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19/03/2021

LinkedIn: hoje o principal cartão de visitas de um profissional

Rede de networking tem mais de 46 milhões de usuários no Brasil

 

Rosângela Ribeiro Gil
Oportunidades na Engenharia

 

Live 18MAR21 3O LinkedIn é, hoje, uma das ferramentas mais importantes, no ambiente virtual, para procurar emprego, se apresentar para o mercado e fazer conexões de alta qualidade. Foi desta forma que o professor de Comunicação Paulo Silvestre apresentou a rede social exclusiva de networking na live realizada pela área Oportunidades na Engenharia, do SEESP, no dia 18 de março último, no Instagram. “Ele se tornou o principal cartão de visitas de qualquer profissional. Não apenas por trazer suas informações detalhadas, mas também por permitir que todos construam uma rede de qualidade. Além disso, a possibilidade de publicarmos conteúdo na rede permite que o profissional crie um posicionamento diferenciado, excelente para obter clientes, parceiros, fornecedores”, observa Silvestre, que constou da primeira lista TOP Voice, lançada pelo próprio LinkedIn, para destacar e homenagear as pessoas mais influentes da plataforma que criam debates de alto nível. O ranking foi iniciado em 2016.

 

Na live, coordenada por Marismar Malara, do Oportunidades, Silvestre lembrou que o LinkedIn foi criado, em 2002, como uma plataforma de currículos. “A partir de 2015, haverá uma grande transformação para permitir a publicação de conteúdos”, explica, acrescentando: “Hoje, o LinkedIn é um lugar incrível para ‘aparecer’ para o mundo e criar oportunidades de negócio e conexões de todos os tipos na área profissional.” Ele considera que essa mudança de paradigma permitiu uma exposição diferenciada que vai ajudar muito os profissionais, que vão mostrar o que sabem muito além das hard skills, que são as capacitações técnicas. “Nas postagens dos conteúdos, o profissional estará mostrando as suas soft skills, as habilidades comportamentais, que estão sendo muito demandadas e observadas pelo mercado”, avalia.

 

Currículo mais dinâmico
Silvestre acredita, inclusive, que o LinkedIn está criando um novo padrão de currículo, “menos fechado e pesado e mais dinâmico”. “Mais de 90% dos recrutadores pesquisam, na plataforma, mais informações sobre os candidatos, como eles se posicionam e demonstram suas ideias”, indica o professor.

 

Nesse sentido, ele aconselha que os profissionais entendam bem o perfil de cada uma das redes sociais. “O que se faz no Facebook, por exemplo, não pode ser feito no LinkedIn. Neste espaço, os profissionais vão escrever sobre suas áreas de atuação, sobre inovação de produto ou de tecnologia. Enfim, é uma gama enorme de temas que podem ser tratados e atrair a atenção de muita gente.”

 

Perfil campeão
Como explica Paulo Silvestre, a denominação “perfil campeão” é do próprio LinkedIn e é dada aos usuários que completam toda a “barra” de informações na plataforma. “O perfil campeão é aquele completo, com informações relevantes sobre sua trajetória profissional e educacional.” De acordo com a própria plataforma, usuários com perfil campeão têm 40 vezes mais chances de conquistar boas oportunidades por meio da rede social.

 

Nesse preenchimento, toda a atenção a duas funcionalidades extremamente importantes, destaca o professor: “Estou falando daqueles 120 caracteres que vão estar abaixo da sua foto de perfil e que vão defini-lo para o mundo, o mercado, as empresas, os recrutadores, mas principalmente, serão fundamentais para os algoritmos. Aqui vale a dica para não consumir esses preciosos caracteres com informações que já estão em outros lugares do LinkedIn, como o nome da faculdade que cursou ou o nome da empresa que já atuou ou atua.” A outra funcionalidade imprescindível, prossegue Silvestre, é o “Sobre” que ele define como uma peça de marketing pessoal. “É nele que se garante que o mercado vai pesquisar o seu perfil e chamá-lo para um processo seletivo.”

 

Ainda sobre a formatação do perfil na plataforma, Silvestre diz para se “colocar tudo, tudo o que se fez na trajetória profissional, desde o estágio, desde a escola. Não sonegue informação para o algoritmo”.

