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22/01/2016

Prefeitura de S. Paulo vai remunerar catadores para ampliar coleta seletiva

O serviço de coleta seletiva deverá chegar a todos os distritos de São Paulo no primeiro semestre de 2016. É o que afirma a Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP), que divulgou na quarta (20/1), a ampliação do serviço a partir de uma parceria com cooperativas de catadores, que passarão a atender 40 distritos da cidade.


Foto: divulgação PMSPreclicagem PMSP 600


Na mesma data, foi assinado um contrato inédito que permite à Prefeitura remunerar os catadores pelo recolhimento dos materiais. Objetivo é universalizar o serviço unindo esforços dos cooperados com as concessionárias do serviço de coleta, que seguem responsáveis por 56 distritos.

Os serviços dos catadores atenderão mais de 1,5 milhões de domicílios, onde vivem mais de 5 milhões de pessoas. São Paulo possui no total 12 milhões de habitantes.

Com a parceria firmada, a estimativa é que cerca de 1.500 catadores sejam incluídos em condições mais dignas e justas de trabalho. A novidade do contrato firmado é que a Prefeitura investirá R$ 4.165.721,28 por ano na remuneração de mão de obra para as cooperativas. Além disso, mais R$ 10.919.808,00 serão investidos em caminhões, equipamentos de segurança (EPIs), uniformes e galpões.  Os roteiros de coleta serão definidos e acompanhados por técnicos da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb). O modelo foi ajustado em diálogo com os trabalhadores, ao longo de 12 reuniões com a equipe da Prefeitura.

“Hoje estamos assinando o primeiro contrato de coleta seletiva remunerada na cidade de São Paulo. É um momento histórico para a gente, principalmente sabendo que há um empenho da Prefeitura na questão humana, na inclusão dos catadores”, disse Nanci Darcolete, do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR).

O contrato assinado integra uma política pública municipal de ampliação da reciclagem aliada à inclusão dos catadores. Com recursos do BNDES, R$ 41 milhões serão investidos na reforma de dez galpões e na construção de mais três, além de compra de equipamentos e capacitação. As cooperativas também atuam junto às duas centrais mecanizadas de triagem, inauguradas em 2014 e que têm capacidade de processamento de 500 toneladas por dia. A renda gerada pela venda da produção das centrais é revertida para o Fundo Municipal de Coleta Seletiva, Logística Reversa e Inclusão de Catadores.

O crescimento no atendimento tem como objetivo o cumprimento da meta 89 do Programa de Metas 2013-2016, que prevê ampliar a coleta seletiva municipal para 21 distritos ainda não atendidos. “Em 2013, só tínhamos 35% das residências com coleta seletiva, feita pelas concessionárias. Agora nós damos um passo para universalizar a coleta. Nossa meta é chegar a 10% de reciclagem na cidade”, disse o secretário Simão Pedro (Serviços).

Os catadores recolherão porta a porta os chamados resíduos secos: papel, vidro, latas e plástico. Para contribuir com a reciclagem, são importantes alguns cuidados da população no descarte do lixo, principalmente a separação dos resíduos recicláveis, como latas e garrafas, dos resíduos orgânicos, como restos de comida e cascas de frutas. Recicláveis com restos de alimentos devem ser enxaguados para não contaminarem outros materiais.

Reciclagem
As diretrizes para a gestão de resíduos sólidos na cidade estão organizadas no Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Cidade de São Paulo (PGIRS), documento elaborado de maneira participativa com entidades e cooperativas.

Em 2014, a Prefeitura inaugurou duas centrais mecanizadas, com capacidade para processar 500 toneladas de recicláveis por dia, um processo pioneiro na América Latina. Os equipamentos, localizados na Ponte Pequena e em Santo Amaro, receberam investimentos de R$ 59 milhões, sem custo para a Prefeitura, pois as concessionárias Loga e Ecourbis são responsáveis pelos empreendimentos, como parte de obrigações do contrato de prestação do serviço de coleta de lixo na cidade. Outras duas devem ser inauguradas até 2016, na Vila Maria e em São Mateus, atingindo a marca de cerca de 1.250 toneladas diárias.

A cidade de São Paulo produz, diariamente, cerca de 20 mil toneladas de resíduos, dos quais aproximadamente 12,5 mil toneladas são da coleta domiciliar. Deste montante dos resíduos da coleta domiciliar, cerca de 35% é resíduo seco com possibilidade de ser reciclado. São Paulo recicla, atualmente, no máximo 2,5% desse total, que são processados por duas centrais mecanizadas e pelas 21 cooperativas conveniadas.


Com informações do site da PMSP






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