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29/08/2019

Estudantes de Engenharia Florestal da Unesp são premiados

Fonte: Site da Unesp

Alunos da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, câmpus de Botucatu, conquistaram prêmios importantes no 49° Congresso Brasileiro de Estudantes de Engenharia Florestal (49° CBEEF) que aconteceu dos dias 30 de julho a 05 de agosto na Universidade Federal de Lavras/MG, realizado pela Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal (ABEEF).

ciraqui pragaRafael Alberto Ciraqui, que concluiu no último semestre o curso de graduação em Engenharia Florestal na FCA, foi o vencedor na categoria Melhor Resumo Expandido com o trabalho “Ataque de Hypsipyla grandella em indivíduos de Khaya spp. cultivados em sistema agroflorestal biodiverso no município de Valença/BA”, orientado pelo professor Filipe Giardini Bonfim, do Departamento de Horticultura da FCA. O estudo procurou avaliar a vulnerabilidade do mogno africano (Khaya spp.) ao ataque das mariposas Hypsipyla grandella. A relevância do trabalho se dá pelo grande crescimento da produção de mogno africano no Brasil. O país caminha para ser o maior produtor do mundo e as pragas que podem afetar sua produção preocupam os investidores.

Outro trabalho de Ciraqui conquistou o terceiro lugar na mesmo categoria. Também orientado pelo professor Filipe Bonfim, o trabalho “Metodologia participativa para levantamento de flora e atividade microbiológica do solo em sistema agroflorestal (SAF), Botucatu – SP”. O trabalho teve por objetivo avaliar métodos participativos de amostragem de dados que indicassem a atividade microbiológica do solo de um SAF implantado na área experimental da FCA da UNESP – Botucatu/SP, comparando com área em desuso ao lado deste sistema.

Foi avaliada também a biodiversidade do sistema. “A caracterização dos indicadores revelou uma superioridade das condições da área com SAF, que apresentou maior atividade microbiológica do solo. A área em desuso além de não produzir alimentos e não trazer retorno social, se mostra cada vez menos fértil, necessitando da implantação de práticas de manejo recuperadoras”, explica o autor.


Os dois prêmios foram surpreendentes para Ciraqui, mas o reconhecimento da qualidade das pesquisas não foi exatamente inesperado para ele. “Quando obtive os resultados dos trabalhos, eu sabia que eles tinham uma grande importância e que contribuiriam para discussões florestais no âmbito da forma como o setor produz”. Os dois trabalhos foram partes do seu Trabalho de Conclusão de Curso e Estágio Curricular.

Mas Rafael não foi o único a brilhar no 49° CBEEF. Karina Pavan Lima, aluna do 5° ano da Engenharia Florestal ficou com a 2° colocação dos trabalhos científicos em geral apresentados no evento, com o trabalho “Fitotoxidade do extrato aquoso de Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms na germinação e desenvolvimento inicial de picão-preto”. Além de Karina, a pesquisa teve como coautoras Olívia Pak Campos e Helena Souza Ronchi, também sob orientação do professor Filipe Giardini Bonfim.


karina premioO trabalho consistiu em analisar o potencial alelopático (fenômeno que uma planta pode exercer sobre a outra, seja em germinação, crescimento, dentre outros) das folhas de pau d'alho (Gallesia integrifolia) na germinação e no desenvolvimento inicial da erva daninha picão-preto (Bidens pilosa). O conhecimento das interações alelopáticas entre as plantas possibilita a substituição de herbicidas sintéticos, os quais causam elevado impacto ambiental e riscos à saúde humana, por produtos naturais, provenientes de vegetais, no controle de plantas espontâneas. “Avaliamos o potencial do extrato aquoso, composto por somente água e folhas de pau d'alho trituradas, na germinação e desenvolvimento inicial de picão-preto (Bidens pilosa), idealizando o extrato como um produto natural para o controle de plantas daninhas. Para o estudo, sementes de picão-preto foram submetidas ao extrato aquoso em diferentes concentrações e feito algumas analises de germinação e desenvolvimento”, relata Karina. “O extrato em maior concentração apresentou maior influência na inibição do picão-preto, resultando em apenas 6% de plantas sobreviventes, indicando alta fitotoxicidade do extrato sobre a espécie daninha e uma ótima possibilidade de seu uso para a substituição de herbicidas químicos”.

Karina se disse feliz e lisonjeada por conquistar o 2° lugar dentre os trabalhos apresentados no congresso. “É muito gratificante realizar pesquisas que colaboram com a conservação ambiental, além de mostrar o potencial que temos em explorar a nossa floresta em pé, visto que foi estudado o potencial de uma árvore nativa da Mata Atlântica em prol do manejo dos ecossistemas de forma sustentável. Nossa área de pesquisa no Laboratório de Plantas Medicinais da FCA tem realizados diversas pesquisas nessa linha”.

Além da premiação, os três trabalhos serão publicados na Revista Cerne, da UFLA.



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