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15/09/2016

Negociações salariais têm pior resultado desde 2003

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), por meio do Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS), apresentou, no boletim "Estudos e Pesquisas", de setembro último, o balanço das negociações dos reajustes salariais do primeiro semestre de 2016. No estudo, foram analisados os reajustes de 304 unidades de negociação dos setores da Indústria, do Comércio e dos Serviços em todo o território nacional.

Em linhas gerais, os dados confirmam o momento adverso pelo qual passam as negociações coletivas brasileiras. Pouco menos de um quarto dos reajustes – cerca de 24% – resultaram em aumentos reais aos salários, 37% tiveram reajustes em valor igual à inflação e 39%, reajustes abaixo,
tomando por referência a variação do INPC-IBGE em cada data-base.

Em função deste quadro, a variação real média dos reajustes no primeiro semestre foi negativa: 0,50% abaixo da inflação. Trata-se do pior desempenho das negociações por reajustes salariais de primeiro semestre desde 2003.

No primeiro semestre de 2016, apenas 24% das unidades de negociação analisadas pelo Dieese conquistaram ganhos reais aos salários, segundo comparação com da inflação medida pela variação INPC-IBGE. Os ganhos foram, em sua maioria, de até 0,5%. Em 37% das negociações foram observados reajustes iguais à inflação; e as que registraram reajustes abaixo da inflação, representaram aproximadamente 39% do total, sendo que 11% resultaram em perdas de até 0,5% e 29%, em perdas de até 2%.

Em todo o primeiro semestre, o mês de janeiro é o que apresenta o maior percentual de negociações com reajustes abaixo do INPC-IBGE: 48%. 

Nos dois meses seguintes, observou-se uma queda na proporção de reajustes inferiores à inflação e um aumento significativo na proporção dos reajustes em valor igual. Quanto aos aumentos reais, constatados em apenas 22% das negociações de janeiro, tiveram a ocorrência reduzida para
20% em fevereiro e depois para 16% em março.

No entanto, a partir de abril, aumenta a proporção de reajustes com ganhos reais, atingindo o percentual de 39% em junho, em que pese o pequeno número de negociações computadas nessa data-base.

Na Indústria, cerca de 21% dos reajustes analisados resultaram em ganhos reais aos salários, 33% ficaram abaixo da inflação e 46% tiveram valores iguais à variação do INPC-IBGE. 

No Comércio, o percentual de negociação com reajuste igual à inflação foi menor: 36%. Negociações com aumento real representaram 26% do painel do setor e negociações com perdas reais, quase 39%.

Dos três setores, os Serviços apresentaram a maior proporção de reajustes acima e abaixo do INPC-BGE, 27% e 44%, respectivamente. Por conseguinte, foram os que apresentaram a menor proporção de reajustes em valor igual à inflação.

* Confira o estudo na íntegra clicando aqui.

 

 

Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

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