Agência Sindical
O Fórum das Centrais Sindicais se reuniu na última quarta-feira (13/1) em São Paulo, a fim de dar cumprimento à pauta unitária aprovada em dia 5 de janeiro. Como nessa data ainda não se sabia do fechamento da Ford no Brasil, o item Defesa do Emprego ganha urgência nas ações do sindicalismo.
Clemente Ganz Lúcio, assessor das centrais, explica que o encontro serviu para definir os rumos da atuação do movimento e construir os processos de médio e longo prazo. "Além da mobilização sindical, vamos trabalhar a interlocução com o Congresso, governos estaduais, legislativos e bancadas de vereadores", ele explica.
Na ocasião, os dirigentes decidiram convocar as demais centrais sindicais para reunião ampliada, que ocorre nesta sexta (15/1), pela manhã. Clemente afirma que a intenção é de avançar para um processo de organização.
No próximo encontro, as entidades vão tratar de encaminhamentos acerca de ampliar e estabelecer diálogo com parlamentares para tomada de iniciativas em relação à Ford e outros casos semelhantes. Já no dia 21 de janeiro, o sindicalismo fará protestos, em todo o País, em frente às concessionárias de veículos da montadora.
Câmara
Nesta quinta (14/1), as centrais se reuniram em São Paulo com o emedebista Baleia Rossi, que concorre por uma frente partidária à presidência da Câmara. Na última segunda, elas haviam conversado com o deputado governista Arthur Lira, que também concorre ao cargo na Casa. As tratativas giram em torno de três temas: vacinação já, defesa do emprego e retorno do Auxílio Emergencial.
Clemente Ganz afirma que os dirigentes sindicais levaram uma proposta de renovação das medidas de proteção de renda e emprego, além de uma agenda voltada para a retomada econômica, com segurança sanitária, e a preocupação com a valorização sindical. "Ambos se mostraram dispostos a trabalhar em conjunto com o movimento, tanto para investimentos quanto garantias de empregos, além da defesa dos sindicatos", ele esclarece.
Ford
De acordo com o assessor, as manifestações ocorrerão por se tratar de uma frente de trabalho de curto prazo. "Existe essa ação da Ford e outra ação de médio e longo prazo que é mais articulada, em defesa dos empregos em geral, como no caso das demissões do Banco do Brasil", conclui Clemente.