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12/05/2016

A política tarifária e o bilhete único em São Paulo

Nesta quinta-feira (12/05), reunião do Conselho Assessor de Transportes e Mobilidade Urbana do Conselho Tecnológico do SEESP contou com palestra sobre “Panorama da bilhetagem eletrônica no sistema de transporte por ônibus na cidade de São Paulo”, ministrada por Percival Barreto, superintendente de receita e remuneração da Diretoria de Gestão Econômica do Sistema da São Paulo Transporte (SPTrans). O evento, que integra série de debates sobre o tema, ocorreu na sede do sindicato, na Capital paulista. A próxima será no dia 19, às 15h, no mesmo local, e abordará os impactos da redução dos limites de velocidade nas vias urbanas.

O objetivo das discussões é prover informações para qualificar contribuições ao movimento “Engenharia Unida” e ao projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento – Cidades”, ambas iniciativas da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE). Em ano de eleições municipais, as propostas da categoria serão entregues aos candidatos de modo a auxiliar em seu programa de gestão e, assim, à qualidade de vida nas cidades, crescimento e desenvolvimento locais.

Abrindo a reunião, o coordenador do Conselho Assessor, Jurandir Fernandes, lembrou que a bilhetagem eletrônica representou avanços ao transporte. “Das cerca de 300 cidades com mais de 100 mil habitantes, aproximadamente 80% já têm implantado”, destacou.

Barreto iniciou sua preleção traçando histórico da evolução da bilhetagem eletrônica na cidade de São Paulo. O bilhete único, como mostrou, surgiu em maio de 2004 e sua integração com o metrô se deu ao final de 2005 e começo de 2006. “Em 2013, surgiu o bilhete mensal e no ano seguinte, semanal e diário.” O superintendente da SPTrans afirmou que sua implantação representou mudança na política tarifária, com diversos benefícios. Entre eles, redução de custos e de percursos aos usuários, aumento da mobilidade, da empregabilidade e da diversidade de destinos, integração em qualquer ponto da rede sem necessidade de terminais de transferência, gestão e planejamento de transporte.

No município, ainda de acordo com Barreto, são realizadas 18 milhões de viagens motorizadas, sendo 56% por transporte coletivo e 44% por individual. Apesar de queda na demanda na atualidade, ele salientou que é pequena, se comparada ao que ocorre em outras partes do País. Em São Paulo, nos primeiros quatro meses do ano, caiu 0,6% o número de passageiros; em média, no Brasil, esse índice chega a 8%. Essa diferença, segundo Barreto, é resultado da política tarifária adotada, com gratuidades que garantem equilíbrio no total de usuários. Não obstante, frisou, “a receita tem caído”. Para fazer frente a isso, revelou que está em discussão a “criação de novas fontes de financiamento ao transporte”. Uma possibilidade, conforme sua explanação, seria a criação da “Cide (contribuição de intervenção no domínio econômico) municipal”. “Com um aumento de R$ 0,10 na tarifa de combustível, poderíamos obter R$ 625,8 milhões (incluído o diesel) ou R$ 447,3 milhões (somente sobre o álcool e o etanol).” No debate, os conselheiros abordaram outras questões prementes, como controle e combate a fraudes, desenvolvimento tecnológico na bilhetagem eletrônica (por exemplo, com uso de apps, em que o bilhete é lido a partir do celular, a exemplo do que é feito hoje para embarque aéreo), planejamento urbano integrado, pensando o uso e ocupação do solo e gratuidades.


 

 

 

Soraya Misleh
Imprensa SEESP

 

 

 

 

 

 

 

 

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