 

Como funciona o algoritmo do LinkedIn?
Assim como em outras redes sociais, o feed do LinkedIn é baseado em um algoritmo que prioriza o conteúdo com maior probabilidade de ser interessante para cada usuário e que seja mais recente. Aqui é importante explicar que a inteligência artificial (IA), como uma tecnologia, é feita através de algoritmos computacionais, ou seja, instruções escritas que devem ser seguidas pelo computador a fim de que ele execute determinados comandos.

 

“Como funcionam e são determinados os algoritmos do LinkedIn, só eles sabem. Serão esses algoritmos, que são mutáveis, inclusive, ou seja, de tempos em tempos a plataforma vai mudá-los, que vão nos mostrar artigos e perfis no nosso feed”, afirma. Por isso, o professor reforça a importância de ter um bom e atualizado perfil, produzir textos de valor e diferenciados e, principalmente, manter um ritmo de produção. “Quem não aparece é esquecido, inclusive para os algoritmos.”

 

Ligadas a esse contexto estão as famosas palavras-chave. “É importante os profissionais dedicarem um tempo para pensar antes de definir quais são as palavras-chave do seu perfil”, indica Silvestre. Ele apresenta um exercício para isso: “Pense em dez palavras, de preferência substantivos, que definem você em termos de qualidade. Depois, se coloque no lugar de um recrutador e tente relacionar também dez palavras que ele colocaria na lista dele. Feito isso, verifique quais as palavras que aparecem nas duas listas, porque serão essas as suas palavras-chave.”

 

Outro caminho destacado por Silvestre é fazer uma pesquisa no anúncio de vagas das empresas e levantar os termos utilizados para descrever uma posição ou função. “O próprio LinkedIn tem um relatório [que fica na parte de Vagas] com essas posições e cargos, que já dá uma ideia bem interessante dos caminhos do mercado. Além disso, também serve como dicas de novas capacitações para os profissionais.”

 

Todavia, para os profissionais de engenharia, Paulo Silvestre diz que uma palavra que não pode falar é “engenharia”. “Essa, sem dúvida nenhuma, é a principal.”

 

Público feminino na rede
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Em 2019, o LinkedIn divulgou o “Informe de Percepção de Gênero” que analisou os dados de milhões de interações entre seus usuários, revelando que os homens eram mais propensos a serem vistos e contratados por empresas. Por três fatores: os perfis de profissionais de homens são os mais abertos pelos recrutadores; as mulheres se candidatam menos e pedem menos referências de trabalho.

 

O LinkedIn, como qualquer rede social, reflete a sociedade em que está inserido, avalia o professor. E quanto mais popular for uma rede, mais fidedigno será esse reflexo. “Isso traz alguns problemas, pois características indesejáveis de nossa sociedade aparecem na rede”, diz. Mas a plataforma, ressalta Silvestre, é um espaço pautado pela troca de ideias, por isso, ele exorta as mulheres ocuparem o LinkedIn, que é tanto delas quanto dos homens. “Isso passa necessariamente por elas se exporem na plataforma, com publicações de alto nível, em que demonstrem a sua capacidade. Não se devem intimidar na rede. Infelizmente, vemos posições e comentários machistas, o que é uma lástima. Nesses casos, o melhor a fazer é não entrar em embates infrutíferos e usar os recursos da própria plataforma para denunciar esses abusos e bloquear os agressores.”

 

O mesmo vale para o mundo profissional, como ensina Silvestre: “As empresas são formadas por pessoas, que trazem para dentro desse ambiente o que pensam e como se posicionam socialmente. Mas companhias são ambientes mais controlados, portanto, em tese, pode ser mais fácil de resolver o problema. Isso passa pela liderança, que precisa genuinamente encará-lo de frente. Primeiro precisam entender e assumir que ele existe, e que precisa ser resolvido. A partir daí, devem ser feitas políticas e processos de educação para todos os funcionários, em diversidade e inclusão. Não podem ser só palavras ou ações pontuais: devem ser ações reais e contínuas, sem prazo para acabar.”

 

Posicionamento político
Para Paulo Silvestre, a princípio é complicado fazer posicionamentos políticos no LinkedIn, mas que isso pode variar conforme a profissão também. “No meu caso, apresento meus posicionamentos até por causa da minha profissão de jornalista. Mas sempre apresento argumentos sérios e estou aberto ao diálogo e ao debate. Todavia, infelizmente, isso pode significar um risco quando uma empresa ou recrutador tenha uma posição política diferente da sua. Isso não deveria acontecer, mas acontece, o que é uma pena.”

 

Confira a live na íntegra abaixo:

 

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