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04/12/2015

Em busca das lideranças do futuro

Ao encontro de resolução aprovada no IX Congresso Nacional dos Engenheiros (Conse), realizado entre 5 e 7 de outubro último, em Campo Grande (MS), os sindicatos filiados à FNE estão empenhados na criação dos Senges Jovens. “Ter pessoas que possam continuar nosso trabalho é um passo muito importante”, afirmou Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente da federação. Nesse sentido, Goiás, São Paulo e Amazonas já montaram estruturas específicas para abrigar esse público. O Núcleo Jovem Engenheiro do Seesp realizou, em 7 de novembro, o seminário “Desafios profissionais e o protagonismo do jovem engenheiro”, na capital paulista. Marcellie Dessimoni, coordenadora do núcleo, classificou a atividade como um “pontapé” inicial desse trabalho: “Estamos num momento de construção, por isso precisamos da participação ativa do estudante e do recém-formado. Queremos e precisamos fazer a diferença.”


Foto: Beatriz Arruda/SEESP
Nucleo seminario 07NOV2015 
Estudantes de engenharia de São Paulo aprovam seminário realizado no dia 7 de novembro, no SEESP,
onde protagonimo do jovem e desafios profissionais foram abordados 

 

Segundo Robinson Luiz Quirino Muniz, estudante do terceiro ano de Engenharia Ambiental na Associação de Ensino e Cultura de Mato Grosso do Sul (Aems), que se deslocou do seu estado com a aluna do mesmo curso Paloma Pereira da Silva para participar do seminário em São Paulo, a experiência foi positiva. “Tivemos uma verdadeira explosão em nossa mente, tantas foram as informações que nos passaram sobre a organização sindical e os nossos direitos.” O presidente do Senge-MS, Edson Shimabukuro, convergente com esse entusiasmo, diz que o sindicato estudará formas de trazer os novos engenheiros e estudantes para atuarem junto à entidade. E conclamou: “Precisamos dessa oxigenação para a continuidade e crescimento do nosso movimento.”

Luca José Gontijo é o presidente do recém-criado Senge Jovem Goiás, que conta com um vice-presidente e três diretorias – relações institucionais, públicas e acadêmicas –, com mandato de um ano. Cursando o sétimo ano de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Gontijo informa que são realizadas duas reuniões mensais para discussão das demandas dos estudantes da área. “Acredito que essa abordagem desde já possibilita a formação de pessoas mais ativas para lutarem pelas causas da engenharia”, opina. Claudio Henrique Bezerra, primeiro secretário do sindicato goiano, também aposta na criação de novas lideranças. “Apesar da existência recente, o movimento já alcançou alguns primeiros resultados animadores, como a participação cada vez maior de estudantes em atividades do sindicato, como reuniões e eventos corporativos”, reforça Bezerra. Uma dessas iniciativas aconteceu em 19 de novembro último, no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO): a palestra “Carreira e exercício profissional: responsabilidade e produtividade em primeira mão”, ocasião em que foi apresentado o Senge Jovem.
 


Foto: Caroline Santana/SengeGO
Senge Jovem GO Caroline Santana editada 
Luca José Gontijo, ao microfone, na apresentação do Senge Jovem de Goiás, em 19 de novembro
 

Em setembro deste ano, foi criado o Senge Jovem Amazonas, que já conta com 370 associados, entre recém-formados e acadêmicos, com 22 a 25 anos de idade. “A associação é de graça. É uma ferramenta de fortalecimento do sindicato de base”, define Saulo Pereira de Souza, formado há um ano em Engenharia Civil e coordenador do novo espaço. Segundo ele, a estrutura promove cursos de formação política e sindical e palestras sobre outros temas pertinentes à representação da categoria e à profissão. Além disso, prossegue Souza, foi criado o banco de talentos com o currículo desses jovens para ser devidamente disponibilizado ao mercado de trabalho. Também estava prevista a realização, de 7 a 11 de dezembro, da “Semana de Engenharia – Protagonismo do jovem engenheiro”.

Disciplina eletiva

No Maranhão, a experiência com o público jovem começou em 2006 com um projeto de visitação regular às universidades de todo o estado. “Isso criou um vínculo muito consistente entre o sindicato e os jovens, resultando, inclusive, na criação, em 2008, pela universidade federal local (UFMA), da disciplina eletiva “Engenharia, sociedade e segurança do trabalho”, que está sob a nossa responsabilidade”, informa Maria Odinéa Melo Santos Ribeiro, diretora do Senge-MA. Um próximo passo, acrescenta a dirigente, é a formação do Senge Jovem.

A mesma preocupação fez com que o Senge-RS, atendendo aos objetivos definidos em seu planejamento estratégico, mapeasse todas as escolas de engenharia existentes no Rio Grande do Sul. A partir disso, vem realizando uma série de visitas e palestras aos professores e alunos desde o semestre inicial até as turmas de formandos. “Trata-se de um trabalho permanente, com perspectivas de ampliação. Provavelmente para o próximo ano venhamos a ter o Senge Jovem, dando maior visibilidade a nossa atuação e perspectivas de acolhimento desse público”, avisa a diretora Nanci Begnini Giugno. Nos encontros com os estudantes, são apresentados os diversos benefícios oferecidos pelo sindicato, esclarecidos os direitos que os profissionais têm, bem como a política da entidade em termos de ação sindical, qualificação profissional e inserção na sociedade. Tal tarefa, de acordo com Giugno, já se faz sentir no “crescimento de sócios de faixa etária mais jovem”.
 


Foto: Senge-RS
Senge RS 
Presidente do sindicato gaúcho, Alexandre Wollmann, fala sobre valorização profissional
e mercado de trabalho aos estudantes de engenharia

 

O presidente do Senge-PI, Antonio Florentino de Souza Filho, participou do seminário em São Paulo e observou que a ação da FNE é acertada porque o movimento sindical precisa ser renovado com essa geração para buscar novos rumos à engenharia. O sindicato piauiense também realiza atividades com os alunos dos cursos de engenharia e está estudando a criação de uma estrutura específica para abrigar essa demanda. Por Rosângela Ribeiro Gil.

 

 

* Matéria publicada no jornal Engenheiro, da FNE, Edição 163 de dezembro de 2015. Para ler o jornal na íntegra clique aqui.

 

 

 

 

 

 

 

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