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29/04/2020

Ação sindical em tempos de pandemia

 

Soraya Misleh/Comunicação SEESP

 

A importância da engenharia e tecnologia para a ação sindical, bem como da unidade e solidariedade em tempos de Covid-19, foi demonstrada pelo presidente do SEESP, Murilo Pinheiro, em live realizada pela Agência Sindical e apresentada pelo seu coordenador, o jornalista João Franzin, nesta quarta-feira (29/4). Logo ao início, este último destacou que até a possibilidade de lives, com transmissão de qualidade, é obra da engenharia. Hoje os sindicatos têm utilizado essa e outras ferramentas para assegurar a representação dos trabalhadores. "Há 30 anos isso seria obra de ficção científica", salientou.

 

Franzin (à esq.) coordena a live com Murilo. 

 

Murilo informou, nessa direção, que o SEESP está com toda a sua equipe - funcionários e diretores - atuando em home office. A entidade, frisou, tem desde definido pautas e efetuado assembleias virtualmente até feito negociações com empresas e firmado acordos coletivos. O presidente da entidade ressaltou: "Nosso jurídico já utiliza meios eletrônicos. Realizamos reuniões virtuais das diretorias executiva e plena do sindicato e da FNE [Federação Nacional dos Engenheiros, que ele também comanda e o sindicato paulista é filiado]."

 

As ferramentas e equipe estão também à disposição para prestação de serviços aos engenheiros e à população em geral: "Abrimos conversas com os governos federal, estadual e municipal colocando nossa comunicação para ajudar a divulgar [as medidas para combate e prevenção à pandemia]. Isso está funcionando, porém fica a vontade de abraçar e estar pertinho. Mas isso é lá para a frente."

 

Para Murilo, o formato adotado para garantir o necessário isolamento social, como recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), vai agregar ao sindicalismo. "Será uma oportunidade de modernizar mais as entidades e assegurar a participação efetiva no desenvolvimento tecnológico. Isso também deve resultar em novas formas de contratos de trabalho. Ações cuja presença não é imprescindível poderão vir a ser feitas em home office, por telecomunicação, vídeo ou teleconferência. Assim como discussões a distância, em reuniões eletrônicas."

 

Ele observou que a pandemia estancou qualquer projeto de desenvolvimento nacional, como propugna o "Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento", iniciativa da FNE. "Será necessário responsabilidade nessa direção. É preciso assegurar investimentos, retomar obras paradas e destiná-las a insumos à saúde pública, como novas máscaras e respiradores. São projetos de engenharia. A categoria está trabalhando com todo o Brasil. O momento é de estarmos juntos para garantir dignidade e respeito."

 

Nessa linha, Murilo destacou a importância da unidade dos trabalhadores neste atípico 1 de maio, em que não será possível haver mobilização de rua, mas está programada atividade virtual chamada pelas centrais sindicais. O mote é "Saúde, emprego, renda e defesa da democracia: um novo mundo é possível com solidariedade".

 

 

Embraer e solidariedade

 

O presidente do SEESP comentou também sobre o anúncio da Boeing em 25 de abril de cancelamento do acordo para compra do controle da linha de jatos comerciais da Embraer, assunto tratado em sua coluna "Palavra do Murilo". Além do prejuízo à companhia brasileira e do quadro de incerteza, ele focou na importância estratégica da empresa: "Apenas cinco países fabricam aviões, o Brasil é um deles. A Embraer reúne quase 5 mil engenheiros e 3 mil técnicos. É uma empresa de ponta, a maior fabricante de aviões de 150 lugares, a melhor e maior do mercado em número de viajantes."

 

E continuou: "O governo deveria tratá-la de forma muito diferenciada. A companhia vai precisar de incentivos. Em qualquer lugar do mundo, os governos participam financeiramente de empresas como essa, cujo desenvolvimento e capacidade são muito elevados. O interessa da Boeing não era apenas financeiro, queria levar seu conhecimento tecnológico, seu enorme valor agregado."

 

Por fim, Murilo destacou a importância do investimento em educação, da democracia e da solidariedade. "É momento de repensar e atuar pelo coletivo para sairmos vivos e com saúde." 

 

 

 

 

 

 

 

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