro Egea, secretário geral da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)

 

Antonieta Dorledo Farias, presidente do Sisipsemg (Sindicato dos Servidores do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais).

 

Antonio Vitor, presidente da Federação dos Trabalhadores em Alimentação de São Paulo

 

Aprígio Guimarães, presidente da CNTI (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria)

 

Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação)

 

Assis Melo, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul

 

Augusto Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Bancário da Bahia

 

Canindé Pegado, secretário geral da UGT (União Geral dos Trabalhadores)

 

Clarice Inês Mainardi, presidente da Femergs (Federação dos Municipários do Rio Grande do Sul)

 

Cláudio Figueroba Raimundo, presidente da Cnteec (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação e Cultura)

 

Cristina Helena Silva Gomes, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itapira

 

Diany Dias, presidente do Sintap (Sindicato dos Trabalhadores Agrícolas do Mato Grosso)

 

Eduardo Annunciato (Chicão), presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo

 

Eliseu Silva Costa, presidente da Federação dos Metalúrgicos de São Paulo

 

Emerson Silva Gomes, vice-presidente do Sintepav (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada) da Bahia

 

Eusébio Pinto Neto, presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis do Rio de Janeiro

 

Francisco Moura, presidente do Sinditaxi (Sindicato dos Taxistas do Ceará)

 

Francisco Pereira (Chiquinho), presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo

 

Gilberto Almazan (Ratinho), presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região

 

Gilberto Dourado, presidente do Sintetel (Sindicato dos Telefônicos do Estado de São Paulo)

 

Gustavo Walfrido, presidente da Federação dos Bancários de Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte

 

Gustavo Walfrido, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores) de Pernambuco

 

Jefferson Caproni, presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de São Paulo

 

João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário geral da Força Sindical

 

Jose Avelino Pereira (Chinelo), presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba

 

Jose Ferreira da Silva (Frei Chico), vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados

 

José Francisco de Jesus Pantoja Pereira, presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio do Para e Amapá

 

José Ribamar Frazão Oliveira, presidente do Sindicato dos Empregados em Condomínios do Maranhão

 

Lucia Maria Pimentel, diretora da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

 

Luiz Carlos Motta, presidente da Fecomerciarios (Federação dos Comerciários de São Paulo)

 

Marcelo Lavigne, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores) Bahia

 

Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro

 

Marcio Ferreira, presidente do Sintrabor (Sindicato dos Trabalhadores da Borracha de São Paulo)

 

Maria Auxiliadora dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Instrumentos musicais e Brinquedos do Estado de São Paulo

 

Maria Bárbara, presidente da Federação dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do Rio de Janeiro

 

Maria Lúcia Nicacio, presidente do Sindicato Trabalhadores Rurais de Manaus e Região

 

Milton Baptista de Souza (Cavalo), presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos

 

Murilo Pinheiro, presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP)

 

Nilson Duarte da Costa, presidente Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Pesada do Rio de Janeiro

 

Nilton Neco da Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Porto Alegre

 

Nivaldo Santana, secretário de relações internacionais da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

 

Oswaldo Mafra, presidente dos Trabalhadores em Alimentação de Itajaí

 

Paulo Ferrari, presidente do Sindicato dos Empregados em Edifícios de São Paulo

 

Paulo Oliveira, presidente do Seaac (Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio) de Presidente Prudente

 

Pedro Francisco Araújo, presidente da Federação dos Trabalhadores em Segurança e Vigilância Privada do Estado de São Paulo

 

Raimundo Firmino dos Santos, presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias em Geral

 

Renê Vicente, primeiro-tesoureiro do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo)

 

Ricardo Pereira de Oliveira, presidente interino do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região

 

Rogério Fernandes, presidente da Federação dos Empregados em Serviços de Saúde de Minas Gerais

 

Rosa de Souza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Supermercados da Bahia

 

Rui Oliveira, primeiro secretário da APLB-Sindicato (Associação dos Professores Licenciados do Brasil, Secção da Bahia)

 

Ruth Coelho Monteiro, secretária nacional de Cidadania e Direitos Humanos da Força Sindical

 

Sérgio Arnaud, presidente da Federação dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul

 

Sérgio Butka, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba

 

Sergio Luiz Leite, presidente da Fequimfar (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias. Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo)

 

Severino Ramos de Santana, presidente do Sindicato dos Comerciários de Recife

 

Ubiraci Dantas, vice-presidente CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

 

Valdir de Souza Pestana, presidente da CNTTT (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestre)

 

Valéria Morato, presidente do Sinpro-MG (Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais)

 

Vicente Selistre, vice-presidente do Sindicato dos Sapateiros de Campo Bom

 

Wilson Pereira, presidente Contratuh (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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