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21/02/2020

Após barrar demissões, petroleiros suspendem greve por negociação

Agência Sindical

 

Com 20 dias de paralisação, que garantiu a suspensão das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados no Paraná (Fafen) e abertura de negociações mediadas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), os petroleiros aprovaram na última quinta-feira (20/2) a suspensão provisória da greve. A interrupção temporária do movimento visa abrir espaço para uma solução negociada.

 

A audiência de conciliação no TST, que colocará frente a frente representantes dos trabalhadores e gestores da Petrobras, foi marcada pelo ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, relator do dissídio coletivo de greve, para esta sexta-feira (21/2), em Brasília.

 

Segundo o comando da greve, a reunião é uma chance de superar o impasse e buscar o atendimento da pauta de reivindicações que a Petrobras tem se recusado a negociar.

 

O julgamento definitivo do caso no tribunal está marcado para o dia 9/3. As demissões na Fafen estão suspensas, por determinação do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), pelo menos até 6/3.

 

A Agência Sindical conversou com Gerson Castellano, diretor de Comunicação da Federação Única dos Petroleiros (FUP). Com atuação de base na Fafen, o dirigente avalia que a suspensão das demissões – que motivaram o início da greve nacional da categoria – “vem ao encontro da reinvindicação principal do movimento”.

 

“A decisão, mesmo que liminar, nos dá tempo para buscar novas alternativas”, diz. Sobre a reunião desta sexta com a direção da empresa, ele está otimista. “Agora que o ministro do TST, Ives Gandra, se propôs a nos ouvir, acredito que a Petrobras não vá se recusar a negociar com essa intermediação. Vai ser importante, pois podemos colocar nossa versão”, observa.

 

Apoio

Com a perspectiva de iniciar uma negociação pra valer, a categoria busca acumular forças e ampliar o leque de alianças. Na última quarta (19/2), dirigentes da FUP e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), que representa os caminhoneiros autônomos, combinaram integrar as suas lutas.

 

O encontro, que ocorreu na liderança da Minoria na Câmara dos Deputados, com a presença de vários deputados da oposição, decidiu reforçar a denúncia sobre as consequências para o consumidor da política de preços adotada pela Petrobras para os combustíveis.

 

Mobilização

Após a grande marcha da terça-feira (18/2) no Rio de Janeiro, foi realizado em 20/2 mais um ato em solidariedade aos petroleiros. A manifestação, convocada por movimentos sociais, teve início no vão do Masp, em São Paulo.

 

 

 

 

 

 

 

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