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10/11/2017

Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos foi forte e amplo

Da Agência Sindical

Às vesperas da entrada em vigor da agressiva reforma trabalhista de Temer, do Congresso e do grande capital, o sindicalismo mostrou unidade e poder de mobilização. O Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos realizado nesta sexta-feira (10/11) cumpriu o prometido: protestou, fez greve e principalmente paralisou.

O dia 10, chamado pelas entidades de base, com forte apoio das centrais sindicais na reta final, teve duplo formato: nos locais de trabalho, especialmente fábricas (com destaque para o sindicalismo metalúrgico), foi de massa; nas manifestações públicas agregou dirigentes, militantes, ativistas e grupamentos de categorias mais urbanas.

Cobertura - Às 5h30, a Agência Sindical começou a acompanhar os atos e a ouvir os dirigentes. Às 9 horas, tínhamos o registro de grandes paralisações metalúrgicas em São Paulo, Minas, Paraná, Goiás, Guarulhos e outras cidades grandes ou centros econômicos.

Mais tarde, na Sé, região central da capital paulista, Miguel Torres, presidente da CNTM/Força Sindical, fez o balanço. “Paramos cerca de 50 mil nas fábricas. Viemos da Mooca até a praça com uns 2 mil companheiros”, disse.

Trabalhadores se concentram na Praça da Sé, na capital paulista. Foto: Agência Sindical.

 

Por volta das 10 horas, Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de SP, chegou à Sé à frente de um destacamento com cerca de 400 trabalhadores. O Sindicato Nacional dos Aposentados e Idosos da Força Sindical (Sindnapi) também marcou presença.

A praça, àquela altura, já agrupava um forte contingente de professores de educação infantil, ligados à CTB. “Temos aqui 600 companheiras, que suspenderam um Congresso pra vir ao nosso ato”, informou Adilson Araújo, presidente da central – ele é bancário da Bahia.

A concentração cresceu também, por volta das 10h30, com a chegada de um forte contingente da CUT, especialmente trabalhadores da região do ABC (naquela base metalúrgica, hoje, por ser folga, não houve protestos). Pela manhã, o dirigente da CUT estadual SP João Cayres adiantava que a central levaria à Praça da Sé “uns 2 mil companheiros”.

FST - Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA e coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores, destacou o caráter nacional do movimento e atos fortes em várias cidades. Sua fala: “Os companheiros relatam protestos em todas as capitais. Estive em Campinas cedo e o ato no centro estava muito forte.”

Além das críticas à reforma, Artur entende ser preciso politizar o discurso. Para o coordenador do FST, “as entidades precisam cobrar os parlamentares e informar às bases como deputados e senadores votam nas matérias de interesse dos trabalhadores”.

Juruna - João Carlos Gonçalves, secretário-geral da Força Sindical, valorizou a unidade do sindicalismo e a capacidade de mobilização. “O protesto de hoje mostra não só nosso repúdio ao corte de direitos. Ele acumula forças para futuras negociações com o patronato, o Congresso e o governo.”

Patah - Outros dirigentes, como Ricardo Patah, presidente da UGT; Antonio Neto, da CSB; Edson Carneiro (Índio), da Intersindical, fizeram uso da palavra no carro de som em frente à Catedral. O forte tom de críticas à lei trabalhista que entra em vigor neste sábado (11) se somou a seguidos chamamentos para a necessidade de se resistir, e já.

Vargas - Na análise do consultor sindical João Guilherme Vargas Netto, “a jornada foi cumprida com êxito, dentro do esperado”. Segundo ele, a forte predominância metalúrgica expressa o acúmulo de ações do movimento Brasil Metalúrgico e também se encaixa na campanha salarial da categoria (mas petroleiros, químicos, condutores, professores, bancários, portuários, servidores, comerciários, frentistas, padeiros, alimentação, construção civil e outros também tiveram presença ativa). Ele menciona o cartaz unitário do ato e arremata: “É o acorda peão em marcha.”

Servidores - Mantida a manifestação dos servidores estaduais, ligados a todas as centrais, para esta tarde no Palácio das Bandeirantes. A ideia é entregar pauta de reivindicações ao governador Geraldo Alckmin (PSDB).

 

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