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09/11/2016

Sob pressão, Doria agora admite aumentar salário de servidores

Um dia após dizer que não daria aumentos salariais para servidores em 2017, o prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), decidiu manter os reajustes ao funcionalismo negociados pela gestão Fernando Haddad (PT) e previstos no orçamento.

O tucano havia anunciado o congelamento de salários na segunda-feira (7), em entrevista no programa "Roda Viva", da TV Cultura. "Não tem condição", justificou ele, acrescentando que explicaria isso aos funcionários públicos "falando a verdade" sobre as finanças da cidade.

Para não dar reajustes, Doria teria que driblar lei que fixa cargos e salários na educação, barrar aumentos previstos pela gestão atual e correr o risco de começar seu mandato com paralisações.

O anúncio de que não daria aumento provocou reação até entre aliados do tucano. Como Doria recuou da ideia especificamente para algumas categorias em que os reajustes foram negociados, ele ainda deverá enfrentar a oposição de líderes sindicais.

Em nota, o prefeito eleito disse que vai valorizar e respeitar servidores "levando em conta a realidade das finanças". Na campanha, ele adotava um discurso de "premiar os bons funcionários".

Vereador eleito na coligação de Doria e presidente do Sinpeem (sindicato dos profissionais da Educação no município), Cláudio Fonseca (PPS) cobrou a aplicação de reajustes até o fim de 2018 previstos em lei de 2007 e acordados com Haddad.

"O piso salarial que conquistamos e que deve ser revisto todo ano tem que ser cumprido", disse Fonseca.

Os professores ficaram 43 dias em greve em 2014 depois que Haddad se opôs a reajustes previstos. Neste ano, após novas paralisações, o petista concedeu 7,57% de aumento no piso salarial (que subiu de R$ 3.300 para R$ 3.550) e se comprometeu com um novo reajuste nos anos seguintes - que, somados aos anteriores, somarão 29,65% até 2018.

O presidente do Sindsep (sindicato dos servidores municipais), Sérgio Antiqueira, afirmou que Doria está sendo "precipitado". "Não dá para dizer que não haverá reajuste no ano que vem sem análise das contas. São Paulo conseguiu renegociar sua dívida, situação diferente da do Rio de Janeiro, onde os servidores estão pagando a crise financeira", afirmou.

Claret Fortunato, diretora do Sindicato dos Fiscais do Município de São Paulo (Sivam), disse que a declaração de Doria repete o que outras gestões já fizeram. "O que ele fez foi antecipar o que outros já faziam na surdina", disse.

A categoria diz enfrentar um sucateamento há anos, com cerca de 400 fiscais para toda a cidade, que ganham salário de R$ 2.100 após 30% de aumento concedido em abril - o último havia sido em 2008.

Desde 2002, quando a gestão Marta Suplicy (PT à época) aprovou lei que regula o salário dos servidores concursados, muitas categorias ficaram sem reajuste.

Presidente do Sindicato dos Engenheiros do Estado, Murilo Pinheiro afirmou que "o prefeito eleito deve rever a sua posição" e que irá requisitar audiência com Doria. O presidente do Sindviários (que representa técnicos da CET), Reno Ale, ameaça ir à Justiça se não houver aumento.

 

Comunicação SEESP
Notícia publicada no jornal Folha de S.Paulo, no dia 9 de novembro de 2016

 

 

 

 

 

 

 

 

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